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- Este tópico contém 16 respostas, 7 vozes e foi atualizado pela última vez 17 anos, 10 meses atrás por lfantoniosi.
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8 de fevereiro de 2007 às 19:49 #4575RedCzar777Participante
Esse é o primeiro tópico que eu abro, então me desculpem se estiver no lugar errado. Acabei de ler esse texto no site da Radio-Canadá, e embora meu francês ainda seja bem fraquinho e achei um texto bem interessante. O link e o texto estão logo abaixo:
http://www.radio-canada.ca/radio/christiane/modele-document.asp?docnumero=32249&numero=1880
Je ne parle pas anglais
[8 février 2007]coutez l’extrait
Christiane Charette reçoit, comme elle le dit si bien, des « handicapés de la société », des personnes non bilingues qui ne parlent pas très bien l’anglais : la députée bloquiste Claude DeBellefeuille, l’animateur Jean-René Dufort et le comédien Marc-André Coallier.
Selon un sondage CROP/Radio-Canada, 8 Canadiens sur 10 sont favorables au maintien des deux langues officielles. Et seulement 4 Québécois sur 10 maîtrisent les deux langues officielles.
Dans son émission Infoman, Jean-René Dufort mène quand même des entrevues en anglais. Ses questions sont toutefois coupées au montage… Pour les cours d’anglais, c’est peine perdue pour lui. Il comprend parfaitement cette langue, sans réussir à bien la parler.
À la Chambre des communes, Claude DeBellefeuille porte toujours les écouteurs pour comprendre et bien suivre les débats. Par contre, à l’extérieur de la Chambre, ses relations en souffrent. D’où sa motivation à suivre des cours d’anglais.
Marc-André Coallier refuse d’animer des galas en anglais. Par respect. Et il trouve scandaleux que la ministre du Patrimoine canadien et de la Condition féminine, Bev Oda, ne parle pas un mot de français.
Le bilinguisme
Citoyen de l’ouest de Montréal (à majorité anglophone), Jean-René Dufort constate que la maîtrise du français chez les anglophones est plutôt faible. Les Québécois admirent les anglophones qui parlent bien français, « alors qu’un francophone qui se met à parler bien anglais, c’est normal », déplore Marc-André Coallier.Claude DeBellefeuille, Jean-René Dufort et Marc-André Coallier tiennent à ce que leurs enfants deviennent bilingues, et même trilingues, qu’ils parlent l’espagnol. En conséquence, ils sont tous d’accord avec l’enseignement de l’anglais en première année.
Enfin, le chanteur Wilfred Le Bouthillier se joint à la discussion. Originaire du Nouveau-Brunswick, il n’est pas bilingue, même s’il chante parfois en anglais.
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8 de fevereiro de 2007 às 19:53 #13357RedCzar777Participante
Foi lançado em 2006 um filme bem bacana sobre o multiculturalismo no Canadá, que se expressa sobremaneira no bilinguismo. O nome do filme é Bon Cop Bad Cop, e mostra dois policiais, um anglófono e um francófono, que precisam trabalhar juntos para resolver um caso. Não sei se essa informação já está no tópico de filmes, mas achei que ela combina bastante com o tema da reportagem que eu postei a cima.
Eu ainda não assiti ao filme, mas é possível ver um trailer no endereço: http://www.imdb.com/title/tt0479647/trailers
A sinopse, e novamente o trailer, podem ser vistos nesse endereço: http://www.tribute.ca/synopsis.asp?m_id=12250
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9 de fevereiro de 2007 às 00:35 #13375julianomgaParticipante
Red Czar, muito legal sua indicação acabei de ver o trailer vou procurar no video clube o dvd.
abraços
Juliano
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9 de fevereiro de 2007 às 12:20 #13384FabiocbParticipante
Olá RedCzar,
Ja tinha visto muito isso, não região de Montréal e Gatineau é quase que uma necessidade falar inglês, na Cidade de Québec, Sherbrooke e Trois-Rivières é um forte diferencial, e em geral nas demais são pontos a mais no curriculum.
Na minha area (TI) então o inglês é obrigatório.
Obrigado pela notícia.Abraços
Fábio
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9 de fevereiro de 2007 às 12:31 #13389neveseaParticipante
“RedCzar777”
Muito bem colocado seu tópico. Isso só reforça o que já desconfiávamos… Por ser o inglês uma límgua “pobre”, as pessoas nativas desse idioma sentem dificuldade de aprender uma língua originária do latim.
O termo “pobre” se refere ao fato de não haver basicamente declinação verbal no inglês. Ou seja, nas linguas latinas os verbos recebem a marca da pessoa do discurso (eu, tu, ele…), do gênero (masculino/feminino) e do número (singular/plural):
Il est arrivé
Elles sont arrivéesIsso ocorre ambém com outras classes de palavras como os pronomes possessivos. Por exemplo, no inglês existe para a primeira pessoa do singular apenas o pronome “my”, no português “meu”, “minha”, “meus”, “minhas”, no francês “mon”, “ma”, “mes”.
Além do mais, a contrução sintática e os tempos verbais se diferenciam muito do inglês para as línguas latinas. O resultado disso é que para os nativos de língua inglesa é mais difícil aprender francês do que os nativos de línguas derivadas do latim. O próprio atim é muito mais complexo do que o português, o francês, o italiano e o espanhol.
Sendo assim, nós brasileiros somos privilegiados pois temos mais condições de chegarmos ao Canadá dominando 3 ou 4 idiomas: português, francês, ingês e espanhol.
Eduardo.
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10 de fevereiro de 2007 às 14:43 #13418julianomgaParticipante
oi a todos!!!!
Gostei muitissimo das colocações do Eduardo, e é isso mesmo, eu sempre achei muito mais facil aprender as liguas latinas, que o ingles (a pedra no meu sapato), e esse povo falante de ingles ainda assim te a capacidade de ser achar!!!! como mostra no texto acima citado.
mas qdo chegarmos la resolveremos esse problema de uma forma bem original… rssabraços
Juliano
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10 de fevereiro de 2007 às 23:41 #13437FabiocbParticipante
@julianomga”;p=”5488 wrote:
oi a todos!!!!
Gostei muitissimo das colocações do Eduardo, e é isso mesmo, eu sempre achei muito mais facil aprender as liguas latinas, que o ingles (a pedra no meu sapato), e esse povo falante de ingles ainda assim te a capacidade de ser achar!!!! como mostra no texto acima citado.
mas qdo chegarmos la resolveremos esse problema de uma forma bem original… rssabraços
Juliano
Eu já acho o inglês uma lingua tão facil, embora consigamos entender muitas coisas em linguas latinas, é muito mais dificil falar e escreve-las corretamente devido a conjulgações verabais e as concordancias, coisa que não ocorre com tanta frequencia no Inglês Atual, isso por que o no Inglês mais antigo isso era normal, assim como no inglês mais culto ainda existem algumas concordancias pronomes que não são mais usados hoje em dia.
Abraços
Fábio
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11 de fevereiro de 2007 às 00:49 #13439lfantoniosiParticipante
Embora tenha um gramática mais simples, vale lembrar que a pronúncia em inglês é extremamente complexa. Há uma enorme distância entre o que se escreve e o que se fala…
Tem um ótimo artigo na wikipedia sobre os erros comuns de inglês de cada etnia (página em inglês), vejam os erros comuns dos falantes nativos do português:
http://en.wikipedia.org/wiki/Non-native_pronunciations_of_English#Portuguese
a melhor é
“push” may be confused with “pull” because puxar means “to pull” in Portuguese.
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11 de fevereiro de 2007 às 01:26 #13440neveseaParticipante
lfantoniosi,
Não acho que a pronúncia no inglês seja assim tão complexa. O que acontece é que para nós brasileiros, torna-se difícil pronunciar alguns sons que não existem na nossa língua nativa. O mais famoso deles é o som de “th”! Isso ocorre porque não estamos habituados a produzir esse som. A mesma coisa acontece com os nativos de língua inglesa. Você já viu um americano pronunciando “São Paulo”? Eles falam [XAO PAOLO] (sem o son nasal do ã). Fica terrível! A letra “S” para eles às vezes tem o son de “X”.
No francês, uma das maiores dificuldades é o son da vogal “U” como em “salut”. Nós não temos nada em portuquês equivalente a esse fonema [y]. Dessa forma, é um erro transcrever a fonética da palavra como se fosse [SALU] ou [SALI] como alguns livrinhos tipo “como dizer tudo em francês” mostram…
A transcrição fonética padrão para “salut” é [saly] sem o “t” e com o som “y” no final. Não existe no português nada equivalente ao som “y”, sendo assim, nós temos que reaprender novos sons em vez de ficar tentando usar os fonemas que já conhecemos no português.
Na minha opinião o estudo da fonética é importantíssimo. Caso contrário, sempre seremos discriminados como semdo “aquele estrangeiro que não fala bem o francês”. No Canadá 99 não é 100%.
Em qualquer sociedade a comunicação é a chave do sucesso!
Eduardo.
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11 de fevereiro de 2007 às 02:13 #13441JeffersonAVParticipante
Esta discussão está muito boa…
Mas uma dúvida que sempre paira sobre minha cabeça é: “conseguiremos aprender o francês em tempo de nos integrarmos”?
Quantos anos se leva para dominar uma língua? Teremos todo este tempo para obtermos sucesso em nossa comunicação?
Para os 100% desejáveis, teríamos que nos preparar desde nossa infância para o aprendizado do francês e nosso projeto de imigração e total integração à esta nova sociedade.
Então, meu filho de 4 anos se integrará melhor do que eu ao Québec… disto não tenho dúvida. Eu, continuarei sendo sempre o estrangeiro que fala “errado” o francês… talvez daqui a 10 ou 15 anos eu fale 99%.
Abraços,
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11 de fevereiro de 2007 às 13:38 #13447lfantoniosiParticipante
Realmente, para falarmos 100% leva-se anos. Muitos talvez nunca consigam. Felizmente falamos português, que das linguas latinas é a mais rica em fonemas, o que nos dá uma maior liberdade para cometermos menos erros de pronúncias.
Mas isto depende do interesse da pessoa. Quanta gente você não conhece que não está nem aí para o português? Tudo bem que a língua não ajuda, mas precisa esculachar tanto?
A língua é a nossa principal ferramenta. Oras, se você não consegue utilizar sua principal ferramenta com precisão, o que dizer das suas outras competências? Eu estou sempre trabalhando para melhorar minhas línguas, se tenho dúvida, não faço como muita gente que escreve diferente, busco fontes na internet para aprender mais. Meu francês eu comecei há pouco tempo, então tenho muito o que melhorar ainda.
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11 de fevereiro de 2007 às 19:03 #13450RedCzar777Participante
Não sei onde, mas li em algum lugar, há muito tempo, que o português é um dos idiomas mais difíceis para uma pessoa adulta aprender, só perdendo para o mandarin e o japonês (ou algo do tipo).
Mas já conheci estrangeiros que você só percebia que eram de outro país quando eles demoravam um pouco mais para encaixar uma palavra um pouco mais complicada, mas que na maioria do tempo falavam português muito melhor que boa parte dos brasileiros. Ao elogiar o domínio do idioma para um desses estrangeiros eu ouvi uma resposta bem simpls “basta ter interesse”. Nesse caso esse estrangeiro adorava falar português, era simpelsmente apaixonado pelo idioma. Acho que não é preciso morrer de amores pelo francês ou pelo inglês, basta ter sempre o interesse em melhorar e continuar sempre se aprimorando.
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12 de fevereiro de 2007 às 01:13 #13452neveseaParticipante
Emplois du Subjonctif
Tanto o português quanto o francês utilizam o tempos verbais no “subjuntivo” para expressar alguns tipos de situações:
Français:
Nous sommes désolés que vous ne puissiez pas venir à notre mariage. (verbo “pouvoir” conjugado no presente do modo subjuntivo)Português:
Nós lamentamos que vocês não possam vir ao nosso casamento. (verbo “poder” conjugado no presente do modo subjuntivo)English:
We are sorry that you can’t come to our wedding. (verbo “can” conjugado no presente – “simple present”)Como se pode notar, o inglês não usa o modo subjuntivo… Isso nos dá mais um indicativo da complexidade do português/francês comparativamente ao inglês.
Para nós brasileiros, é muito mais fácil aprender esse tópico gramatical pois a função desse modo verbal no francês é idêntica no português. Entretanto, imagino que seja um tormento para um nativo de língua inglesa assimilar uma função que não existe no seu idioma original.
Para os anglófonos, não basta apenas aprender um novo modo verbal. É preciso saber utilizá-lo e ter domínio de toda uma declinação nos verbos pois cada pessoa do discurso tem suas particularidades.Modo subjuntivo presente (verbo querer):
(Eu) queira (Je) veuille (I) want
(Tu) queiras (Tu) veuilles (You) want
(Ele/Ela) queira (Il/Elle/On) veuille (He/She/It) wants
(Nós) queiramos (Nous) voulions (We) want
(Vós) queirais (Vous) vouliez (You) want
(Eles/Elas) queiram (Ils/Elles) veuillent (They) wantImagine agora ter domínio de todos os tempos e modos verbais: presente do indicativo, presente do subjuntivo, pretérito do indicativo, futuro do subjuntivo, futuro do indicativo, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-perfeito, tempos nominais, particípio, gerúndio, etc, etc, etc…
Com exemplos desse tipo fica fácil de saber porque “la maîtrise du français chez les anglophones est plutôt faible”.
Vamos valorizar mais o nosso bom português. Ele é muito rico e é parecido com o francês!!!
Eduardo.
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12 de fevereiro de 2007 às 15:08 #13460ErasmoParticipante
Olá a todos!
Tenho acompanhado este tópico, por sinal muito bom, meio à distância, uma vez que tenho tanto inglês como francês “macarrônicos”…. :lol:Mas, todas vezes que deparei-me com o aprendizado de ambos, sempre vêm à tona questões que me influenciam muito: AFINIDADE, NECESSIDADE, PRIORIDADE. :x
E isso tem me ajudado, uma vez que encontrei maiores afinidade, necessidade e proridade em aprender francês…
Necessidade e prioridade são coisas que podemos traçar, mas afinidade vem literalmente de dentro…e infelizmente, não a tenho em relação ao inglês, mesmo compreendendo sua extrema necessidade no mercado de trabalho, vivência etc etc etc… 8O
Há algum tempo, encontrei o curso Deutsch – warum nicht? (Alemão – por que não?) e comecei a estudar por conta…por incrível que pareça, não somente aprendi, como mesmo após uns 3 anos sem ler mais nada, ainda lembro algumas expressões… :?
Felizmente as prioridades e necessidades mudaram, e hoje estou às voltas com o francês…que é bem mais fácil…
Sai um pouco do tema mas, devido meu “bloqueio psicológico” em relação ao inglês, precisa desabafar… :lol: :lol: :lol: :lol:
Acredito que, para todos nós, muito além de cursos e ferramentas de aprendizagem, será mais importante nossa imersão no idioma…quem morou fora, ou pelo menos viajou, sabe do que falo…acordar em meio ao francês, trabalhar, estudar, enfim viver…essa é minha esperança….
Abraços a todos!
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12 de fevereiro de 2007 às 18:33 #13468JeffersonAVParticipante
Também acredito muito que a imersão é que nos ajuda a dominar melhor um idioma…
Podemos passar o resto de nossas vidas estudando línguas com as melhores ferramentas, livros, gramáticos e professores… mas se não tivermos a vivência prática, sempre falaremos “mais ou menos” uma língua estrangeira.
Só que, espero, os quebequences sejam um pouco mais tolerantes conosco no início… estamos aqui nos esforçando, nos apaixonando por esta língua, mas não vamos chegar lá dominando-a. Nosso domínio vai acontecer mesmo é em terras canadenses.
Já o inglês, este sim, aqui ou lá, sempre será uma necessidade… e nós, como a maioria dos imigrantes que chegam no Canadá, temos que falar 3 línguas… para nossos filhos então, que estão indo ainda em idade de iniciar a alfabetização, vão falar 3 línguas com naturalidade quando forem maduros (assim esperamos).
É isto!
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15 de fevereiro de 2007 às 01:02 #13607FabiocbParticipante
@Erasmo”;p=”5530 wrote:
Há algum tempo, encontrei o curso Deutsch – warum nicht? (Alemão – por que não?) e comecei a estudar por conta…por incrível que pareça, não somente aprendi, como mesmo após uns 3 anos sem ler mais nada, ainda lembro algumas expressões… :?
Felizmente as prioridades e necessidades mudaram, e hoje estou às voltas com o francês…que é bem mais fácil…
Olá Erasmo, você também estudou pelo curso da DW, fiz igual a você, comecei mas nunca terminei.
Olá Jefferson,Concordo com você, acho que a imersão ajuda e muito, fiz 2 anos de francês aqui no Brasil e cerca de 2 meses na França me propiciaram um avanço enorme, o qual levaria muito mais tempo por aqui, creio que a partir de um certo nivel fica mais dificil evoluir sem a imersão, e força de vontade é claro.
Abraços a todos
Fábio
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15 de fevereiro de 2007 às 01:41 #13613lfantoniosiParticipante
No meu caso foi com o inglês. Eu nunca fui de estudar em escolas de idiomas, isto não funciona comigo. Sempre estudei o inglês por conta própria pois sempre tive um certo amor por esta língua, e após uma imersão de 30 dias em 2000 com o belo sotaque de Atlanta na Georgia, passei até a sonhar em inglês…
Com o francês fica mais difícil estudar por conta, estou fazendo com um professor particular e a aula flui ao meu ritmo.
Eduardo, somente complementando o que você disse, o inglês usa sim o subjuntivo, mas ele é bem restrito (ou pobre como você gosta de dizer), como na frase:
“God save the Queen” (Que Deus salve a rainha) veja que o s não é adicionado ao final do verbo
E também com o verbo “to be” no passado:
“I wish you were here” (Eu queria que você estivesse aqui), essa e para lembrar que em março o Roger Waters estará aqui de novo :P
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