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Não há qualquer previsão.
Completamos este mês 5 meses de processo federal. Minha esposa ligou para o consulado durante a semana, para tirar uma dúvida sobre o diploma que acabou de receber. Acabou conversando com a Maura, e pegou o nosso número do ECAS – apesar de isso não significar nada, uma vez que o processo só ‘aparece’ no ECAS quando está em análise.
Segundo a Maura, o pessoal do consulado está finalizando os processos de julho/2010; com isso, entendemos que estejam preparando os pedidos de exame para esse pessoal. Informou que o processo como um todo, deve levar em torno de 12 meses – mas já foram tantas as estimativas passadas, que isso também não tem peso algum. O último comentário da Maura: existe a hipótese do pessoal que está sem sinal de vida do consulado (final 2010, início 2011), receber diretamente o pedido de exames médicos, junto à carta de abertura (caso não hajam correções a fazer ou documentos extras a fornecer). Pessoalmente, acho improvável, talvez até uma tentativa de consolo da parte dela. Prefiro não criar expectativas.
A verdade é que qualquer um nessa “empreitada” do Federal deve se conformar com prazos na casa de 12 a 16 meses – sendo 12 meses um prazo otimista, e 16 o pior caso de atraso possível. Isso, claro, considerando que não haverá nenhum atraso da parte do imigrante, conforme as etapas forem acontecendo.
Alternativas? Visto de residência temporária, caso queira antecipar sua adaptação e finalizar o processo federal “remotamente”. Mas isso envolve vários custos e riscos específicos, e portanto precisa ser estudado com muito cuidado. No mais, enquanto se espera, aplicam-se os bons conselhos do Carlos, aí de cima.
Além de tudo que já foi dito, a internet serve não só como ferramenta importante de auxílio ao imigrante, mas paradoxalmente, como regulador da infinidade de informações desencontradas, boatos e propaganda, tristemente relacionados à processos como esse. Por meio da internet, é possível “validar” estas informações com colegas que já emigraram, buscar por canais oficiais de informações que possam esclarecer dúvidas, e ajustar os planejamentos já feitos de acordo com a realidade disposta em fóruns e outros canais como este.
E além disso, o aspecto humano não pode ser desconsiderado – partindo para um novo país, longe da família e dos amigos, usamos destes canais, pela internet, para conhecer pessoas na mesma situação, e que vão para a mesma região, para construir novas amizades, nos sentindo cada vez mais amparados, mesmo que artificialmente, na opção pela emigração.
Olá Victor,
Gostaria de deixar meu depoimento aqui, pois talvez possa servir de ajuda para outros imigrantes no futuro.
Como a maioria de vocês, eu sou uma pessoa bastante ocupada; mas além disso, quando estava no início do processo, costumava viajar muito mais à trabalho do que faço hoje, geralmente para a Índia. Como não tinha tempo e não queria me preocupar com detalhes da documentação, recorri então à uma consultoria para que me auxiliasse no processo.
No início, tudo foi muito bem – atendimento rápido, e bastante solícito. Apesar de ter escolhido o Québec, e já me preocupar com o Francês desde o início, eu deixei de lado os blogs e fórums como esse, por dois motivos: 1) eu tinha a consultoria, imaginava que me informavam corretamente sobre as coisas, e 2) eu realmente não tinha o tempo e mesmo a vontade de fazê-lo. Aí estava o meu erro. Fiz somente o que a consultoria pediu, e a documentação inicial foi aceita sem correções, e a entrevista foi marcada rapidamente. Nenhum motivo para suspeitar de nada.
A consultoria em questão, é a do Sr. David Cohen, http://www.canadavisa.com. Sim, contratei uma consultoria canadense para o processo. Preocupei-me com a entrevista, porque na época meu Francês ainda era bastante básico… fui confortado pela consultoria, disseram-me que poderia utilizar o inglês na entrevista, sempre que o Francês me faltasse. E, além desse pequeno absurdo, não me informaram sobre a necessidade de levar os documentos da minha esposa na entrevisa (havia apenas enviado tudo na abertura do processo), e ainda por cima, não me falaram absolutamente nada sobre dossiê…
Então imaginem vocês como foi a minha entrevista. Na primeira tentativa de falar inglês, levei um esporro do Me LeBlanc. Esposa nervosa, também contando com a possibilidade de falar inglês, passou aperto para responder às perguntas. Nossa sorte foi termos sido entrevistados pelo Me LeBlanc – tínhamos boa pontuação, e após todas as perguntas, ele compreendeu nossa situação com a consultoria, e permitiu que eu enviasse o dossiê dentro de 3 dias, para que ele validasse as propostas de emprego e os documentos da Andressa. Recebemos nosso CSQ pelo correio, poucos dias depois.
Fiquei extremamente irritado e frustrado – havia gasto, em dólares, uma boa soma com uma consultoria que não foi capaz de fazer o que eu esperava dela: me informar sobre os nuances do processo, e a necessidade básica de preparo. Justamente o que eu tive de fazer logo em seguida, pelos blogs e fórums, para entregar o dossiê. Este dinheiro, não pude reaver, e por pouco, quase fiquei sem CSQ! Afinal de contas, consultoria ou não, a responsabilidade é toda minha.
Que isto sirva de exemplo, para quem estiver considerando esta consultoria que mencionei. Se optar pelo caminho da consultoria, que seja como o Victor fez: alguém do seu país, que conhece o consulado daqui, com experiência específica nesses processos.
E a lição que eu aprendi, depois disso tudo, foi apenas validar a velha máxima: se quer algo bem feito, faça você mesmo.
@Carlos_Santos wrote:
Muita coisa é culpa de nossas expectativas com o primeiro mundo, que as vezes parece mais um pais sub desenvolvido.
Sem dúvidas… nem tudo são flores.
E vale lembrar que os serviços tupiniquins correspondentes, não só carecem do mesmo problema, como por vezes são pautados por uma “reciprocidade diplomática” que só serve para complicar a vida do cidadão comum. Basta conversar com qualquer estrangeiro que tenha tentado vistos brasileiros nos últimos anos.
Caramba… confesso que não pude evitar uma pontinha de decepção e indignação: o processo é moroso por natureza, e não parece ser abordado com eficiência. Além do mais, como no caso das certificações, pagamos pela morosidade deles. Por que não solicitar as certidões somente na fase apropriada, visto que podem ser descartadas por estarem desatualizadas?
Sinto esta decepção porque, no primeiro momento, imagina-se que há a necessidade de receber imigrantes no país, visto que a propaganda é abundante. É uma grande contradição, encontrar esse processo arcaico e “abrasileirado” por trás dos panos..
Quanto à formação, talvez alguém que já esteja no Québec possa responder melhor, mas acredito que não fará muita diferença inicialmente, já que não precisamos estar associados à uma ordem para exercer a profissão. Entretanto, para prosseguir com sua educação no Québec, é provável que existam algumas diferenças sim, tais quais aqui no Brasil. Cabe pesquisar.
Quanto aos cursos de imersão, não conheço nenhum em detalhes para poder te informar. Sei apenas que existem muitos. Qualquer agência de intercâmbio, por exemplo, vai poder lhe indicar uma série deles.
Várias pessoas do 1o semestre 2010 receberam seus pedidos de exame já com o pedido de passaportes. Minha suspeita é de que seja uma medida provisória, para aplacar um pouco o atraso que esse pessoal sofreu, para receber o pedido de exames.
@julian.quadros wrote:
E do jeito que está demorando esse federal é capaz de chegarmos lá ricos e dando aula de francês … :mrgreen:
Hehehe… mas falando sério, já pensou que isso até que tem fundamento? Uma onda de imigrantes, com o Francês “um pouquinho melhor” que as ondas anteriores, e com certa estabilidade, graças as economias extras? Que impacto será que isso teria, na busca por emprego?
Considerando que existem dois grandes motivos para o atraso do consulado – sistema novo e alta demanda de pedidos de 2010 – como será que isso vai refletir nos primeiros meses de adaptação?
Fiz um esboço… devo atualizar com uma estrutura mais completa no final de semana.
O endereço é: http://cbq-cartes.appspot.com/
Abraço!
Olá Felipe, pessoal!
Como havia dito, eu ando bastante ocupado ultimamente, em especial com a FEL :p
Mesmo assim, não esqueci do protótipo. Já fiz uma conta no Gmail, que é requisito para utilizar a GAE. Acredito que hoje à noite já vou poder criar a estrutura inicial do aplicativo, e subir o código para o bitbucket. Com isso, se houverem outros colaboradores programadores, eles podem ser incluídos e acelerar as coisas.
Sobre o protótipo em si, a idéia é a seguinte:
1. Haverão duas áreas no site:
a) Uma pública, a página inicial, onde qualquer pessoa poderá pesquisar e visualizar os mapas;
b) Uma privada, com acesso restrito, onde moderadores cadastrados (acesso via conta Gmail) poderão editar os mapas e seus pontos de interesse;2. A estrutura de organização dos mapas, a princípio, será:
a) Haverá uma lista de cidades;
b) Para cada cidade, uma lista de mapas;
c) Em cada mapa, os pontos de interesse;O importante é fornecer ao usuário a capacidade de filtrar os pontos de interesse que deseja visualizar em cada mapa. Ou, de outra forma, criar mapas com teor específico. Vou usar este espaço para captar sugestões dos senhores.
Espero que já nos próximos dias, ou pelo menos no final deste mês, já tenhamos algo funcional para discutirmos os próximos passos.
Obrigado pela paciência!
Amigo,
Pelo que percebo, você é de TI, certo? Permita-me utilizar do nosso jargão e dar uma sugestão.
O PrimeFaces (JSF) tem um componente para renderizar mapas do Google, com a API v3 (sem necessidade de API key). E, o PrimeFaces funciona muito bem na GAE (Google App Engine). Tenho um aplicativo para controlar minhas finanças, hospedado gratuitamente na GAE, com PrimeFaces e Objectify.
Há um pequeno trabalho inicial de configuração, mas seria possível subir na GAE um aplicativo onde a colaboração para edição dos mapas fosse restrita à usuários cadastrados. Assim, poderias hospedar diversos mapas de qualidade, atualizados pelo pessoal da comunidade, com certo controle sobre o conteúdo.
Se a idéia lhe interessar, posso até ajudar no que for possível.
É bom gerenciar as expectativas, como bem disse o amigo aí em cima, mas a suspeita de que as coisas estão “entrando nos eixos” é válida, sim. Basta observar o mês em que as pessoas que estão recebendo atualizações deram entrada em seus processos federais: setembro, outubro…
Se alguém que deu entrada em novembro se manifestar, aí eu vou me permitir ficar contente :)
Entendo seu ponto de vista, Ventura. Lamento pela espera que você está enfretando, e torço para que eu não passe pela mesma frustração. Mas sinceramente, não vejo motivos especiais para o atraso, acredito que seja apenas “azar” para os que deram entrada no federal em 2010. É revoltante que seja assim, eu sei, mas é a vida, o que há de se fazer?
Se estivéssemos cobrando explicações de um serviço brasileiro, ao qual temos direito constituído, vá lá… mas como se trata do consulado Canadense, cujo governo reserva a si próprio o direito de lidar com os pedidos como puder e como bem entender… não temos escolha a não ser esperar. Sua iniciativa da carta é louvável, mas temo que não produziria os efeitos esperados.
Desejo força e ainda mais paciência, se é que isso é possível. No seu caso, já se passaram 12 meses – é provável que tudo se resolva nos próximos 3, 4. Já no meu, tenho uma longa espera, e a incerteza…
Não quero invadir o seu tópico, então vou comentar por aqui mesmo. Minha opinião é de que isso é desnecessário. Explico meus motivos:
1) Várias pessoas que, como nós, aguardam o federal, entraram em contato com o consulado e receberam respostas coerentes: alto volume de pedidos, atualização de sistema, prazo maior para os processos desse ano. O cônsul, se respondesse à carta em questão, dificilmente daria informações diferentes destas – talvez apenas com mais detalhes.
2) Se acompanhar os fórums, vai perceber que as coisas estão andando. Alguns pedidos enviados em Outubro/2010 estão recebendo as cartas de confirmação. Isso dá uma média de 6 meses de espera, mais ou menos. Considerando que até os pedidos de exame, mais 4 meses devem se passar, o processo ainda seria finalizado entre 11-14 meses, confirmando as previsões mais recentes do consulado.
Enfim, não sou contra o envio da carta, apenas acredito que é melhor controlar as expectativas em relação à ela; pouco seria dito de novidades, e o consulado já está dando sinais de andamento dos processos.
