Respostas no Fórum
-
Posts
-
Em nossa entrevista tivemos contratempos.. já escrevi sobre isso em outro post. Recebemos o CSQ apesar deles, mas procure preparar-se melhor do que nós. A CBQ é um bom lugar para isso.
Na época da entrevista, eu tinha pouco mais de 4 meses de francês, e minha esposa algumas poucas aulas particulares, para poder ao menos se apresentar. Tenho bom inglês, assim como minha esposa, mas logicamente, não pudemos utilizá-lo na entrevista.
Este mês completamos 6 meses de processo federal. Quase a metade do tempo de espera total, se o ritmo continuar como está. Minha esposa e eu escolhemos Montréal inicialmente, mas pesquisando hipótese de residir em Laval e morar em Montréal. Decidiremos, ao longo dos meses que nos faltam.
Eu atuo como ‘arquiteto’ Java – coloco as aspas porque a definição de ‘arquiteto’ em TI é tão ampla e indefinida que eu até evito utilizá-la. Tenho boa experiência com desenvolvimento, o que deve me valer um emprego ‘inicial’ em até 6 meses, como desenvolvedor ou analista. Minha esposa é analista de comércio exterior.
E aqui faço uma ressalva – se por “trabalho com projetos de TI” você quis dizer “sou gestor/gerente de projetos de TI”, aí a coisa muda de figura; acho que a colocação profissional nesses casos é mais difícil e demorada. Certamente, muito mais de 6 meses, por razões óbvias.
Portanto, se você tem experiência técnica relevante, considere a hipótese de obter um primeiro emprego como desenvolvedor ou analista, para então consolidar-se a ponto de competir por vagas mais próximas às suas ocupações atuais no Brasil. Enfim, vale aquela velha história do plano A, B, C, Survival Job…
Olá,
Realmente, recomendo pesquisar os fórums daqui para obter valores, pois o orçamento varia muito com o perfil de consumo de cada um. Normalmente, os posts contém valores de cada despesa, reportados por colegas que residem na cidade que você está pesquisando. Aí basta você ajustar o que for necessário, e terá uma estimativa muito melhor para o seu perfil.
Para fins de comparação, acredito que este valor, para um casal, fique em torno de CAD 2.500 a CAD 3.000 por mês.
E quanto ao tempo para se colocar no mercado, melhor deixar essa previsão mais pessimista – isso varia muito com a área onde você atua, claro. Novamente, para fins de comparação, eu estimo cerca de 6 meses para a minha área, que é TI, em condições normais. Claro, se você fizer bem o “dever de casa” – bom francês, networking amplo e ativo, e boa preparação para as demandas locais – pode ter um emprego em um tempo menor. YMMV.
Quanto ao custo de vida, bem lembrado pela colega aí de cima, existe uma certa disparidade entre os valores mencionados pelo BIQ e o que realmente se ‘gasta’ nos primeiros meses (ou mesmo no primeiro ano).
Talvez não seja algo com o que você deva se preocupar tanto para a entrevista em si; mas para o seu plano de imigração, sugiro uma boa busca aqui nos fórums, e nos blogs do pessoal que já está lá no Québec; costumam postar informações bem precisas sobre esses custos, o que permite se preparar muito bem para o primeiro ano de Québec.
Um dos palestrantes do BIQ, o Gilles, estava na AF aqui de Curitiba semana passada. Eu estava atrasado para fazer prova, então não fui falar com ele. Mas um amigo do curso que deu entrada em seu processo federal recentemente o interpelou sobre prazos, perspectivas, e o que está acontecendo no consulado.
O Gilles não disse nenhuma novidade, mas comentou que duas novas contratações foram aprovadas para o mês de Agosto. Segundo ele, normalmente levam cerca de 2 meses para que esses funcionários sejam eficientes o suficiente para fazer alguma diferença no tempo de processamento. Imagino que seja por isso que as previsões recentes continuem pessimistas, na casa dos 14 meses.
Eu dei entrada em janeiro deste ano, e com essa notícia, estou com uma pontinha de esperança de que pelo menos o processo não atrase mais que os 12 meses *oficiais*. Esperamos que as coisas se normalizem, porque essa espera é cruel..
Liebel, pode contar com a gente.
Às vezes é difícil encontrar uma boa data, que seja boa para todos – então o jeito é marcar com antecedência, e torcer para que o máximo de pessoas possa participar.
Acho legal a idéia do Comedy Club, apoiado. Se alguém tiver sugestões, mandem aí.
Para nós, a pior parte têm sido o que já foi comentado por aqui outras vezes – a “meia-vida” que levamos no período.
Enquanto no Brasil, vivemos num estado de partida iminente, que nos mantêm em um ritmo de estudo e economia que acaba cansando um pouco. E por mais que façamos os preparativos necessários, a vida no Québec está suspensa até que o processo federal termine.
É especialmente “difícil”, pois todos os nossos (casais) amigos estão em vias de comprar suas casas, ou apartamentos, planejar a chegada dos filhos, viagens, etc. E nós, aguardando, aguardando…
@FCelso wrote:
Mas além de longo, esquecestes de mencionar que o processo de validação cu$ta. Isso deve ser adicionado aos cu$tos da imigração como um todo, e o tempo de validação do diploma para a ordem, adicionado também ao tempo total de processo para se ter uma equivalência profissional.
Lembrando que muitas vezes se pode iniciar o processo de validação do diploma na ordem profissional ainda quando se está no Brasil, para que quando se chega no QC isso já esteja em andamento. Entretanto, é fundamental descobrir quais disciplinas e provas será necessário cumprir no QC para a ordem aceitar o registro do profissional. Isso varia muito, pois depende de muitos fatores, tais como tempo de experiência, se tem mestrado/doutorado/posdoutorado tanto no Brasil como internacional.Muito bem lembrado. Agora, só mais um detalhe: apesar da propaganda que faz o BIQ sobre a imigração, sempre deixam estas dificuldades muito claras nas palestras. Além disso, após a entrevista e obtenção do CSQ, recebemos um guia muito útil onde estes detalhes são novamente reforçados. E por último, em comunidades como essa, o assunto é debatido e detalhado à exaustão, inclusive com a participação de colegas que já passaram pelo calvário. Ou seja, ninguém pode se considerar “desavisado” sobre estes aspectos…
Quem quiser reclamar da sujeira de Montreal – ou mesmo de algumas cidades brasileiras – faça o favor de visitar qualquer cidade indiana :)
O ponto é que a percepção sempre será relativa, já que uma comparação é forçada; eu prefiro pensar diretamente nos critérios: em termos de consciência ecológica, quais cidades são mais “limpas”? E aí o ‘ranking’ de Montréal melhora consideravelmente, não é?
O fato é que não existe lugar perfeito. Escolhe-se baseado em diversos fatores, muitos deles, ligados à preferências pessoais. Debatê-los de forma incessante é inútil – melhor conferir pessoalmente.
Sejam bem vindos! Aproveitem os bons recursos da CBQ, e boa sorte com o curso e processo de imigração.
Sou de Curitiba, e também da área da TI. Minha esposa é da área de comércio exterior. Estamos na etapa federal, mas com apenas 5 meses de processo. Falta um bocado ainda :)
Como bem comentou o Liebel, já está na hora de um novo encontro em Curitiba – quem sabe nas próximas semanas?
Particularmente, considero estes relatos os mais interessantes e importantes. A emigração para o Québec está em evidência, fruto de forte investimento do BIQ em propaganda, palestras, reportagens, etc. E por vezes, as pessoas vêem nisso uma oportunidade de mudar de vida, e deixam de avaliar outras possibilidades.
O fórum está recheado de informações, mas um assunto pouco debatido, na minha opinião, é a motivação para emigrar. Muitos de nós chegam aqui decididos. Mas como foi esse processo? Quem escolhe o Québec, escolhe porque é lá que quer viver, ou o Québec acabou sendo um último recurso? Você está indignado/frustrado com o Brasil, e procurou o lugar mais “fácil” possível para entrar, não importa os detalhes do processo?
Não quero ofender ninguém (tampouco afirmo que seja o caso da Ana Beatriz), mas a realidade é que muitos dos que retornam acabam se encaixando nesse perfil ‘aventureiro’. Penso que, para que o processo dê certo, ele deve ser uma escolha consciente, uma decisão tomada somente após a avaliação de cada requisito, cada etapa do futuro processo. “Pagar pra ver”, uma atitude bem brasileira comumente confundida com liberdade de espírito, geralmente não funciona com uma mudança de vida tão grande!
Força aí Cabeda, que logo dará tudo certo!
Só queria lembrar de um detalhe, antes que o pessoal fique todo empolgado: estamos entrando no mês de Julho! Verão no hemisfério norte, e férias em todas as universidades e escolas brasileiras.
Então, além dos habituais vistos de turismo, temos milhares de estudantes começando intercâmbio nessa época. E como o consulado dos EUA já começou o ano com record de pedidos de visto, muitos destes estudantes adotaram o Canadá como alternativa. Os vistos deste pessoal estão sendo entregues agora, penso eu. Pode explicar a lentidão que sofreram os processos do 1o semestre.
Para o pessoal de final de 2010/início de 2011 (meu caso), esta alta demanda pode afetar também, uma vez que os cursos de idiomas e os intercâmbios universitários mais procurados têm início em setembro – ou seja, os pedidos de visto serão feitos entre junho/julho, provavelmente. E como todo sabemos, o processamento destes pedidos têm prioridade.
Você tem o direito de expressar sua opinião – desde que o faça com lisura e respeito às regras da comunidade. Do contrário, o seu ponto de vista perde totalmente a credibilidade. Acredito que a Vivs já condensou em seu post boas orientações.
Lembre-se que a sua experiência pode ser muito útil para futuros imigrantes ainda indecisos sobre sair do país, ou sobre qual cidade se instalar. Exatamente por isso que você tem a responsabilidade de prestar informações precisas, com credibilidade.
Sendo assim, pergunto: o que foi que lhe aconteceu, exatamente?
Fui avaliado honestamente como NF na entrevista, e mudei de escola (estudo agora na Aliança Francesa), para obter o reembolso de CAD 1.500 relativo aos quadrimestres que completar depois do CSQ.
Ao mesmo tempo, estou levando as atividades da FEL (Francisation En Ligne), e assim como o colega xará Rodrigo, recomendo-a muito mais pelos aspectos culturais que nos são apresentados, do que pelo aprendizado de Francês, propriamente dito. (Obs.: apesar de NF, na avaliação da FEL, fui admitido no Bloc 3!)
Tenho uma dúvida: não sei se entendi bem, mas vocês comentaram sobre benefícios do governo para não francófonos. Estão se referindo à francisação propriamente dita, ou outros benefícios?
