Eu acho que esse tema será sempre polêmico. Sempre teremos contra-exemplos, não é verdade?
:)
O importante é que somos privilegiados. Somos um grupo que pode progredir no Brasil ou no Canadá, porque nascemos em um e fomos (muito bem) aceitos em outro. Eu, particularmente, darei uma chance super à charmosa Québec. Faço parte do grupo que prefere um custo de vida acessível.
Eu ganho muito aqui no Rio de Janeiro trabalhando como analista desenvolvedora em java, consigo sustentar a minha casa e a da minha mãe. Consigo sair pra altas baladas, viajar; eu gasto absolutamente muito dinheiro. E ainda consigo juntar. Tenho certeza de que no mínimo vou ter que viver com um terço disso no começo da minha vida no Québec. Vou voltar à vida acadêmica, pois pretendo mudar para a área de tradução (minhas tentativas no Brasil foram todas frustrantes), quero fazer McGill (carésima) e além disso, vou me estabelecer numa cidade onde eu possa conseguir trabalho rápido, mesmo que não seja pelo melhor salário, daí minha opção pela badalada Montréal. É também uma cidade bacana, porque, como estarei sozinha, precisarei ocupar um pouco do meu coração e cabeça, precisarei de cinema, parques, teatros, atrações mil, umas pagas, outras não. Sei que vou recomeçar e acho isso o máximo e sei que sob certa ótica será dureza. Sei que não tenho um francês exemplar (farei meu melhor até os 45 do segundo tempo), sei que posso perder pra um canadense enquanto não adquirir a tal “experiencia canadense”, mas… beleza, pra mim faz parte do pacote. E muitos de nós ficaríamos mais desesperados de ter que passar por exatamente tudo isso (adaptação é adaptação) tendo que pagar pelo custo de uma Toronto ou Vancouver, que são tão lindas como aaaaabsolutamente infactívei$$$ e inviávei$$$ pra muitos de nós nesse recomeço.
Boa sorte a nós em nosso recomeço e continuações, dentro ou fora da Belle Province!
:)
Bisous
P