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Eu acho que o mais importante aqui é celebrarmos o fato de sermos todos pessoas corajosas! Imigrar não é nada fácil, exige planejamento, dedicação, e muita coragem. E se as circunstâncias mudarem e for preciso repensar uma decisão desse porte e voltar para o Brasil, somos corajosos também por admití-lo e fazê-lo.
Como imigrantes, “permanentes” ou não, ao meu ver são todos dignos de parabéns.
O conteúdo do e-mail, o estado do seu processo, e o motivo para entrar em contato também contam muito; o que eu pude perceber é que eles dão prioridade aos casos mais antigos na fila, e com pendências realmente relevantes. Claro, essa é a minha percepção, baseada nos contatos que fiz; pode ser que tenha sido pura sorte mesmo (também fui respondido no mesmo dia)
O que mais gosto de Brossard (e Longueuil também se encaixa nesse perfil), é que se pode morar num lugar legal, bem residencial, com um custo/benefício muito melhor no aluguel, e ainda assim ficar “próximo” de Montréal.
Em Brossard, você consegue alugar um bom 4 1/2, construção recente, com appliances (inclusive lavadora/secadora), na casa dos $1 mil, $1.200 por mês. Você pode ficar próximo do Dix30 e ter várias facilidades à mão, e se depender de transporte público, a Champlain tem via exclusiva para ônibus – com o #45 e o #90, você chega na cidade em cerca de 15 minutos, mesmo com tráfego mais pesado.
Em Longueuil, você pode morar nos arredores da rue Joliette, que é bem residencial, e ficar próximo do metrô (linha amarela), que te leva para praticamente toda a Montréal.
Mas, inevitavelmente, seu tempo de comutação ainda será maior do que se morar em Montréal mesmo, seja usando carro ou transporte público. A vantagem, penso eu, é viver em um lugar mais confortável (construções mais recentes), com um aluguel razoável. Montréal vai te cobrar a mesma coisa por muito menos.
Ceux sont mes deux pièces..
Vou responder por mim: o problema não é o Brasil em si, mas a impossibilidade de continuar nele.
Quando demos entrada no processo federal, era uma questão de 6 a 8 meses. Eu fui sincero com o meu empregador sobre a minha saída, ajustei planos com ele para ficar no país trabalhando por esse período de tempo, comecei a lidar com a situação do apartamento, do carro, das minhas coisas…
A família passa a “participar” do processo; eles querem saber quando você vai, querem organizar despedidas; para os que tem filhos, tem a questão do ano letivo, da adaptação. Para quem tem animais de estimação, providências de transporte, embargo ou não de inverno.
Enfim, você “ajusta” a sua vida de acordo com expectativas, e elas são frustradas com a extensão do prazo – justificada ou não. Aí você compara: o que é melhor? Continuar esperando indefinidamente no país, ou antecipar a sua preparação, “ganhar uma vantagem” com o idioma a tempo de se preparar para a busca de empregos quando o RP sair, enfim, você já está vivendo “meia vida” no Brasil, e só quer colocar a sua vida em marcha novamente.
Tem um limite do quanto você aguenta ver a sua vida parada – sem investir no seu imóvel, ou trocar de carro, ou começar uma nova pós graduação, um mestrado, sem decidir por ter filhos – indefinidamente. Então você reúne as condições, que no meu caso inclui economias e um trabalho sólido de consultoria no Brasil, e decide que pode aguentar esperar os próximo meses “in loco”, ajustando-se até que o consulado resolva se ajustar também.
É uma boa decisão? Talvez não. No meu caso está funcionando, mas não sei dizer por quanto tempo eu aguentaria esperar mais. O fato é que pelo menos eu fiz alguma coisa, e estou tendo uma experiência válida. E tudo dentro dos rigores da lei, sem falcatruas, dependendo única e exclusivamente do meu suor e das minhas possibilidades.
Mantenham as expectativas em cheque, moçada… o que ele disse em Curitiba ano passado, na palestra para os detentores de CSQ, é que o consulado “está fazendo esforços para o reduzir o tempo de processamento”, e mencionou os “6 a 8 meses” como meta de prazo ideal; mas essa queda obviamente aconteceria a longo prazo, e beneficiria somente novos processos, feitos pelo novo sistema e com as etapas de avaliação reestruturadas, e ainda assim, somente nos casos mais recentes.
Eu acho que existe uma grande probabilidade do prazo médio manter-se na casa dos 14 a 16 meses, por um bom tempo, e que a normalização afeta somente processos do segundo semestre de 2011 – isso sendo otimista.
Vamos lá..
1) Para vir ao Canadá você precisa de visto. Este visto pode ser de turismo (extensível), ou de estudo (também extensível), e todas as comprovações dessas categorias tem que ser fornecidas: passagens, cartas de aceitação das escolas (e CAQ, quando + de 6 meses de curso), comprovação financeira, etc.
2) Sim, é possível fazer os exames médicos no Québec – a diferença, é que você precisa informar ao médico que os pedidos devem ser enviados para Trinidad & Tobago, e não para Ottawa. O prazo de avaliação dos exames é maior queando enviados para Ottawa, cerca de 30-40 dias. E, alguns médicos podem não aceitar enviar para T&T, somente para Ottawa.
3) Quando o seu processo é finalizado, você precisa digir-se até uma fronteira do Canadá e fazer o seu landing, como se estivesse chegando e esse fosse o seu primeiro dia no Canadá. Você pode sair do país e entrar novamente, ou ir até uma fronteira seca e fazer o landing do lado canadense. Até onde eu sei, não é possível ir até o aeroporto só para fazer isso – tem que ser desembarcando de um vôo internacional (não me pergunte porque).
Eu vou dar bastante ênfase no seguinte – enquanto se está no Québec, mesmo que você consiga manter-se trabalhando para o Brasil, o dinheiro vai mais rápido do que entra. Você precisa estar muito bem preparado, financeira e psicologicamente, para lidar com um processo que pode demorar muito além da sua vontade. O processo federal é algo sobre o qual nenhum de nós tem controle, e a possibilidade de ele se estender mais ainda existe, e acho que ninguém deveria fazer planos com “data limite”.
@gabi-infirmière wrote:
Brossard-Montral em 15min ? NUNCA em horario de pico, né?
De ônibus, é possível. Ou então eu estou tendo muita sorte
A pista exclusiva ajuda bastante.Eu recomendo uma olhadinha nas cidades no entorno da ilha, principalmente na Rivière Sud – Longueuil, Brossard, Greenfield Park… os preços por lá são bons, considerando que os imóveis são bem mais recentes do que os de Montréal; e como é uma área residencial, é comum que aceitem animas de pequeno porte, mesmo em prédios.
A locomoção de Longueuil/Brossard para Montréal é rápida e eficiente, então morar fora da ilha não é uma inconveniência tão grande quanto alguns exemplo no Brasil (Curitiba/SJP ou Curitiba/Colombo, por exemplo). Morando em Brossard, você estará a 15 minutos (ônibus) da estação Bonaventure, no centro de Montréal.
É, eu tenho pra mim que o consulado sofre porque gosta. Concordo plenamento com o Sandro. O problema são as ligações? Então procurem outros meios de informar o pessoal. Muitos pedidos de imigração? Ora, restrinjam o número de pedidos na origem, isto é, junto às províncias, antes que cheguem à etapa federal.
Mas acho que o ministério da imigração está revendo ponto a ponto estas coisas: hoje, a notícia é da suspensão de alguns países como participantes do regimo de vistos de refugiados – entre eles, por exemplo, a República Tcheca. Este é um dos grandes volumes de processo, com alto backlog, que ocupam a mão de obra do ministério. O cidadão chega no Canadá com um visto simples e depois solicita o status de refugiado, amparando-se na lentidão do processo e na burocracia, para ficar 3, 4, 5 anos no Canadá. O que ele conseguir é lucro. Há muitos casos de pessoas do leste europeu no Québec, nesta situação.
Enfim, quando se está na etapa federal, e principalmente, nas mãos de oficiais do governo canadense, estamos concorrendo com o restante do mundo, e com processos de todas as naturezas possíveis. Antes de fuzilar o tal oficial de imigração, é melhor lembrar disso.
Continuo frustrado com o modo de operar do consulado e da imigração canadense, mas acho que os motivos sejam mais ligados às atrapalhadas deles, e ao backlog, do que intenções políticas, econômicas, e outras conspirações que surgem aqui de vez em quando.
11 dias corridos? Depende de como você enviou, ainda não deu tempo de chegar aqui. E depois que chega, ainda tem um ou outro dia de processamento, antes de atualizarem o status em si, imagino.
Eu só estou preocupado com a data que aparece no meu status ECAS; Eu enviei o pedido em Janeiro/2011, mas o ECAS diz que o pedido foi recebido em Agosto/2011! Já mandei e-mail para o consulado, e nada de esclarecerem o assunto. Os 14, 15, 16 meses vão contar a partir de janeiro mesmo, certo?? (medo)
Acho que tem gente trabalhando nos processos, sim. Há alguns dias eu recebi o e-mail com o número do ECAS. E ontem, meu processo finalmente apareceu lá. Então, alguém está tirando a poeira das pastas, hehe…
Só uma novidade: acabei de receber meu número do ECAS! Amanhã (24/jan) eu completo 12 meses de federal, considerando a data da chegada do pedido no consulado.
Uma curiosidade: apesar da data de recebimento do meu pedido ser 24/01, data esta informada pela Maura meses atrás, no e-mail que recebi hoje com o número do ECAS consta a data de 18/08 (!) como início do processo no CIC. Não sei o que isso pode significar.. mas alguém de janeiro, recém notificado, com essa disparidade?
Apesar dos pesares, qualquer atualização vinda do consulado é sinal de trabalho, e portanto, um bom sinal
