Guia de compra de veículos

Home Fórum Vivendo no Canadá Cotidiano Guia de compra de veículos

Visualizando 0 resposta da discussão
  • Autor
    Posts
    • #6459
      FCelso
      Participante

      Bom pessoal,

      Finalmente pude aproveitar um domingo nublado e de temperatura agradável (-5oC)  8)  para montar um tópico a respeito dos carros em Québec.

      Minha exeriência se restringe à Cidade de Québec, mas acredito que seja bastante aplicável em toda a província, bem como no Canadá em geral (ao menos as
      recomendações gerais, pois a legislação tende a ser provincial nesse país).    


      1. BUROCRACIA

      Locais onde realizar o registro do veículo:

      http://www.caaquebec.com/Automobile/ImmatriculationPermis/CentreImmatriculation/Centre-Immatriculation.htm?lang=fr&lang=fr

      Informações sobre carteira de motorista, estacionamento nas cidade/bairros

      SAAQ

      http://www.saaq.gouv.qc.ca/

      A experiência que tenho, tanto de compra como de venda, diz respeito a particular, ou seja, são transações realizadas entre pessoas físicas. Se tratar o negócio com uma concessionária ou garagem, o procedimento pode ser diferente. O certo é que no caso de particular, existe a cobrança somente de um dos impostos.

      Assim, no caso da negociação particular, há uma taxa que incide sobre o valor de venda do veículo.

      Após decidir o veículo a ser comprado, vendedor e comprador vão juntos a um guichê da CAA, com sua carteira de motorista.

      O atendente solicitará as duas carteiras, telefones e endereços.

      O vendedor é quem diz o valor, geralmente se acerta para informar esse valor como sendo menor do que o acordado com o comprador.

      Os quebequenses costumam fazer isso. Dependendo do modelo e ano do veículo, pode haver ajuste no valor. Quando comprei o veículo ($3500), o vendedor informou o valor de $1800 de modo que paguei imposto sobre esse valor, adicionando ao valor do registro do veículo. Entrentano, quando vendi o veículo, informei o valor de $100 (isso mesmo, cem dólares) e foi cobrado imposto sobre esse irrisório valor (creio que devido ao ano/modelo de veículo – Honda CRV-1998). Outro amigo gaúcho comprou um Nissan Altima 1999 e sobre ele incidiu imposto no valor corrigido, mesmo tendo o vendedor informado valor inferior ao da tabela e da venda.

      O custo do registro do veículo gira em torno de $260.00 ao ano, independente do tamanho/modelo do carro, ou seja, hatch, sedan, perua, utilitário esportivo, van ou picape, todos pagam o mesmo valor. Ainda, esse valor é pago uma vez ao ano, na data de vencimento do registro, que depende do SOBRENOME do proprietário.

      OBS – Ao contrário do que muito quebequense imagina, não é obrigatório fazer seguro do carro.

      Isso é opcional, como no Brasil. E você pode escolher entre diversas seguradoras, geralmente ligadas aos bancos.

      A própria CAA tem planos de seguro e socorro veicular.

      No meu caso, não fui atrás disso simplesmente porque não senti a necessidade de seguro, primeiro porque não há perigo de furto ou assalto, segundo porque sou cuidadoso.

      No caso de um carro velho e de baixo valor (mais de 8-10 anos), talvez valha a pena fazer um seguro contra terceiros. Seguro completo, deve valer a pena acima de 8 mil dólares (minha opinião).

      Em relação à segurança, apenas adicionei algumas faixas reflexivas em pontos estratégicos do veículo, uma vez que os quebequenses não são os melhores exemplos de motoristas (vi diversas encostadas nos estacionamentos, especialmente nos pilares    ) e também porque em condições metereológicas adversas (muito comuns aqui), melhora a visibilidade, conforme ilustra a foto abaixo:

      As informações aqui dispostas seguem as indicações do seguinte site http://www.samarins.com

      Existem nele muitas outras informações. Indico aos interessados em adquirir veículos no Canadá a consultá-lo, pois além de recomendações para comprar um carro ainda tem revisões dos modelos do mercado canadense, dicas de manutenção que se pode fazer sem ir ao mecânico e outras informações pertinentes.


      2. RESUMO DOS VEÍCULOS NO MERCADO CANADENSE

      Basicamente se dividem em dois grandes grupos, americanos e orientais (japoneses em sua maioria). Ainda há um terceiro grupo onde entram os europeus.

      O preço, segundo uma mesma categoria, geralmente é mais barato para os americanos (os coreanos como Kia e Hyundai também entram nessa), depois os japoneses e finalmente os europeus.

      A confiabilidade é maior dos japoneses (Honda e Toyota, depois Mitsubishi e Subaru) e europeus. (Volvo, Volkswagen, Saab, BMW, Mercedes). Os americanos apresentam a menor confiabilidade.

      O preço das peças de reposição aumenta conforme o aumento da confiabilidade.

      A mão-de-obra apresenta um preço padrão, em torno de 70 dólares a hora.

      Muitas peças se consegue comprando dos EUA (E-Bay, etc), entretanto é necessário encontrar um mecânico de confiança e que aceite que você compre as peças em separado. Geralmente as oficinas trabalham com o pacote pronto, sendo passado o orçamento do serviço com as peças.

      Uma tendência no mercado, para o mesmo ano, geralmente um Honda custa mais caro que um Ford.
      Exemplo clássico: Honda Civic 2001 vs Ford Focus 2001

      Existem ainda as sobreposições de marcas.

      Por exemplo, Pontiac/Oldmobile/Chevrolet/GM/GMC são a mesma companhia, assim como Honda/Acura e Chrysler/Jeep/Plymouth também.

      Para consultar os modelos e preços, sugiro os sites:

      http://www.lespac.com – mais confiável pois os vendedores pagam pelos anúncios

      http://quebec.kijiji.ca

      Para compra, ainda pode-se perguntar aos colegas de trabalho, olhar nos jornais e nos murais da universidade (às vezes se encontra carros a preço bom porque os alunos precisam vender logo o veículo pois devem voltar ao país de origem).


      3. A DIFERENÇA ENTRE ALGUNS MODELOS E PERFORMANCE, CONSIDERANDO O INVERNO

      Na maioria dos dias, não fará muita diferença o tipo de veículo a ser utilizado, pois a manutenção das ruas é regular:

      Entretanto, nos dias de neve mais abundante, [/b]a situação muda um pouco de figura:

      Os limpadores de para-brisas estão levantados para evitar que grudem no vidro e descolem da armação quando acionados.

      Nota – nesse dia, foram necessárias duas horas de trabalho de Sapador (usando a pá) para retirar a neve da saída do local de estacionamento.

      A quantidade de neve caída (em torno de 35cm)

      No estacionamento coberto do PEPS/ULAVAL, após levar esse pacote de neve passear (terminei de retirar a neve nesse estacionamento coberto)

      No meu ponto de vista, se for necessário se deslocar todos os dias de carro, principalmente ao trabalho/escola, e o horário deve ser cumprido, é mais recomendado adquirir um utilitário esportivo com tração na 4 rodas.

      Os Subarus 4WD são desenvolvidos com o que há de melhor em tração integral. Entretanto, os custos de manutenção desse sistema são mais elevados do que os concorrentes.

      Quem tiver interesse em observar as diferenças dos sistemas de tração em condições adversas (neve, etc), procure no YouTube (Palavras-chave: Subaru – ou o nome do carro em questão + snow ou + neige)

      Caso não haja tanta restrição quanto a horário, um veículo com tração em 2 rodas é o suficiente.

      ILUSTRAÇÃO – A DIFERENÇA DE ALTURA ENTRE UM UTILITÁRIO ESPORTIVO E UM SEDAN:

      EM QUALQUER DOS CASOS, PNEUS DE INVERNO SÃO OBRIGATÓRIOS, ESCOVA/RASPADOR PARA RETIRAR A NEVE/GELO E UMA PÁ SÃO INDISPENSÁVEIS.

      NEM QUE VOCÊ UTILIZE A PÁ UMA VEZ NO INVERNO, SE VOCÊ NÃO A TIVER QUANDO PRECISAR, SENTIRÁ A FALTA QUE ELA LHE FARÁ!

      Aqui uma demonstração prática do uso da escova. O raspador fica da parte posterior desse conjunto:


      4. ALGUNS MODELOS A SER EVITADOS COMPLETAMENTE

      – FORD FOCUS HATCH/SEDA/PERUA 2000
      – DODGE CARAVAN/PLYMOUTH VOYAGER 1998
      – DODGE NEON/CHRYSLER PT CRUISER – QUALQUER ANO
      – CHEVROLET/GM/OLDSMOBILE/PONTIAC COM MOTOR 3.4 ATÉ 2001

      O CRITÉRIO PARA SELEÇÃO DOS VEÍCULOS NA LISTA ACIMA É A CONFIABILIDADE

      – NOTA – EM RELAÇÃO AO CÂMBIO AUTOMÁTICO (maioria em Québec, e creio que no Canadá também), TENHA EM MENTE QUE É MAIS CONFORTÁVEL, PORÉM O CÂMBIO MANUAL É MAIS BARATO DE CONSERTAR (1/3 DO VALOR) E CONSOME MENOS COMBUSTÍVEL (PARA UM MESMO MODO DE CONDUÇÃO).

      – NOTA – Proteção contra corrosão – quanto mais dos selos (porta do motorista, segundo foto abaixo), melhor:

      Ainda é possível de fazer um tratamento diferente do Metropolitan (que aplicado óleo).

      Esse outro tratamento implica na aplicação de uma camada de um composto borrachoso/asfáltico na parte inferior do veículo.

      No caso do veículo que adquiri, o mesmo recebeu o processo em 2004, e quando verifiquei embaixo do veículo, pude notar a presença da camada protetora preta que fora depositada.

      – NOTA – ALGUNS VEÍCULOS SÃO MAIS FÁCEIS DE VENDER QUE OUTROS. É INTERESSANTE SABER SE O CARRO QUE SE PRETENDE COMPRAR VAI SER BEM COTADO NO MERCADO QUANDO FOR NECESSÁRIO TROCÁ-LO OU VENDÊ-LO.


      5. O QUE FAZER E O QUE EVITAR NA COMPRA DE UM CARRO USADO

      – Faça uma verificação no histórico do veículo no órgão competente. Isso não lhe garante 100% que o carro esteja OK, mas pode mostrar se o carro foi amortizado após um acidente ou se teve o hodômetro alterado;

      No meu caso não verifiquei  no órgão competente, mas fiz a segunte conta: 20 mil Km ao ano, como média padrão, e observei a quilometragem do veículo. Verifiquei ainda o histórico de manutenção, e questionei o vendedor a respeito do custo anual em manutenções com o carro.

      – Peça para alguém com conhecimento (mecânico) inspecionar o seu veículo, isso pode lhe economizar muito dinheiro e dor de cabeça – Na Cidade de Québec o valor da hora da oficina é em torno de $70, sendo que uma inspeção completa demora em torno de 30 a 45 minutos. No meu caso, o mecânico deu uma volta com o carro, verificou as velas, escutou o funcionamento do motor, retirou uma roda dianteira e outra traseira, abrindo o freio traseiro para verificar o desgaste, testou amortecedores, verificou a corrosão e outros itens como radiador, alternador, etc;

      – NOTA – CASO SEJA NECESSÁRIO TROCAR ALGUMA PEÇA (NADA GRAVE), SOLICITE AO VENDEDOR PARA DESCONTAR ISSO NO PREÇO, ESSA TAMBÉM É UMA PRÁTICA COMUM EM QUÉBEC.

      – Não compre um carro que sofreu um aciente sério, especialmente colisão frontal. Muitos problemas podem surgir mais tarde como resultado de um acidente;

      – Não compre um carro assim que você o veja. Tome seu tempo, faça um teste de rodagem com o carro o máximo que puder.
      Alguns problemas podem ser notados quando o motor está frio, e outros somente quando o motor está quente, ou ainda após uma velocidade
      mais alta (autoestrada)

      No teste de rodagem verifica-se:  

      – o câmbio, se as marchas engatam precisamente, sem arranhar;

      – se a aceleração é constante e proporcional ao que se pisa no acelerador, sem pulos ou socos (motor engasgando);

      – a suspensão, se há ruídos internos, muita trepidação ao passar em buracos, desníveis – NOTA: MODELOS AMERICANOS TENDEM A SER MAIS MACIOS QUE JAPONESES;

      – o alinhamento (se o carro puxa para os lados);

      – o balanceamento (se o volante treme, especialmente acima de 80 km/h);

      – os freios, se funcionam adequadamente (se tiver ABS não exite em apertar forte no pedal do freio, o sistema automaticamente evitará o travamento das rodas, causando uma pequena trepidação como resposta no pedal;

      – caso tenha contole de estabilidade, o teste a ser feito é mudar de pista bruscamente e sentir o efeito na dirigibilidade, se estiver funcionando bem, o carro não deve “jogar” ou “dançar”, sair de traseira ou frente – ATENÇÃO AO FAZER ESSE TESTE, HÁ DE SE TER UMA CERTA PRÁTICA E TER NOÇÃO DOS LIMITES DO VEÍCULO, BEM COMO ESPAÇO NA RODOVIA)

      – itens de conforto e utilitários: ar condicionado, desembaçador, limpadores, vidros, travas, etc, enfim todos os recursos do veículo que se está avaliando;

      – Não baseie sua decisão no que lhe é dito: “único dono, somente usado em autoestrada”, de fato pode ser um carro utilizado em locação e altamente abusado.

      – Não compre o carro se você tem ressalvas ou hesita por uma razão ou outra. Se você não tiver um bom pressentimento. Se o motor aparenta muito ruidoso ou trabalha se uma forma áspera com som pesado, as marchas são trocadas duramente, alguns reparos necessitam ser feitos, algo aparenta estar incorreto nos papéis, etc… simplesmente passe adiante.

      – Não compre um carro se ele precisa de pequenos reparos. Geralmente isto resulta em grandes gastos com reparos que parecem nunca terminar.

      – Não compre um carro que passou por inundação; pode parecer que está inteiro e funcionando perfeitamente, mas depois de algum tempo, ele pode desenvolver diversos problemas caros de resolver: corrosão, componentes eletrônicos, transmissão, cilindros de roda, etc. – EM QUÉBEC SE ENCONTRA MUITO ANÚNCIOS EM INGLÊS NO KIJIJI, DE CARROS QUE PROVÊM DA FLÓRIDA OU SUL DOS EUA – PODEM SER ORIUNDOS DE SEGURADORAS APÓS FURAÇÕES, ATENTE PARA O ANO DE FABRICAÇÃO E VENDA, SE COINCIDE COM O PERÍODO DO KATRINA, POR EXEMPLO.

      – Não seja rude com o vendedor. Independentemente dos muitos estereótipos que partilhamos, muitos vendedores são genuinamente boa gente. Seja persistente, mas não rude; trate-os bem e eles estarão dispostos a ajudá-lo.


      6.INVERNALIZAÇÃO DO VEÍCULO – ANTES DA CHEGADA DO INVERNO (OUTUBRO – NOVEMBRO)

      – fazer o tratamento anti-corrosivo;

      – fazer uma vistoria completa antes do inverno;

      – colocar pneus de inverno – aqui uma dica para aumentar a vida útil dos pneus é ter 2 conjuntos de rodas/pneus já montados em separado.

      Outra dica em relação aos desgaste dos pneus: Os pneus de inverno são feitos de borracha mais macia que a de pneus 4 estações, portanto quando a temperatura está mais alta, pneus de inverno desgastam mais rápido. Tendo isso em mente, considerando a legislação (obrigatório uso de pneus de inverno de 15 de dez a 15 de abril) e considerando ainda que o inverno varia muito de ano para ano (pode começar em meados de novembro, ou meados de dezembro), é importante estar atento para bem decidir quando ir trocar os pneus. A melhor situação ($) seria você mesmo poder trocar os pneus, mas para isso é necessário que eles estejam bem balanceados e com a calibragem correta (há de se preparar os pneus antes de colocá-los), além de ter um jogo de rodas para cada tipo de pneus. No geral, os quebequenses levam seus veículos nos postos de serviço para fazer a troca ($50). O que acontece é que quase todos fazem isso ao mesmo tempo, e acaba-se tendo que agendar o serviço. Caso pretendas seguir esse padrão, recomendo fazer um pouco antes da chegada do inverno, no início de novembro por exemplo, pois estará frio suficiente para utilzar os pneus de inverno sem desgastá-los demais, ao mesmo tempo que se evita ficar na fila de espera, arriscando ser obrigado a andar com pneus 4 estações durante um dia com neve e temperatura baixa. Note que pneus 4 estações ficam realmente rígidos durante os dias frios, de modo que perdem sua eficiência.

      – trocar o óleo/filtro do motor;

      – completar o líquido dos limpa-vidros com líquido adequado para baixa temperatura (-40oC ou menos);

      – colocar limpadores de pára-brisa adequados para o inverno, bem como tapetes de borracha adequados (Wall Mart geralmente tem os preços mais baixos que Canadian Tire);

      – preparar escova/raspador, pois devem estar limpos em em boas condições para cumprir sua função adequadamente;

      – colocar a pá no porta-malas;

      – prearar o kit de emergência invernal (triângulo, aquecedores químicos, roupas pesadas, ferramentas, lanterna, barra de cereal, etc);

      – uma dica para reduzir a sugidade dentro do carro é colocar jornal para absorver a neve que derrete quando o carro esquenta;

      – ajustar o líquido de arrefecimento do motor (aquele que vai no radiador) para baixa temperatura; O ideal é uma mistura de 65% de “antigel” (polietilenoglicol) e  35% de água destilada

      Esta dica é bastante válida porque a maioria dos líquidos pré-misturados vêm na mistura 50/50, o que protege até -25oC. O problema acontece naquele dia (ou período) em que a temperatura chega abaixo disso (-35oC ou menos, com o fator eólico). Nessas condições, esse líquido congela. E a água quando congela, expande. O radiador pode não suportar essa expansão e romper suas juntas. Isso pode acontecer uma vez durante o inverno, mas é suficiente para lhe dar dor de cabeça durante um bom tempo, e ainda uma amargura no bolso ($).

      – NOTA: ENCONTREI ESSE PRODUTO JÁ MISTURADO PRONTO PARA USAR ATÉ -35Oc (MARCA GENÉRICA) NO SUPERMERCADO MAXI (STE-FOY), MAIS BARATO QUE OS DEMAIS À VENDA NA CANADIAN TIRE (INCLUSIVE NÃO ENCONTREI PRÉ-MISTURADO PARA -35oC NESSA REDE).

      – LAVAR, RETOCAR A PINTURA (PONTOS DESCASCADOS) E ENCERAR O VEÍCULO COM UMA CERA DE QUALIDADE ANTES DO INVERNO;

      NOTAS ADICONAIS

      Grande parte dos veículos usados em Québec já vêm com aquecedor de motor, que deve ser usado quando a temperatura está abaixo dos -25oC. Deve ser conectado à tomada 1 hora antes de sair com o carro.

      Outro item de conforto muito útil é um dispositivo de partida remoto. Nada mais é do que um controle remoto que liga o carro. Com isso você liga o carro de dentro de casa e deixa aquecendo o interior do mesmo antes de sair.

      Dependendo da temperatura exterior e do carro, é preciso mais ou menos tempo de espera. No meu caso, por exemplo, a -5oC era necessário 10 minutos, enquanto a -35oC foi necessário 30 min. Se você sair com o carro em primeira ou segunda marcha, e forçar o motor (rotação mais alta), aquece mais rápido.


      7. CUIDADOS ESPECIAIS DE CONDUÇÃO – ANTES, DURANTE E DEPOIS DO INVERNO

      EM CASO DE NEVE:

      – antes de sair com o carro, limpe todas as janelas e remova a neve, pois se não o fizer, quando o veículo estiver em movimento, a neve será jogada para cima dos demais veículos e pedestres;

      – quando há neve na pista e/ou a visibilidade está reduzida (neblina, neve) aumentar a distância até o carro da frente; lembre-se ainda que a pista fica mais escrregadia, sendo necessária uma distância maior de frenagem;

      – salvo veículos mais modernos, geralmente o veículo não responde bem quando se freia/acelara e gira o volante ao mesmo tempo – a tendência é perder o controle nessas situações;

      – mantenha uma velocidade constante e adequada para as condições atuais;

      – conduza o veículo com atenção, cautela e suavidade;

      – caso note que os pneus tendem a patinar, engate uma marcha maior e acelere com mais suavidade;

      ESPECIALMENTE QUANDO HÁ GELO NA PISTA

      – ESSA É A PIOR SITUAÇÃO POSSÍVEL, POIS MESMO OS PNEUS DE INVERNO NÃO SÃO 100% EFICAZES, ESPECIALMENTE EM VELOCIDADES MAIS ALTAS.

      VELOCIDADE ALTA NESSE CASO PODE SER 30 – 40KM/H

      – ESSAS CONDIÇÕES ACONTECEM QUANDO A TEMPERATURA FICA UM PERÍODO ACIMA DO PONTO DE CONGELAMENTO DA ÁGUA E APÓS OCORRE UMA DIMINUIÇÃO DA TEMPERATURA – ISSO É MAIS COMUM NAS TRANSIÇÕES DAS ESTAÇÕES, NA CHEGADA DO INVERNO (NOVEMBRO-DEZEMBRO) E AO FINAL DO INVERNO (ABRIL/MAIO), E NAS VIAS DE POUCA CIRCULAÇÃO (MENOR MANUTENÇÃO).

      – PODEM OCORRER AINDA QUANDO HÁ SAL MISTURADO À NEVE (BAIXA A TEMPERATURA DE CONGELAMENTO DA ÁGUA PARA PRÓXIMO DE -15oC), QUANDO HÁ UM PERÍODO DE TEMPERATURA ACIMA DE -15oC’, SEGUIDO DE TEMPERATURAS INFERIORES A -15oC – ESSA SITUAÇÃO É MENOS FREQÜENTE.

      Para procedimentos de cuidado automotivo, sugiro o seguinte site (em português de Portugal, com diversos manuais):

      http://www.detalhe.net

      Isso seria o básico…  :roll:     acho     :wink:

      Abraço,
      Fabrício

Visualizando 0 resposta da discussão
  • Você deve fazer login para responder a este tópico.