PQ quer limitar número de imigrantes para preservar francês

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    • #7653
      apburg
      Participante

      O Partido Québecois quer diminuir o número de imigrantes no Québec para preservar a língua francesa. É o que disse o porta-voz do partido, Yves-François Blanchet, nesta semana. Ele reagiu a um estudo do Office québécois de la langue française, que trata da situação da língua na província e em particular em Montréal. Esse estudo indica que 51% dos alofones que deixam sua língua nativa escolhem o francês, enquanto 49% optam pelo Inglês.

      O PQ pede para que Charest reveja o número de imigrantes que devem ser acolhidos de 2012 à 2015. Hoje o Québec autoriza 50 000 imigrantes por ano.

      A informação completa (em francês) está disponível em: http://www.cyberpresse.ca/actualites/quebec-canada/politique-quebecoise/201109/13/01-4447289-ultimatum-du-pq-sur-limmigration.php

      O mesmo assunto também esteve em pauta no programa “Le club des ex” da Radio Canada.

      Esse é um assunto que mobiliza a sociedade quebequense em massa e sobre o qual todos os imigrantes precisam ter consciência. Na minha opinião, o deputado em questão, ao invés de incentivar a integração, reforça o preconceito. Ele passa a imagem de que os imigrantes podem ser uma ameaça à cultura do Québec.

      Para refletir…

    • #47227
      Carlos_Santos
      Participante

      Obrigado Ana Paula pela contribuicao!

      Curioso o projeto que dizia “….En 2007, le Parti québécois avait présenté un projet de loi visant à priver les immigrés de l’éventuelle citoyenneté québécoise….”

      De que nacionalidade ele falava? a unica que conheco é a canadense ;-)

      Abraços

    • #47235
      Ucrambuco
      Participante

      Interessante que nesta publicação existem outras duas correlacionadas.

      Na matéria Do Dilema lingüístico o autor informa:
      «J’ai plusieurs amis qui parlent espagnol, cambodgien, vietnamien, arabe à la maison et qui partout ailleurs parlent français et sont très bien intégrés à la culture francophone», relate Mme David.

      Já na outra, matéria, Lê déclin du français
      A autoria cita:
      “Rien de vraiment nouveau, donc. Mais est-ce grave? J’ai déjà eu l’occasion d’en causer longuement avec Marc Termote au moment de la controverse suscitée par son étude «cachée». Je lui avais exposé mes réserves quant à l’indicateur «langue d’usage à la maison» utilisé pour annoncer le déclin. Quand les études définissent les francophones comme étant exclusivement ceux qui déclarent le français comme «langue parlée le plus souvent à la maison», on met de côté bien des gens qui sont pourtant aussi francophones. Ils parlent peut-être espagnol ou roumain à l’heure du souper, mais cela ne les empêche pas de parler parfaitement français dans leur vie quotidienne, au travail ou à l’école.”

      E ela conclui:

      “L’Office québécois de la langue française promet de poursuivre son analyse à ce sujet. Chose certaine, n’en déplaise à certains qui ont déjà trouvé leur solution simpliste, la question de l’avenir du français au Québec ne peut reposer sur les seules épaules des immigrants que l’on choisit d’accueillir ou pas. La semaine dernière, lors de la Journée internationale de l’alphabétisation, on a rappelé ces données ahurissantes: la moitié des adultes au Québec ont de faibles compétences en lecture. La moitié! Leur piètre maîtrise de la langue française ne leur permet pas de lire et de comprendre un court texte. Lors d’un reportage dans une classe d’alphabétisation au printemps dernier, l’enseignante m’a fait remarquer que le visage de l’analphabétisme a changé de façon troublante. Aux côtés de gens de milieux ouvriers forcés de quitter l’école pour l’usine, on trouve désormais de plus en plus de jeunes qui sont passés du primaire au secondaire sans savoir ni lire ni écrire. Des analphabètes scolarisés? Oui. Vous avez dit «déclin»?”

      Pelo que entendo, os próprios Canadenses- Quebequenses não estão sendo devidamente alfabetizados em francês..

      Muito bom Ana Paula! Obrigada pela leitura!

      Ucrambuco!
      Agosto/2011 - envio dos doc´s SP;
      27/01/2013 - Convocação para entrevista no Rio de Janeiro;
      13/03/2013 - Entrevista + CSQ
      02/05/13 - Recebimento Processo federal
      27/01/14 - Solicitação exames médicos
      11/03/14 - Previsão de realização de exames médicos

    • #47256
      Carlos_Santos
      Participante

      esta questao dos analfabetos foncionais: pessoas que passaram pour uma escola mas nao sao capazes de entender frases complexas, ja havia lido ai no Brasil e confesso que aqui nao é diferente.

      Minha filha ontem deu um exemplo que me deixou boquiabetto:

      – Ela perguntou quanto era 15 dividos por 20 à varios colegas que tiram a mesma nota que ela na turma. Ninguém soube responder!!!

      e olha que ela aqui esta no equivalente ao terceiro ano do segundo grau ai no Brasil, a beira de entrar na universidade 8O

    • #47262
      Ucrambuco
      Participante

      Nossa Carlos! Mias sério do que eu pensava… em pensar que isto só acontecer no Brasil…

      Mas esse assunto ainda tem muito pano para manga!!!

      Ucrambuco!
      Agosto/2011 - envio dos doc´s SP;
      27/01/2013 - Convocação para entrevista no Rio de Janeiro;
      13/03/2013 - Entrevista + CSQ
      02/05/13 - Recebimento Processo federal
      27/01/14 - Solicitação exames médicos
      11/03/14 - Previsão de realização de exames médicos

    • #47274
      csleite
      Participante

      Pelo que estou acompanhando está havendo uma certa crise no sistema educacional no Québec. Estou lendo muitas notícias e ouvindo programas de rádio que debatem o tema. Muitos alunos que não conseguem compreender textos, enunciados, fazer contas, e por aí vai. Principalmente entre os meninos (no caso do ensino de base). Fora ainda o aumento da décrochage scolaire…
      O que eu sempre me perguntei era se eles estavam fazendo tempestade em copo d’água ou se a situação estava realmente crítica.
      Bom, pelo que o Carlos relatou, parece que eles realmente tem com o que se preocupar.
      Mas até onde isso pode ser fruto do aumento do número de imigrantes é muito relativo. Mesmo pq, segundo as estatísticas, os maiores grupos de imigrantes que entram no Québec são originários do Magreb e da França e portanto já falam francês.
      Ouvi um debate num programa da Radio-Canada em que o vilão eleito foi o inglês. Os québécois falaram basicamente que quem fala inglês tem muito mais chances no mercado de trabalho, e que o inglês já dominou Montréal e seus arredores, e portanto ninguém tem interesse em estudar francês.
      Inclusive vi que na região de Gatineau estavam querendo criar uma lei que pagaria um acréscimo de salário para os empregados que falam inglês como segunda língua. Não sei se é bem isso, tenho que pesquisar direito.
      Mas resumindo, acho que o problema todo começa na base do ensino no Québec… é um assunto para se passar dias discutindo.

      À bientôt!
      Camila

    • #47277
      FCelso
      Participante

      @csleite wrote:

      Ouvi um debate num programa da Radio-Canada em que o vilão eleito foi o inglês. Os québécois falaram basicamente que quem fala inglês tem muito mais chances no mercado de trabalho, e que o inglês já dominou Montréal e seus arredores, e portanto ninguém tem interesse em estudar francês.

      Boas Camila,

      Quem fala inglês tem mais chance de emprego e de mudança para províncias anglófonas onde se é melhor remunerado para a mesma posição de trabalho. Informação obtida através dos colegas quebecas e franceses com que trabalhei.

      Por isso que lembro aos imigrantes, francê E inglês é fundamental!
      Aí, português é um item a mais para diferenciar o profissional.

      Abraço,
      Fabrício

    • #47279
      rafasgomes
      Participante

      Rs, pelo jeito o sistema de ensino do Quebec é fraco e deixa pra ensinar o que dificil na universidade ! rs

      Bem, quanto ao frânces minha opinião é: Eles estão num país predominantemente inglês. Eles tem oportunidades melhores à porta deles em inglês. Infelizmente não há como evitar essa inversão. Vão conseguir inverter isso a partir do momento que os empregos mais atraentes estiverem no Quebec. Imaginem se só o Paraná falasse portugues no Brasil e o resto dos estados inglês. O que vocês acham que aconteceria?
      É complicado manter o filho (Quebec) comendo só alface se no prato do colega ao lado ta cheio de batata frita !!!! rs

      Abraços !

    • #47280
      CaduPimenta
      Participante

      Eu estava para postar um comentário gigante do que penso, mas o exemplo da alface e da batata frita foi excelente. Exatamente o que acho, curto e preciso. Onde assino ? kkkk.

      Abs !

    • #43235
      rafasgomes
      Participante

      Rs, é Cadu, e quem é que não gosta de uma boa batata frita neh?
      Abraço

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