Sou novo aqui, mas acabei de assistir a reportagem pelo site.
Estou levantando dados sobre imigração para o Quebec faz 1 ano extamente, e acredito que a Globo tenha feito uma matéria tendenciosa sim. Se foi feita por algum “espírito do mal”, ou por algum incompetente, naõ sei. Sei que o que se vê é o desestímulo à imigração, já que AGORA o Brasil precisa de gente especializada para tocar a economia. Não podemos nos dar ao luxo de exportar cérebros, e isso com razão. Mas o que não se pode é tolher a iniciativa individual de viver algo novo, que é o meu caso.
Sempre estudei com dinheiro do povo brasileiro. Sim, fui sustentado pelas mesmas pessoas que vemos nas ruas e na TV passando fome. Mas “aquilo que o mundo me pede, não é o que o mundo me dá” (como dizia Gabriel o Pensador), e não vejo condições para um profissional de educação prosperar muito no Brasil. Missão social? Sim, mas me paguem bem, porque eu também quero ter conforto e uma velhice digna. Se pra isso acontecer for preciso eu sustentar a economia de um país rico como o Canadá, que assim seja.
A lente da Globo, nesta reportagem (independente do erro da cidade, se Montreal ou Toronto), obviamente foi de selecionar os casos de fracasso. Colegas meus de faculdade também não estão bem de vida no Brasil, será que mostram isso?
Imigrar hoje em dia significa “resetar” a vida em alguns casos – talvez o meu, cuja formação (história) não é essencial para o crescimento econômico. Sei que começar de novo, talvez estudar novamente, trocar de área, seja necessário, e estou pronto pra isso. Não sonho com Shan-Gri-Lá, ou o El Dorado como dizem nas reportagens, simplesmente tracei um objetivo – o de viver uma experiência “profunda” no estrangeiro. Sò mudo de opinião caso eu consiga um boooooooom emprego por aqui – um que me permita fazer viagens internacionais sem muita culpa, por exemplo. Por enquanto, sigo guardando grana pro processo provincial, e inicio a Aliança Francesa semana que vem, se der tudo certo.
Abraços!