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Ola Rachel,
Eu continuei trabalhando para uma empresa no Brasil, como consultar (PJ), nos meus primeiros meses aqui no Canada. Foram pouco mais de seis meses, e nao fiz nada de diferente – continuei emitindo notas fiscais, e declarei os rendimentos no ano seguinte, normalmente.
Eu nao fiz a declaraçao de saida definitiva ao deixar o Brasil; fiz apenas mais tarde, com a empresa ja encerrada, e junto com a declaracao de IRPF do ano calendario de 2012. Por enquanto, nenhuma complicaçao.
No que diz respeito ao Canada, é preciso informar os rendimentos que você teve no pais de origem, no ano em que se tornou residente permanente do Canada. Isso é usado para calcular o imposto à ser pago aqui. Portanto, renda proveniente da empresa (como o pro-labore) deve ser considerada nesse calculo.
Como acabei de fazer minha primeira declaracao de renda aqui no Canada, ainda nao tive um retorno da receita daqui sobre essa situaçao; mas acredito que nao havera problemas com isso.
Até onde sei, você pode emitir recibos como autônoma, mas tera uma tributaçao maior que a aliquota de uma empresa no Simples. Nao conheço muito bem os detalhes, mas acho que apesar disso, tera menos dor de cabeça com papeis para abrir e encerrar a empresa, ter um endereço para sedia-la, e assim por diante. Nesse ponto, melhor conversar com um contador para avaliar as alternativas.
E sobre o dinheiro, novamente, nada fora do comum; eu evitava usar meu cartao do Brasil aqui, por conta da IOF de 6% (isso continua em vigor?). Eu transferia o dinheiro para ca conforme o cambio variava, e tinha um cartao pré-pago para usar enquanto aguardava os cartoes da conta aqui. Eu nao peguei a rota HSBC Premier (era cliente de outro banco no Brasil), e me arrependo… teria facilitado bastante o imbroglio das transferencias.
Espero ter ajudado.
Ola Uriel (e familia Almeida)!
Sejam bem vindos à CBQ. Aqui vocês certamente encontrarao as informaçoes que precisarao para encarar esse processo. Uma boa pesquisa pelos topicos sera essencial para que estejam bem preparados para as etapas que virao.
Respondendo rapidamente sua pergunta, até onde eu sei, as profissoes da area de enfermagem constam sim da lista de profissoes prioritarias, o que lhes confere um processo relativamente mais rapido para emigraçao. Ainda assim, cabe ficar atento às mudanças nesta lista que serao anunciadas em Março, e às diferentes exigências que um profissional da area deve cumprir para poder atuar aqui no Québec.
Isso dito, boa pesquisa!
O meu ECAS nao foi atualizado quando recebi o visto. Depois de muito tempo, por curiosidade, fui tentar acessar e nao consegui mais. Como disse o Danibley, se confirmaram o envio…. acabou!
Agora é so comemorar
Num primeiro momento, eu pensei que parte da demora poderia ser explicada pela palhaçada entre Correios e consulados dos EUA/Canada, no final do ano passado.
Meu irmao, que vem me visitar em fevereiro, ficou com o passaporte retido no consulado dos EUA em novembro, por conta dessa palhaçada do retorno dos documentos via DHL/UPS/Fedex, recebeu seu visto americano pouco antes do Natal, deu entrada no pedido de visto de turismo no consulado Canadense logo em seguida, e o recebeu em 3 semanas… apesar do tempo de festas no meio!
Ou seja, existe uma priorizaçao sim da parte deles, e os critérios… talvez nao sejam os mais justos com os imigrantes.
Qto aos apartamentos, concordo em gênero, numero e grau. Para encontrar um bom lugar, é preciso pesquisar muito e ter bastante paciência :)
Sobre a ansiedade, pelo que me recordo do livro, as razoes estao mais proximas da maneira como tratamos o animal. Por exemplo, animais mais “mimados” percebem-se como lideres da matilha, e se apavoram quando os donos (demais membros da matilha) saem de casa. É bizarro, mas a logica é que o cao se sente responsavel por você, e nao o contrario. Portanto, quando você sai de casa, o cao fica “preocupado” com os seus “dependentes”. Talvez no Brasil vocês o deixavam mais independente, e o problema nao se manifestava. O ponto é que ele pode surgir a qualquer momento, sem que uma razao seja aparente para nos
No caso do Garou, ele demonstrou o problema desde quando nos o recebemos, e continuou por aqui, apesar das mesmas mudancas que voce relatou. Foi o treinamento que acabou por resolver o problema, mesmo com a melhora do ambiente.
Caes que latem ou uivam em excesso quando deixados sozinhos, *podem* estar sofrendo de ansiedade de separacao. E nestes casos, apesar de medidas como o colar citado pelo Hervé, a melhor soluçao é o treinamento.
Recomendo o livro da Nicole Wilde sobre o tema: http://www.amazon.com/Leave-Step-Step-Separation-Anxiety/dp/0981722733
Este livro, aliado ao treinamento que fizemos com o Garou ainda no Brasil, resolveu o nosso problema. É preciso paciência e disponibilidade dos donos, mas tendo passado por esta situaçao, recomendo o treinamento, por experiência propria.
É importante ficar de olho na ansiedade de separaçao, mesmo que o seu AP tenha um bom isolamento acustico, ou mesmo que more em uma casa e nao tenha problemas com os vizinhos, porque a ansiedade nao tratada pode levar à problemas de saude mais sérios.
Para nao destoar do topico, uma sugestao quanto ao aluguel de apartamentos; existem imobiliarias que alugam condos mais novos, com bom isolamento acustico e mais espaçosos, e que aceitam caes com até 20 lbs de peso. Em Québec, é o caso dos imoveis da HUOT (sihuot.com), e alguns da Roussin (immeublesroussin.com). Entretanto, costumam ser mais caros que alugar diretamente com o proprietario.
@rafaelserial wrote:
Bem eu irei agora em abril e não volto mais pro Brasil. No pior dos casos se o meu visto de RP demorar mais do que os 6 meses do visto de turista e se negarem a extensão então eu vou para os Estados Unidos e trabalho por lá até sair o danado do RP (tenho social security de lá e sei como arranjar emprego lá de maneira certa e rápida).
No melhor dos casos meu visto sai antes de vencer os 6 meses do visto de turista!
E vamos que vamos! Québec aí vou eu!Se você esta autorizado à trabalhar legalmente nos EUA, talvez seja uma melhor opcao esperar o processo terminar por la, trabalhando. Eu sei que em termos de adaptaçao e estudo do Francês vai ser igual a ficar no Brasil, mas você tera uma vantagem importante: experiência profissional nos EUA é relevante para o mercado de trabalho Canadense.
Nao sei qual é a sua profissao e nem se o trabalho que você faria nos EUA seria na mesma area; mas se for o caso, é um ponto positivo. Claro, isso implicaria em talvez ficar mais tempo nos EUA do que você gostaria, mas ao menos você estaria acumulando experiência relevante e dinheiro no bolso
Agora, sem querer fazer juizo de valores, apenas um conselho: se o trabalho a que voce se refere nao for legalizado, voce corre o risco de, em caso de problemas, nao poder entrar no Canada depois, mesmo se estiver pronto para fazer o landing. A conclusao do processo federal nao da o direito automatico de residir no Canada; na fronteira, em funcao de diversos possiveis problemas, voce ainda pode ser recusado.
Seja bem vindo, e aproveite o conteudo do forum onde for possivel – existe muita informaçao de qualidade aqui, sobretudo nos relatos dos imigrantes in-loco sobre diversas questoes do cotidiano.
Como bem apontado pelo mrodolfo, é imprescindivel que cada um se ocupe do seu processo de imigraçao, para poder responder aos questionamentos que vao surgir em acordo com suas convicçoes, preferências e conceitos.
E, aproveitando seu post para fazer uma primeira contribuiçao, devo dizer que nao importa onde você resolva se estabelecer aqui, independente de provincia ou cidade, sera frio. Ponto final. Primeiro ponto à aceitar sobre emigrar para o Canada é esse. Sobretudo para alguém acostumado com as belas praias do Ceara
Eu procuro esclarecer um pouco essa situaçao de espera pelo fim do processo no Canada, porque quando optei por fazer isso, estava numa situaçao privilegiada, tive um diferencial muito importante: continuei trabalhando todo esse tempo para o Brasil, mantive a minha renda. Isso fez toda a diferença.
Do contrario, simplesmente nao teria feito a mesma coisa.
E explico: a meu ver, qualquer ganho na qualidade do Francês (e Inglês), nao compensa diminuir as reservas que você teria chegando como residente permanente. Esse dinheiro sera util em diversas coisas – um carro, ou moveis melhores, ou simplesmente garantir uma boa entrada em um imovel no menor tempo possivel, visto que pagar aluguel por aqui é ainda mais desvantajoso que no Brasil.
Compreensivelmente, justificamos à nos mesmos que estamos antecipando a viagem para melhorar nosso Francês… adiantar a adaptaçao… mas sinceramente, tem muito mais à ver com a ansiedade. A vontade de sair logo do processo. De deixar o Brasil. De colocar a vida em marcha de novo.
Todo mundo é bem vindo para fazer essa escolha, mas é preciso estar bem ciente das dificuldades. E boa sorte para todos – aos que vierem, e os que decidirem aguardar no Brasil. A melhor parte desse processo, é que um dia, finalmente, ele termina
Ola pessoal,
Eu sou um dos que aqui chegaram, entre 2011 e comeco de 2012, com a intencao de estudar e se preparar ate a concessao da residencia permanente. Tendo passado pela experiencia, eis alguns pontos que eu considero importantes para reflexao:
1) Francisaçao, sobretudo em tempo parcial, nao é um curso de francês. É muito mais uma culturalizaçao do que um curso. Mesmo quando se tem sorte e acaba caindo em uma boa turma com um bom professor, os relatos que ouço sao desanimadores. Fugi da francisaçao quando aqui cheguei, paguei por um curso e aulas particulares para a minha esposa, e nao me arrependo nem um pouco. Para ter a proficiência em Francês necessaria para se trabalhar aqui, ja é preciso ter saido do Brasil com um Francês excelente, e utilisar as formaçoes aqui apenas para trabalhar a questao da fonética e expressoes locais. Nao tem choro, é PRECISO chegar aqui com um Francês acima da média.
2) Nao subestimar o tempo que o processo federal (ainda) pode demorar. Tenha em mente a necessidade de talvez renovar seu visto de turismo. Tenha BASTANTE dinheiro para garantir sua subsistência, sem sofrer por antecipaçao. No meu caso, felizmente, eu mantive meu emprego no Brasil, trabalhando de casa, o que fez toda a diferença. E sobretudo, FAÇA AS CONTAS: reflita se vale a pena gastar tanto dinheiro assim apenas para antecipar a viagem em alguns poucos meses. Esperar pode ser mais vantajoso, e lhe dar uma melhor posiçao financeira quando chegar. Se o Francês for o seu principal motivador, entao considere fazer o mesmo investimento em aulas particulares no Brasil. No final das contas, estudar e viver aqui pode ser bom, mas uma formaçao de qualidade no Brasil pode sair mais barato, e chegar (bem) perto disso. Pense bem!
3) Prepara-se para as dificuldades obvias: enquanto turista/estudante, sera bastante dificil conseguir um local para alugar. Quando você conseguir, sera normalmente mais caro que a média, e pagando o famoso adiantamento de 3 a 6 meses (geralmente os ultimos meses do “contrato”). Você até pode tentar encontrar emprego por aqui no mesmo periodo, mas essa é a exceçao, e nao a regra. Mesmo para acessar os programas governamentais para os quais apenas o CSQ é exigido, é melhor preparar-se para explicar claramente sua situaçao.
4) Tenha paciência e seja ciente de suas escolhas. Caso resolva arriscar e antecipar sua viagem, tenha ciência do risco e das desvantagens que isso acarreta. Nao adianta chorar depois, porque voltar ao Brasil pode ser ainda mais penoso (e caro) do que permanecer aqui. Quando o visto enfim sair, talvez você lamente ter antecipado a viagem – por isso é preciso ter consciência de quais objetivos se deseja alcançar antecipando a viagem, que nao somente por ansiedade ou incapacidade de continuar esperando no Brasil.
Tudo isso parece obvio, mas ainda assim sao questoes comumente negligenciadas por quem decide antecipar a chegada no pais. Estejam avisados!
Eu também “ouvi dizer” isso sobre a CNH, e no entanto, tanto eu quanto minha esposa fizemos as traduçoes no consulado, e ambos conseguimos fazer as provas com elas, em momentos diferentes (ou seja, nao foi sorte ou acaso).
Particularmente nao, é indignaçao mesmo. Por aqui encontramos naturalmente outros imigrantes, e com um pouco de conversa, descobrimos que estao aqui ha 3, 4, 5 anos, com 3, 4, 5 filhos, e ainda estudando Francês, vivendo em guetos da mesma nacionalidade. Muito me admira a facilidade com que eles conseguem entrar e permanecer no pais!
E nos, qualificados e experientes, tivemos de aguentar em processo de mais de 20 meses de espera. OK, depois de aportados aqui, a preparaçao e a espera tao longa valeram a pena, fizeram com que a adaptaçao corresse bem. Mas mesmo assim, nao posso deixar de me indignar.
Você ja fez uma pesquisa no site do CIC? http://cic.gc.ca/
Você vai precisar solicitar a residência permanente, até onde sei. Para ir até o Canada viver com ele durante o processo, você precisara de um visto de residência temporaria, para o qual sera preciso algumas informaçoes do seu futuro conjuge.
Bom, o assunto esta em discussao e com certeza muita agua vai passar ainda embaixo dessa ponte.
Mes deux pièces: eu acho que seria mais proveitoso “fechar o cerco” contra o abuso da concessao de status de refugiados, do que se fazer maiores alteraçoes no processo de QSW /FSW propriamente ditos.
Acho que o pessoal que vêm chegando aqui via QSW faz o “dever de casa”; isto é, sao profissionais qualificados e experientes (obter um CSQ exige certos pré-requisitos, afinal), que vêm para ca com economias e um bom planejamento para a integraçao no mercado de trabalho e na sociedade.
Mas infelizmente, estes mesmos profissionais qualificados competem no acesso aos recursos e programas governamentais com uma multidao de “falsos refugiados”, pessoas que aproveitam de um sistema antigo e mal definido para abusar da generosidade canadense e se estabelecer aqui “na marra”.
E o pior de tudo – acabam ocupando o lugar de direito de verdadeiros refugiados, pessoas provenientes de paises em conflito e com uma situaçao humanitaria realmente crônica, que vêem a sua fuga cada vez mais distante, e quando conseguem aqui chegar, ainda acabam por absorver o preconceito da sociedade em funçao dos aproveitadores. A velha historia dos bons que pagam pelos maus.
Eu acho mais provavel que haja um novo hiato de noticias do consulado, como aconteceu nos dois anos anteriores (2011 e 2010). Consideraria qualquer novo pedido de exames como atipico até, visto que é justamente nessa temporada que começam os processamentos de vistos de estudo e turismo para o final do ano. E depois disso, a pausa de fim de ano.
Maaaas, acho provavel que 2013 seja um ano melhor que 2012. Havia a mesma esperança no final do ano passado (do qual meu processo fazia parte), e no fim das contas ela nao se traduziu em realidade, mas acho que este ano ocorreram mudanças importantes para desafogar esse backlog, e acredito que elas devem começar a fazer alguma diferença.
Pelo menos uma coisa é certa – a desculpa do backlog esta velha e manjada. Fica cada vez mais evidente que tratam-se de fatores externos também, ligados à incertezas politicas, orçamentarias, enfim, econômicas. O minimo que eu espero é que, se o prazo nao diminuir, que ao menos pare de crescer com o passar dos meses.
