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Olá a todos, atendendo a pedidos do nosso nobre colega FCelso, abrimos este tópico para discussão sobre situação econômica do Québec e do Canadá e também entrarmos em alguns detalhes sobre mercado de trabalho de maneira geral.
Boas Java,
Será que é um abuso da minha parte te pedir para criar um tópico sobre a atual situação econômica atual por aí? Peço isso porque quando estive aí, entre 2008/2009, a tendência eram as demissões e fechamento de empresas. A ideia que eu tinha era de recuperação econômica, mas não tenho certeza disso.
Abraço,
FabrícioResidente Permanente desde Set/2009, cidadão desde Jul/2014 e mora na fascinante Montreal.
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Começo pela notícia mais quente, que é do novo budget divulgado ontem pelo ministro das finanças do Qc, Raymond Bachand.
http://www.ledevoir.com/politique/quebec/345553/le-retour-de-l-etat-investisseur
Felizmente nada de aumento de taxas ou de impostos. O governo liberal do Charest mantem sua linha de austeridade fiscal para por ordem nas contas públicas e reduzir o déficit orçamentário. Este ano o déficit deve cair para 1.5 billhão e deve se equilibar em 2013-2014. Alguns investimentos para setores como o hoteleiro e turismo, mais benefícios pros idosos (sobretudo para incentivar os cuidados em casa – e não em hospitais ou centros de hebergement) e mais força pro Plan Nord (ele quer ver os recursos minerais darem retornos econômicos mais sólidos).
Ele anunciou também um crescimento modesto da economia, de 1.5% para 2012.
Então dá pra ver uma recuperação tímida mas ainda muitas empresas em dificuldades. Algumas empresas depois de passar pela sangria de 2009-2010, aproveitam o momento agora pra se restruturar e cortar gastos – minha empresa é um exemplo e começa a enviar atividades pros EUA (já que o Obama agora está dando incentivos fiscaisi para criação de empregos lá). Outro exemplo é o da Air Canada que certamente vai se bandear pros chinesinhos para reduzir seus custos e por isso anunciou o fim do contrato com a Aveos Performance (o que causará a demissão de 1300 pessoas). O governo está tentando persuadir a Air Canada mas pelo jeito o negócio já está feito.
Outra notícia importante para os que vem ao Québec seguir uma universidade. Apesar dos protestos (muitas vezes irresponsáveis) dos estudantes fechando pontes e quebrando o centro da cidade, o governo não vai arredar o pé e vai manter o aumento dos frais de scolarité que vão aumentar $300 em média até 2017. Os frais de scolarité do Quebec sao os mais baixos de todo o Canadá.
Bom acho que é isso, convido a todos que possam dar suas opiniões também sobre suas áreas se vcs vêem crescimento, estagnação ou até redução para que nossos amigos futuros imigrantes tenham uma idéia de onde vão pisar futuramente…
Abraços.
Residente Permanente desde Set/2009, cidadão desde Jul/2014 e mora na fascinante Montreal.
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RonaldoeSusana,
Primeiramente gostaria de agradecer ao excelente tópico, obrigada!
Bom, como foi disse, cada um com seus setores… no meu que Hotelaria e Turismo, são investimentos, que ao meu ponto de vista, deve manter o setor estagnado, sem grandes cortes, ao passo que o setor deve crescer significativamente conforme a economia..
Investimentos , também pode gerar mais mão-de-obra…Sem alguém concordar…ou não…enfim.
Ucrambuco!
Agosto/2011 - envio dos doc´s SP;
27/01/2013 - Convocação para entrevista no Rio de Janeiro;
13/03/2013 - Entrevista + CSQ
02/05/13 - Recebimento Processo federal
27/01/14 - Solicitação exames médicos
11/03/14 - Previsão de realização de exames médicos -
Boas Ronaldo,
O emprego do Marcelo marido da Patinha é um bom exemplo do incentivo à subida ao norte, o problema a meu ver é como fixar as pessoas nessa área mais inóspita do que o interior do sul Québec.
Então de fato o que está acontecendo é uma lenta retomada. Interessante saber disso, porque aí consigo comparar com a situação aqui no Sul do Brasil, onde recentemente houve uma quebra na produção agrícola devido à seca, mas estamos em um momento ainda bom na construção civil, educação (procura por ensino privado e público), consumo em geral e crescimento estável da economia industrial (esses primeiros meses de 2012 o crescimento foi bastante tímido, mas em todo 2011 foi bastante considerável). Aliado a isso, as políticas econômicas estão se estruturando para proteger a produção local, de modo a melhorar a empregabilidade e o incremento da indústria local. O problema para quem consome é que os produtos locais terão custo certamente maior e a qualidade menor que os produtos que seriam importados. Mas a demanda interna está alta e o poder de compra tem melhorado, de modo que a economia está funcionando por aqui.
Valeu o esclarecimento!
Abraço,
Fabrício
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