Home › Fórum › Vivendo no Canadá › Cotidiano › Imigração – o povo de Québec ainda cauteloso
- Este tópico contém 5 respostas, 4 vozes e foi atualizado pela última vez 14 anos, 4 meses atrás por FCelso.
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30 de maio de 2010 às 17:37 #6841FCelsoParticipante
Notícia que relata a situação atual da imigração na Cidade do Québec: Embora as empresas e outras entidades estejam (de certa forma) adequadas a receber imigrantes, as pessoas da cidade ainda estão cautelosas.
Detalhe: o foco da notícia parece ser os imigrantes refugiados.
Reportagem completa no site Cyberpresse:
Immigration: les gens de Québec encore frileux
Boa leitura aos interessados!
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30 de maio de 2010 às 20:33 #39103Carlos_SantosParticipante
INteressante artigo, principalmente a parte que fala :
“…Mme Plourde doit donc expliquer le fonctionnement du thermostat, du réfrigérateur, de la toilette, même.…”
Obrigado Celso!
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30 de maio de 2010 às 21:34 #39104CabedaParticipante
Meus two penny thoughts ( ou seriam loonies? eheheh )
tem que se fazer uma diferença MUITO grande entre refugiado e emigrante qualificado…. não é nem uma questão de preconceito ou não… como futuro quebeca, me orgulho de viver numa sociedade plural, bla bla bla, mas para mim é claro
os emigrantes qualificados são o BÔNUS de uma sociedade plural e receptiva, os refugiados são os ÔNUS, veja bem, não estou advocando CONTRA, acho que é importante e faz parte do “zeitgest” quebequense, mas não da para achar que é a mesma coisa né!!!
Brasileiro que vai para o Quebec pode até não ser a elite economica do país, mas COM CERTEZA faz parta da elite intelectual!!! e isso obviamente vai agregar e MUITO para o estado
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31 de maio de 2010 às 00:36 #39105FCelsoParticipante
@Cabeda wrote:
tem que se fazer uma diferença MUITO grande entre refugiado e emigrante qualificado…. não é nem uma questão de preconceito ou não… como futuro quebeca, me orgulho de viver numa sociedade plural, bla bla bla, mas para mim é claro
Ora pois Cabeda, quem pensa imigrar como trabalhador qualificado pensa de maneira semelhante, ou seja, que há diferença entre o tipo de imigrante. O problema é que o empregador não chega a diferenciar, de modo que o rótulo “imigrante” bota todo mundo no mesmo saco. O governo e as empresas tendem buscar a igualidade nas ofertas de emprego, mas nem sempre isso acontece na realidade.
Para exemplificar, os quebequenses com quem conversei aleatoriamente no dia-a-dia (me deslocando de ônibus, passeando, parando para pedir informação, puxando assunto na fila ou esperando em algum lugar) sempre se surpreendiam quando eu dizia que era brasileiro e estava trabalhando com pesquisa na ULaval. Pela impressão que tive, não é comum o pessoal se dedicar muito tempo aos estudos por lá. Outro dado que me chamou atenção foi que, de 17 alunos de pós-graduação, havia 1 Romeno, 3 Marroquinos, 2 Franceses, 3 Quebequenses, 1 Brasileiro, 2 Iranianos, 2 Chineses e 3 Vietnamitas, ou seja, o percentual de quebecas na ativa na pós-graduação (pelo menos na Eng Química da ULaval) é bem baixo. Na Universidade é comum ver gente de fora, a tolerância e a aceitação são maiores. Fora da vida acadêmica, a situação é diferente.
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8 de agosto de 2010 às 19:36 #40479GlobzParticipante
Gostaria de reagir ao que se tem dito aqui.
Qual é o maior problema para os immigrantes de qualquer nacionalidade encontrar emprego no Québec ?
a. falta de diploma
b.so ter diploma tecnico
c.ter varios diplomasAcho que todo os brasileiros devem dizer com certeza e sem duvidas a resposta A, enganam-se a resposta é c. Quem tem muito diploma tem mais dificuldades de encontrar emprego é um fato.
Sendo norte américanos eles sao praticos e sabem que pra cada chefe ha varios subordinados, no mais cargos de chefias em todo lugar do mundo (fora serviço publico brasileiro…) se da a gente com experiencia e as vezes até sem nenhum diploma.
O que vocês vao ver ao chegar aqui logo na primeira reuniao do MICC eles vao dizer isso pra vocês, muito diploma pode dificultar o acesso ao mercado de trabalho, pois um empregador nao vai da a vaga a um cara muito diplomado que pode encontrar um emprego melhor no dia seguinte, e como eles pensam todos da mesma maneira da que é mais dificil encontrar um emprego se fosse tem um mestrado em ciencias sociais que se você tiver um diploma de mecanico.
Entao percam logo essa ideia que “sou um imigrante qualificado, sou mais que os outros”, ter ou nao ter diploma nao faz ninguem melhor que um outro e isso vocês vao ver que os québecois sao assim, tem a convicçao que todos somos iguais idependente da posiçao nos estudos ou na sociedade.
No que diz respeito a reticencia quanto aos refugiados é simples, quando um mexicano ou um checo (dois paises que nao estao em gerra e que nao sao uma ditadura) pedem asilo politico que reaçao pode-se ter ? Acho que ja é um bom começo pra entender. -
10 de agosto de 2010 às 13:06 #40495FCelsoParticipante
@Globz wrote:
Entao percam logo essa ideia que “sou um imigrante qualificado, sou mais que os outros”, ter ou nao ter diploma nao faz ninguem melhor que um outro e isso vocês vao ver que os québecois sao assim, tem a convicçao que todos somos iguais idependente da posiçao nos estudos ou na sociedade.
Não foi bem essa a impressão que eu tive, quando mencionava que trabalho com pesquisa na universidade, os quebecas ficavam boquiabertos, como se fosse coisa do outro mundo, passando a impressão de haver mais formalismo e respeito depois de mencionar isso. Como contraponto, os franceses já têm mais familiaridade com esse tipo de trabalho, de modo não se impressionam com isso.
Para deixar bem clara minha posição, acredito que não deva haver diferença, pois na prática trabalho é trabalho e, desde o faxineiro ao presidente de uma empresa, todos devem se tratar de maneira igualitária. A impressão que tive no QC é que o tratamento é mais igualitário do que no Brasil em geral.Outro ponto que há de se considerar, como o prega o Cabeda, é que, imigrantes qualificados (que receberam o CSQ – seja com diploma ou não) apresentam maior potencial de contibuição na sociedade quebeca, seja pelos impostos ou pelo próprio resultado do trabalho. Já os imigrantes refugiados apresentam maior potencial para onerar o sistema público. Isso, pelo menos, antes de haver uma integração. Pode-se considerar ainda que o imigrante qualificado tende a se integrar mais rapidamente ao mercado de trabalho, enquanto o refugiado demora mais (na média).
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