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Eai João, tudo certo?
eu vi o seu comentário no meu tópico. Não pude responder pois estou um tanto atarefado com minha monografia… mas encontrei um tempo para responder rapidamente a sua pergunta.
Sobre minha experiência lá em Québec posso dizer que foi um divisor de águas na minha vida, falando tranquilamente. Ter participado de um projeto voltado a formação de cidadãos do mundo foi único, pois me expôs a uma vivência sem igual. Este projeto foi realizado em parceria pela ONG canadense Jeunesse Canada Monde e com o Projeto Rondom (Brasil). Por ter sido um projeto totalmente gratuito, tive que participar de um processo seletivo com mais de 120 pessoas. Fui selecionado entre os 9. Infelizmente, esta parceria entre ONGs não existe mais, uma vez que a ONG canadense enxerga que o Brasil está suficientemente suprido por conhecimentos globais. Dentre as atividades do projeto – que foram inúmeras – foi no voluntariado que mais me identifiquei. Trabalhei tanto no Brasil como em Québec por crianças, idosos, pessoas deficientes, dependentes químicos, Movimento dos Sem Terra, e por aí vai. Dê uma olhada neste vídeo que fizemos http://www.youtube.com/watch?v=8yxxyuMvmWI
Sobre minhas intenções atuais, posso dizer que desde esta postagem muita coisa já mudou. Eu e minha esposa na época estávamos realmente inclinados a ir viajar em definitivo para Québec. Eu conversei com uma amiga que fiz no intercâmbio, moradora da cidade onde estive, e ela se dispôs a nos ajudar com o que fosse preciso. Porém nossos planos mudaram quando vimos que migrar para Québec seria muito mais complicado que imaginávamos. Um dos motivos era a minha área de formação não ser compatível com o que eles precisam – assim justifico minha frustração no tópico. Mas, como ainda estávamos dispostos a viajar, optamos pela Austrália, visto que lá conseguir um emprego e ficar 2 ou 4 anos é bem mais fácil. Estava tudo certo, quase compramos as passagens. Eis que, em janeiro deste ano, descobrimos que mais um integrante na família está para chegar. Minha mulher está agora com 5 meses de gestação, e tanto a Austrália e o Canada ficaram, no mínimo, alguns anos mais distante. De fato, ainda não descartamos uma migração para Québec, de mala e cuia com nosso filhão.
Fico feliz pelo seu interesse. Se este for realmente o seu objetivo, não desista. Qualquer coisa que eu puder ajudar, pode contar comigo.
Abraços!
@javabeats wrote:
É aqui que entra uma questao que sempre me deixa intrigado; vir para o Québec é tao importante assim, que você esta disposto à começar um novo curso, arcar com todos os custos, e simplesmente deixar sua profissao atual de lado por um tempo?
Cada um aqui tem seus motivos pra querer ir. Muitos querem mudar de vida, outros apenas acreditam que terão uma oportunidade melhor de trabalho e uma vida descente para seus filhos. Tento entender a tua colocação e vejo que, como morador de Québec, tua preocupação é advertir aqueles que estão aqui no Brasil sobre as condicionantes que envolvem este processo. Ok, eu agradeço pelos avisos. Sobre mudar de profissão, farei isto indo ou não pra Québec. Já tomei esta decisão. Às vezes nos damos conta que nossas escolhas não foram as melhores e assim foi com meu curso. Vou fazer isto antes que acabe sendo mais tarde ainda e tudo se torne mais difícil. Não vou jogar tudo pra cima, apenas vou começar de novo e aproveitar o conhecimento que obtive nestes anos.
Sobre o CÉGEP, descobri ontem que tenho um diploma de estudante do CÉGEP de Montréal, e equivale a uma iniciação de curso técnico – devido ao número de horas estudadas durante o intercâmbio. Tenho diploma e tudo. Estou em contato com um cara que foi supervisor do nosso projeto e hoje ele é professor em um CÉGEP, além disso ele dá aulas de francês para imigrantes brasileiros. O nome dele é Martin Roy.
Era isto! Merci!
opa! Valeu aí Carlos pelas informações.
Tenho uma dúvida que estou realmente interessado em desvendar, talvez os “ancients” do CQB saibam…
Já vi que a minha área de formação (Comunicação/publicidade) nem de longe está nas prioridades de seleção. Já estou quase formado, então acredito que alguns míseros pontos ainda estejam valendo. Bom, e se eu fizesse um curso técnico em um CÉGEP por lá em alguma área que seja do interesse deles? Alguem por aqui tentou isto? Acredito que eu solicitaria um visto de trabalho e estudo, por exemplo “Technologie du génie civil”. Mas para conseguir este visto eu preciso já estar aceito na escola – e esta deve ser uma tarefa muito difícil.
Quem já tentou esta alternativa e estiver disposto a ajudar eu agradeço muito!!
Opa!!
Bá, valeu mesmo pelas dicas gurizada!
Carlos, vou esmiuçar o teu post sobre os passos para emigrar. Quanto ao CAQ, tu acha que se eu conseguir um trabalho temporário lá eu tenho boas chances de pedir o vistor permanente? Os processos para o CAQ são os mesmos do CSQ?
abraços!
Olá javabeats
Sim claro, esqueci de mencionar minhas qualificações.
Estou terminando o curso de Publicidade e tenho uma larga experiencia na área de gráficas. Minha namorada está na metade do curso de Relações Públicas e trabalha como assistente administrativa numa fumageira da cidade.
Eu já pude perceber que minha área de formação nem de perto está nas prioridades. Devo levar em conta que a premissa básica do meu curso é comunicação e, para tal, um conhecimento profundo na língua é indispensável.
Não sei exatamente quais minhas chances e na verdade nem sei se conseguirei uma entrevista com o BIQ. Estou buscando informações e cada dia descubro uma coisa diferente. Já vi que não vai ser fácil.
Mas agradeço muito a ajuda de voces! valeu!
