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15 de dezembro de 2009 às 21:39 em resposta a: Transferência Bancaria e quantia declarada na chegada Qc #29177septentrional51Participante
Tragam travels em papel ou tragam dinheiro, apenas não tragam travels ou dinheiro eletrônico, parece pratico mas é comum dar problemas, eu mesmo tive um problema de bloqueio, tentei resolver por telefone não deu, depois de uma semana sem poder usar o meu dinheiro aqui eu consegui que meu pai que ficou com procuração para plenos amplos e irrestritos poderes resolvesse indo pessoalmente onde comprei os travels eletrônicos para resolver. Conheci outros que tiveram problemas semelhantes.
Travel em papel é seguro, mesmo em caso de perca ou roubo, basta ter anotado os números em local seguro, (uma conta de e-mail por exemplo) acessível de qualquer lugar.
Chegando com seus dólares vá numa agencia bancaria e abra sua conta, não vai querer correr o risco de perder o seu dinheiro, pois ser assaltado apenas se você for muito azarão. Mesmo sem o número de social você abre sua conta, deposite pegue seu cartão de debito que sai na hora, depois você vê com mais calma qual banco você vai usar no seu dia a dia.
Outra coisa importante que não sabemos é declarar todo o seu patrimônio, digamos que você vendeu seu carro, seu apartamento, esse dinheiro vem com você, mas ficou ainda uma casa declare o valor dela também. Você não pagará imposto isso é certo, e futuramente se você vende-la e resolver trazer o dinheiro você não pagara imposto também.
septentrional51Participante@gallisa wrote:
Nesse emploiquebec, qual a opção eu marco? ou qual palavra digito?
Merci d’avance!Digita “Journalier” ou “manoeuvre d’usine”
E nao va na onda que você nao vai aguentar o serviço e essas coisas, isso é coisa de brasileiro criado a creme de leite que quer ver os outros trabalhando no pesado enquanto ele esta no ar condicionado ou no aquecimento.
15 de dezembro de 2009 às 15:50 em resposta a: Seu Dinheiro: Dicas para um bom “dossier de crédit” #29401septentrional51ParticipanteUma coisa que eu fiquei sabendo é que ter comprado a sua casa/apartamento/imóvel proprio você alavanca o crédito, portanto quanto antes você comprar a sua casa melhor.
Agora é a hora de comprar, os juros estao no ponto mais baixo depois de muitos anos. Comprando agora em cinco anos você vai ter uma economia de milhares de dolares, aos quias voce ajunta pelo menos uns 10 mil dolares que você tera pago de aluguel se você continuar morando de aluguel (isso calculando um ano apenas).
septentrional51ParticipanteAs palavras: pobre, pobreza, miséria, miserável, representam conceitos diferentes dos que elas representam no Brasil. Mesmo do ponto de vista individual existem interpretações diferentes para essas expressões, alguns as relacionam a espiritualidade, outros a motivação para o trabalho, mas o que interessa aqui é o aspecto econômico, onde numa extremidade estão os bem guarnecidos de recursos financeiros e em outra os que pouco ou nada possuem.
Québec tem esses extremos (não estou discutindo as proporções), isso faz com que afirmar que “aqui não tem miséria” seja uma alegação se não leviana, com certeza discutível.
Quem é o miserável no Brasil? Outro dia um imigrante, como eu, respondeu aquele que é andarilho, vive de esmolas, dorme na rua. Aqui existem essas pessoas, evidentemente elas não dormem na rua quando faz menos 20, embora no inverno passado um “itinerant” morreu de hipotermia próximo a um refugio para os sem teto. No Québec existe uma rede de assistência aos desfavorecidos, justamente devido ao inverno rigoroso aliado ao espírito de solidariedade e decência humanas. Veja Vancouver onde os invernos não são tão rigorosos, as pessoas são largadas a elas mesmas, a ajuda social é limitada a um tempo determinado e depois disso ao invés de dar em forma de solidariedade talvez a escolha tenha sido de investir em repressão, vigilância, controle, quem sabe? Resultado, Vancouver e mundialmente conhecida pelos usuários de drogas e sem tetos que ela tem.
Dizer que as pessoas pedem esmolas e estão na miséria (ou pobreza para atenuar um pouco), porque usam drogas ou vivem problemas mentais ou simplesmente porque escolheram isso é discutível também. Talvez essas pessoas usem drogas e/ou tenham perdido a razão e peçam esmolas porque vivem na miséria sendo a droga um refugio para apaziguar a dor interna causada pela desventura cotidiana. A loucura aparece como um produto do meio em que vive ou viveu. Uma escolha ou falta de escolhas?
Talvez seja fácil dizer que a culta é do outro, ou talvez tenhamos medo de vivermos a mesma situação? Dizer que emprego tem é discutível também. Sim empregos têm, mas quais empregos? Se qualquer emprego fosse bom para qualquer um não tinha tanto brasileiro voltando para o Brasil. Quem é imigrante aqui e trabalhou no survival job pode fazer um minuto de reflexão e ser honesto com sigo mesmo e dizer o que acha de ficar a vida toda nisso?
A maior pobreza, ou aquela que mais toca, é a que atinge os menos favorecidos, aqueles que nada podem ou não podem fazer mais nada para combatê-la. Crianças sofrendo a pressão e o conflito de querer por ver por toda parte a propaganda e a pressão por consumir. Pessoas idosas, que mal conseguem pagar o aluguel e o aquecimento tendo que freqüentar bancos alimentares para poder se alimentar a cada dia.
Aqui você não vê crianças pedindo esmola, se isso acontecer elas são recolhidas, os pais contatados, a guarda retirada e as crianças vão para “familles d’accueil”, o que no final da linha, em minha opinião, se revela uma catástrofe.
A propósito de pessoas idosas, tenho meu exemplo. Sempre vejo um senhor que fuça nas lixeiras catando latinhas retornando-as ao supermercado, conversando com as meninas que são operadoras de caixa elas falaram que faz alguns anos que ele faz isso, desde que ele ficou sem emprego depois dos 60 anos, e mesmo atualmente com mais de 65 anos e “aposentado” com “la pension de vieillesse“ ele continua fazendo a ronda “des poubelles”. Tive a coragem de perguntar, ele fuma, ele bebe? As operadoras de caixa olharam uma para outra e responderam que com elas ele jamais comprou cigarro nem bebida alcoólica. Talvez ele compre cocaína com a grana das latinhas! :mrgreen: He, He, He, He…
Aqui não tem favelas, por respeito não menciono nenhum bairro, mas vocês vão fazer suas imagens. Podemos dizer que os bairros pobres daqui são as favelas do Brasil. O Brasil teve o Sandro Barbosa do Nascimento (do ônibus 174), bom aqui teve o Fredy Vilavueva. Em realidades e contextos diferentes que não podem ser comparados, mas eles tem algo em comum, foram vitimas, não da policia, mas de um contexto socio-cultural-econômico que lhes empurrou para a exclusão e um fim trágico.
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