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24 de janeiro de 2009 às 06:49 #6413ErasmoParticipante
Olá a todos!
Esta semana tive uma conversa mais informal com JCR, o gerente de Recursos Humanos da empresa onde trabalho e gostaria de compartilhar com todos…
Primeiro, achei interessante o fato de que assim que completei um ano “de casa” todos os chefes se tornaram mais simpáticos e solícitos… achei que era uma impressão boba, mas conversando com o gerente percebi que se trata da estabilidade tão apreciada por todos… ou seja, manter-se em um emprego por um tempo considerável (ainda mais se a empresa oferece uma série de vantagens) é realmente algo muito bem visto (pelo menos onde trabalho).
Mas o que realmente chamou minha atenção foi quando comentei sobre as dificuldades de alguns recém-chegados em conseguir seu primeiro emprego (na área, principalmente), citando inclusive toda a parte que conheço sobre o reconhecimento de diplomas, referências, etc. Ele foi muito franco e me disse que, atualmente, as empresas sentem-se reticentes em “dar uma primeira oportunidade” a um imigrante pelo fato de que grande parte usa o primeiro emprego como trampolim para um emprego melhor, mesmo sendo este 1° emprego em sua área e com salário competitivo para quem está começando… na primeira oportunidade, eles trocam de emprego. Claro que, segundo ele, isto é um direito – da mesma maneira que, se o funcionário não atingir os objetivos no período de experiência, a empresa o dispensa.
Mas esta tendência criou nos programas de seleção uma certa resistência em ser o primeiro empregador de quem chega… ainda segundo JCR, não são bem vistos – também – aqueles que tem em seus CVs várias experiências de dois, três meses – o que significa instabilidade por parte do candidato…
Fiquei muito envergonhado pois ele citou meu caso – afinal, eu vinha justamente de um emprego de apenas 3 meses, como tudo indica, acabei usando-o com trampolim para meu atual emprego… ele disse que eles ficaram muito apreensivos em relação à minha contratação – eu poderia fazer a mesma coisa com eles, não?! Agora entendo porque eles me perguntaram várias vezes durante a entrevista quais eram minhas pretensões para o futuro, principalmente profissionais… como respondi que não suportava a idéia de ficar mudando de emprego e a empresa respondia às minhas expectativas a curto e médio prazos, funcionou – cá estou eu com 1 ano e 3 meses de casa…. 8)
Outra dificuldade, segundo JCR, encontrada pelas empresas diz respeito à experiência citada no CV e às referências… como eles poderiam avaliar de maneira justa e correta estes dados… algumas empresas, como a nossa inclusive, acabam usando este argumento para contratar o futuro funcionário com um salário inferior ao do mercado, comprometendo-se a ajustá-lo após o período de experiência – o que felizmente aconteceu comigo.
A dica de JCR é de permanecermos no primeiro emprego por pelo menos 6 meses a 1 ano, questionar o empregador sobre em que condições o salário é estabelecido, como será feita a avaliação durante a experiência – pois, segundo ele, os primeiros três meses são cruciais para que comprovemos a experiência citada no CV; questione sobre as vantagens e benefícios da empresa e, se você for questionado durante a entrevista sobre, por exemplo, porque você só trabalhou três meses em “tal empresa” e trocou de emprego, procure enfatizar as vantagens oferecidas pelo outro empregador ou algo mais ligado a seu ramo, etc. Mas cuidado, pois tudo isso é uma “faca de dois gumes”…
Bem, fica aqui apenas um pequeno depoimento… com certeza a maioria já tem idéia muito melhor, mas não custa compartilhar…
Abraços e bom 2009 a todos já que acabo de voltar de mais um período de ausência…. :lol: :lol: :lol: :lol:
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