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Queridos amigos da CBQ,
PASSEI!!! UFA, QUE ALÍVIO. TIREI UM PESO DAS COSTAS, MAIOR QUE OS 10 KG DA MOCHILA QUE LEVEI PARA A ENTREVISTA!!! :mbounce:
Acabei de sair do Crowne Plaza e estou em uma lan house que fica ao lado. Não consegui esperar chegar em BH.:)
Vou contar minha história a partir de ontem.
Acordei às 5h00 da manhã para não correr o risco de perder o vôo para São Paulo. Tb fiquei com medo de pegar trânsito na Avenida Antônio Carlos, já que o vôo sairia da Pampulha. Lá no aeroporo, para a minha surpresa, somente o meu vôo teve problemas por causa do mau tempo. Deve ter sido presente de Páscoa. :lol:
O avião acabou pousando em Confins e a GOL nos mandou pra lá num ônibus xexelento.
O vôo era às 8h15, mas saímos para Confins depois de 9h30.
Só para completar a manhã de espera, tive que aguentar a 2ª pior turbulência da minha vida, e ainda por cima com uma menina que gritava e chorava a cada sacudida do avião.
Cheguei em Congonhas quase 12h.
Peguei um tx (R$ 30,00) e fui para o recomendadíssimo Hotel San Gabriel (que está bombando entre os candidatos à imigração, pois é barato e fica a 2 quarteirões do Crowne Plaza). Ele está em reforma mas dá para ver o letreiro.
Eu ainda paguei menos que o Henrique do orkut – R$ 68,00, provavelmente porque havia reservado antes deles aumentarem o preço para R$ 78,00
À tarde almocei no Shopping Frei Caneca (pertinho) e depois peguei o metrô na Estação Consolação para ver se valia a pena ir de metrô até a estação Jabaquara e de lá pegar um tx para Congonhas. Para quem trouxe bagagem pesada, como eu, não vale a pena. Do hotel até a estação são uns 4 quarteirões e depois são 3 estações até a Paraíso e 8 até a Jabaquara. Depois fui ver como era o outro shopping, o Shopping Center 3, com entrada pela Paulista e pela rua que corta a Frei Caneca e a Augusta.
Enchi o frigobar do hotel de coisas que comprei no supermercado, para não ter que sair sozinho à noite para comer nem ter que sair para tomar café da manhã (que é opcional no San Gabriel – R$ 9,00).
Hoje acordei às 6h30 da manhã de tanta ansiedade. Tive até dor de barriga. :)
Minha entrevista estava marcada para as 10h. Às 9h eu já estava sentado em uma das 2 cadeiras do local de espera, pra variar, morrendo de calor e suando igual cuscuz (tinha uma lâmpada direcionada para a cadeira). A outra cadeira foi ocupada pela minha mochila de 10kg mais minha 4ª pasta de documentos (óbvio que ele não olhou tudo).
Pontualmente às 10h o simpático M. Daniel C. Leblanc abriu a porta, veio até mim, perguntou meu nome e me convidou para entrar.
Sentei na cadeira, coloquei a mochila na outra e ele me perguntou de onde eu era. Pediu o passaporte e a certidão de nascimento. Para descontrair, mostrei-lhe meu passaporte antigo, de qdo eu tinha 15 anos, cuja foto é simplesmente horrível. Ele riu e não sei porque, ficou comparando os dois passaportes (mesmo porque o velho é um pouco maior que o novo). Várias vezes ele comentou ou perguntou alguma coisa e eu tive que fingir que não era comigo, pois não havia entendido. Mas devia ser alguma coisa para descontrair, porque ele não insistiu. Se fosse importante ele repetiria, se fosse o caso.
Ele pediu minhas provas de experiência profissional, meu diploma, histórico da fac., histórico do Colégio. Depois pediu todas as declarações de imposto de renda que eu levei, minhas e da minha empresa. Olhou folha por folha e até entendeu o conteúdo, chegando a dizer que em Québec é igual.
Olhou declarações de clientes, olhou meu portifolio do inicio ao fim, mas como eu tinha levado 4 pastas (2 de portifolio, 1 de pesquisas e documentos e 1 de impostos), ele tratou de acelerar a entrevista. Perguntou sobre minha profissão (Publicitário/Designer Gráfico) e eu disse que de acordo com minhas pesquisas, não seria muito diferente lá. Mas eu disse que tinha interesse de estudar um pouco para me especializar.
Nesta hora eu achei que iria tomar pau, porque ele disse que o Québec quer trabalhadores e não estudantes!!! :cry:
Aí eu corri e mostrei a ele os emails que eu enviei para empresas e as respectivas respostas. Ele pediu para eu provar para ele que eu teria condições de conseguir um emprego lá. Eu gelei e fui procurar estes emails, que pareciam ter se escondido na pasta, porque demorei para encontrá-los, apesar de ter enchido a pasta com tags coloridas.
Ele falou que eu tinha condição e experiência suficientes para obter um emprego imediatamente lá. Sugeriu que estudasse à noite e trabalhasse de dia se eu quisesse mesmo estudar.
Ele olhou os atestados de francês, perguntou onde havia estudado, se eu falava inglês. Falei que falava um pouco, mas que tinha um tempão que eu tinha parado de estudar. Aì ele não falou em inglês comigo. Falei que por estar estudando francês, às vezes misturava os 2 idiomas e ele riu.
Quando ele falou “félicitations” eu agradeci mas continuei falando igual pobre na chuva. Ele já devia estar doido pra eu ir embora da sala. :lol:
Ele saiu da sala para olhar se o candidato seguinte já tinha chegado. Era um casal, que fiquei sabendo depois que não levou o CSQ na mesma hora. Perguntou se eu queria o Guia Apprendre le Québec e eu disse que sim, apesar de já conhecê-lo e ter o pdf.
Eu havia falado que tenho um “copain”, e ele perguntou todas as datas do processo dele, até contou os meses nos dedos. :)
Perguntou sobre a profissão dele, e quase não me deu o guia, porque nós já tínhamos 1. :)
Perguntei em qual cidade ele tinha nascido. Ele respondeu Saint Jerôme-Laurentides, que coincidentemente era (talvez ainda seja) a nossa opção antes de Sherbrooke.
Falei que com a mochila nas costas eu estava parecendo uma tartaruga ninja, de tão pesada que estava. Ele ficou impressionado com a qualidade da minha pasta e da minha experiência. Mas o que eu pensei que fosse uma recusa, foi um conselho para me inserir rápido no mercado. Disse que é preciso fazer um nome antes, ficar conhecido se eu quisesse trabalhar como free-lancer. Falou que em Montréal eu poderia ter muitas chances tb, apesar dele saber que tinha colocado Estrie-Sherbrooke na minha demanda.
Mostrei a ele as fotos do meus amigos que já estão no Canada, de alguns amigos que passaram semana passada com ele e de amigos que serão entrevistados semana que vem.
Após a entrevista, vim correndo para a lan house,postar meu relato, fresquinho, para vender mais (como Tostines). :lol:
Na portaria do hotel encontrei com 2 casais: um do Rio (ele, usuário Marco33, contador e ela dentista – Parabéns!!!) que havia sido entrevistado depois do casal que não levou o CSQ imediatamente. O outro casal era do interior de São Paulo e estava indo fazer a entrevista deles. Boa sorte…
Não aguentei mais de ansiedade para voltar pra casa e fui logo pro aeroporto, apesar do vôo ser somente às 17h25. Lá em Congonhas encontrei de novo com o casal do Rio, que havia conseguido antecipar o seu vôo.
O meu, de 17h25 “pulou” para 18h40. :lol: E o avião ainda ficou na fila, em terceiro lugar, para poder decolar (mais uns 20 minutos).
Resumindo, cheguei em Confins às 19h50 +-. Ainda tive que pegar o ônibus especial do aeroporto, que ainda parou no aeroporto da Pampulha para pegar mais passageiros. Cheguei em BH umas 21h30. Apesar do cansaço que a maratona causou, voltei muito feliz, disposto a fazer tudo de novo, se preciso.
Agora é partir para o federal!!! :mbounce:
Desejo boa sorte a todos e espero vê-los todos no Québec.
Hoje é o dia mais feliz da minha vida e só perderá o “título” quando meu passaporte chegar, após o final do processo federal.
Amanhã mesmo darei entrada no federal. Só falta tirar as cópias xerox dos meus documentos.
Obrigado a todos pelas dicas e conselhos. A força e a energia positiva de todos tb foi essencial para o meu “R” de “Il a réussi”…
:thankyou:
Abraços,
Alê
*realmente ele dá muito valor à nossa experiência e às nossas perspectivas de trabalho imediatas no Québec. Atentem para isto.
**por causa de uma afta (que tinha que aparecer justamente no fim de semana pré-entrevista) e do nervosismo, meu francês mais ou menos (300h) caiu para menos mesmo. :lol: Ele deve ter pensado que estava no Básico 1. Nunca falei tanta coisa errada na vida. :lol: