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- Este tópico contém 18 respostas, 8 vozes e foi atualizado pela última vez 12 anos, 4 meses atrás por gabi-infirmiere.
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23 de março de 2012 às 00:54 #8011gabi-infirmiereParticipante
serve muito como um exercicio de compreensao da sociedade quebeca.
O movimento estudantil manifestou-se nacionalmente hoje, 22 de março, contra o aumento das taxas de escolaridade.
Os numeros falam de 200mil manifestantes e segundo os dados da policia, tivemos uma manifestaçao pacifica.
A reflexao atual é = *a manifestaçao trara frutos ?*Os partidos e grupos de *esquerda* defendem a ideia de ensino gratuito.
O governo defende a ideia de que sem o aumento das taxas, o sistema educacional estara comprometido.
A populaçao esta dividida, quase 50% apoiam o governo.
Os estudantes nao querem começar a vida profissional com enormes e interminaveis dividas, nem pagar o aumento de salario dos cadres.O QC possui as taxas escolares mais baixas de todo o pais.
Num questionamento proposto pela cyberpresse, achei muito pertinente a opiniao de um pai, mostrando-se favoravel à luta estudantil.
J’irai marcher avec nos filles et nos fils
Je suis las d’entendre le même discours de la ministre Beauchamp. Je veux qu’elle sache que comme travailleur, j’irai marcher à leurs côtés.
Parce que la gratuité scolaire a été le grand enjeu du XXe siècle partout sur la planète et que la gratuité collégiale et universitaire, en ce début du XXIe siècle, devrait être l’un des enjeux de nos sociétés modernes, comme déjà une vingtaine d’autres pays dans le monde…
Parce que l’endettement des Québécois semble désormais indissociable de notre modèle de développement économique, mais que je refuse que nos filles et nos fils y soient poussés si jeunes…
Parce que je crois encore en une société plus juste, en une société plus en santé, en une société où la richesse peut être mieux partagée et que c’est surtout grâce à l’éducation de toutes nos filles et nos fils que nous le garantirons…
Parce que les nouvelles familles immigrantes, qui luttent au quotidien pour leur intégration économique au Québec, ne doivent pas se saigner à blanc pour envoyer leurs enfants aux études…
Parce que je ne veux plus que l’on compare notre système d’éducation à celui du reste du Canada et des États-Unis où la marchandisation de l’éducation lui fait peu à peu perdre ses valeurs fondamentales…
Parce que fils d’ouvrier, je sais à quel point la chance que j’ai eu de faire des études universitaires m’a permis d’améliorer la vie de ma famille…
Parce qu’aujourd’hui je suis fier de payer mes impôts au Québec et que j’accepterais qu’ils servent à payer l’éducation de tous…
Parce que j’aurais accepté volontiers, au début de mes études il y a 30 ans, de m’engager à travailler 10 ou 12 ans au Québec, à rembourser toute l’aide reçue et à payer mes impôts comme je le fais…
J’irai donc marcher aux côtés de nos filles et de nos fils, pour eux et pour vous.
Je marcherai aussi aux côtés de tous ceux qui, comme moi, ont fait ce choix, celui de marcher pour celles et ceux d’aujourd’hui et de demain, ces 5, 10 ou 20% des Québécois, qui, si la hausse survenait, seraient acculéa un jour à ne plus pouvoir offrir à leurs enfants cette chance formidable d’étudier.
Pierre Roy, Lorraine
E como uma imagem vale mais do que 1000 palavras, seguem algumas …. foi bonito de se ver.
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23 de março de 2012 às 17:35 #51745_TAZ_Participante
Vi na TV hoje que o fato dos estudantes terem fechado a ponte Champlain virou contra eles e comecam a perder apoio da populacão.
Existem alguns fatos a serem considerados nessa história. Comparativamente ao resto do país, o Québec possui as menores taxas e as dívidas dos estudantes no fim do curso são mais baixas. No entanto, a taxa de diplomaćão no Québec é menor do que nas outras províncias. Ou seja, entra “muita gente” na universidade e poucas saem. Isso é dinheiro do contribuinte sendo jogado no ralo. -
23 de março de 2012 às 17:58 #51750BaratinhaParticipante
Ouvi dizer que existem muitos estudantes que “trocam de curso como trocam de camisa” e acabam nao se formando em nenhum curso e muitos destes estudantes estudam com pret et bourse . Pelo que sei o pret vc reembolsa depois de formado mas a bourse nao precisa reembolsar…
Faz um tempo atras , numa conversa/filosofia de bar com um amigo fizemos uma conta rapida de padaria e chegamos a conclusao que (dependendo do curso) sai mais barato estudar em Quebec do que em Universidades particulares do Brasil . Repito que dependendo do curso e se vc for residente permanente pois as taxas pagas pelos estudantes internacionais sao assustadoras :cry: -
23 de março de 2012 às 19:33 #51761gabi-infirmiereParticipante
Baratinha, realmente o fechamento da ponte foi um ato recriminado e no % de arrestations o que vimos foram muitos *nao estudantes* fazendo arruaça = o que descredita qualquer manifestaçao, seguindo a pratica **meu direito termina onde começa o do outro**.
Mas a grande manifestaçao do 21 foi pacifica e sem nenhuma (nenhuma) arrestation.
Sobre os *estudantes profissionais* = a % é bem pequena e no fim a AFE ira cobrar os prêts acumulados. Lembrando que a % de bourse pode diminuir radicalmente (especialmente no premier cycle)
Sobre a menor taxa do Canada = a luta é justamente para que continue assim. O QC é a provincia que tem a maior % de médicos, dentistas e advogados oriundos de familia de classe média-média baixa e isso é um reflexo dos baixos custos educacionais.
Realmente a % de diplomaçao no QC é inferior au do ROC, e isso tb é um ponto a ser discutido. Nao devemos esquecer que no QC ha o DEC via CEGEP, muitos encontram seus caminhos profissionais sem a universidade.
Se hoje os estudantes, mesmo pagando menos abandonam os estudos, o que acontecera quando aumentarem as taxas ?
quais as alternativas para manter os estudantes ? -
23 de março de 2012 às 23:37 #51775Carlos_SantosParticipante
Para aqueles que desejarem saber mais sobre os motivos da greve e ter um pouco mais de informacao sobre o assunto:
quanto ao endividamento dos estudantes, eu estou vendo isso com meu filho que deseja ir para a universidade este ano e ele se informou sobre o programa de pret et bourses.
Como a renda familiar entra na conta, ele so consegue o PRET e nao a bolsa.
Segundo os calculos que ele obteve na universidade, o sistema de pret et bourse cobre 75% dos gastos do aluno. Os outros 25% deve sair do bolso e é claro que devera trabalhar no verao para se manter, mesmo tendo este sistema.
Segundo ainda mesmas informacoes que o meu filho obteve, ele acumularia perto de uns 4 mil dolares por ano escolar de divida.
Isso vezes tres anos de curso = 12 mil…..
Mas tem muitos que conseguem sair e se empregar e pagar sem stress. Depende do curso, etc…
Fica aqui estes dados ;-)
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8 de agosto de 2012 às 17:33 #56050gabi-infirmiereParticipante
*a luta continua*, como ja diria o antigo companheiro ….
Varios CEGEPs concordaram com o retorno em classe para o proximo 13 de agosto, mas em alguns as assembléias gerais serao na mesma data!
No lado universitario, especialmente em cursos do ramo de humanas e sociais, a decisao é de greve por tempo indeterminado.enquanto isso, a disputa eleitoral esta esquentando, e varios candidatos ja manifestaram a impossibilidade do estudo à custo zero, como querem os estudantes.
Estudo gratuito do primario à universidade é uma reinvidicaçao muito poética, mas quem pagara a conta? Nao vejo os quebecas com tanto altruisme para assumir mais esta despesa (pois irremediavelmente sera atraves dos impostos que pagaremos o ensino 100% gratuito para todos).
No comecinho da corda (la no lado dos pequenininhos) as discussoes geram sobre os valores das garderies à 7$, com propostas de analises diferenciadas conforme a renda dos pais
como sempre, gosto de ler o que o cidadao comum escreve .. (sabendo que nao é representativo da maioria, mas apenas um indicador)
… Il est cependant malheureux que ces associations dont les membres ne votent qu’à 20, 30 ou 40% imposent leur vision à la majorité silencieuse qui risque à moyen terme de se retrouver devant un échec de session et qui sait un échec de son avenir professionnel ….
… Certains ne semblent pas réaliser que cette bataille a coûté des dizaines de millions à date et que cet argent ne sera pas disponible pour améliorer les services aux ainés, aux soins à domicile, à l’éducation, à la santé, aux infrastructures et tous les besoins auxquels les gouvernements devront répondre à l’avenir ….
à suivre …. -
8 de agosto de 2012 às 19:30 #56055SANDROMSParticipante
@gabi-infirmière wrote:
No lado universitario, especialmente em cursos do ramo de humanas e sociais, a decisao é de greve por tempo indeterminado.
Os cursos de gestão na UQAM nunca pararam… a maior parte dos cursos da McGill e da Concodia também não pararam.
Sandroms -
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8 de agosto de 2012 às 20:09 #56056RonaldoMacielParticipante
Esta greve já deu o que tinha de dar e o governo já estava mais que na hora de lançar eleições. Tomara que ao (re)tomar o poder, o grupo governista ponha um ponto final nisto.
Está (muito) mais que provado que acesso à universidade não é determinado (somente) pelos custos dos estudos mais sobretudo pela educação dos pais – que aí sim, priorizam o seguimento dos estudos superiores. Veja esta reportagem do Globe and Mail: http://www.theglobeandmail.com/commentary/tuition-isnt-the-problem/article4104306/
Universidade não é obrigatória justamente porque se pode ir para o mercado de trabalho e ganhar até bons salários com níveis DEC e DEP. Eu sou dos que acham que estudantes reclamam de barriga cheia. Eles não sabem onde vivem e precisam abrir suas mentes se não querem que o Québec (e o Canadá) vire uma nova Europa imersa em dívidas públicas astronômicas (e aí sim, este país conhecerá o que é a crise).
Eles agem autoritariamente (como belos exemplos de tendências esquerdistas) e proíbem outros estudantes de assistirem às aulas, intimidando-os. Minha esposa é vítima disso. As assembléias que decidem sobre continuação ou não de greve são extremamente mal geridas e levam de 4 a 6 horas para se chegar a uma votação. Quem tem disponibilidade de tempo para ficar lá aguentando aquelas verborragias esquerdistas? Somente desocupados…
Fora toda depredação de patrimônio público, prejuízo (econômico) da imagem da cidade e gastos com segurança que aumentaram muito ultimamente.
Espero que agora com novas eleições e consciência da população saiamos deste infeliz impasse.
É isso.
RonaldoP.S. Isso nem pode se chamar de greve pois estudantes não são trabalhadores, o que eles fazem é um boicote às aulas.
Residente Permanente desde Set/2009, cidadão desde Jul/2014 e mora na fascinante Montreal.
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8 de agosto de 2012 às 20:41 #56057gabi-infirmiereParticipante
realmente Sandro, me expressei mal. Quando disse *cursos de humanas e sociais* estava me referindo especificamente à UdeM e a UQAM (sociologia,serviço social, antropologia, letras …)
e as universidades anglofonas possuem menor tradiçao *barraqueira*
minha opiniao pessoal sobre a *greve* =
toda discussao é valida desde que seja saudavel. Quando começaram a fazer terror (pois colocar bomba de fumaça e fechar ponte é terrorismo) eles perderam E MUITO em credibilidade.os valores atuais do ensino quebeca sao inferiores à todo o ROC e as propostas de aumento (em 5 anos, em 7 anos, etc) refletem apenas um repasse econômico, que todo brasileiro conhece (vide as discussoes das garderies à 7$ cujos valores nao mudam ha anos)
os grandes atores do movimento estudantil mostraram o que queriam, Léo Bureau-Blouin é candidato e nao me espanta em nada se Nadeau-Dubois nao se implicar igualmente
a verborragia esquerdista é realmente intragavel, mas a maioria invisivel deve mostrar sua intençao. Infelizmente o movimento dos *verdes* foi sufocado pelo movimento dos *vermelhos*, mostrando imaturidade e falta de respeito à divergência de opinioes
O que é viavel, mas que acho que dificilmente sera colocado em pratica ….
* um aumento progressivo das anuidades, chegando ao valor corrigido pela inflaçao* elaboraçao de programas de pagamento de dividas proporcionais ao revenu anual (pos CEGEP ou pos universidade) com prazo maior de *juros zero* (hoje é de 6 meses)
* uma abrangência maior aos programas de P&B, pois ja vimos que os critérios nem sempre sao justos
* valorizaçao dos programas DEC-BAC através de programas de bolsa
* retorno das aulas e respeito aos que querem estudar. quem quiser continuar na greve, que assuma as consequências = nao sendo aprovado no referido semestre
mesmo com o aumento, o Qc continuara com as menores taxas ….
eu sonho com o ensino 100% publico, mas nao é o momento e nao é de um dia para o outro que isso sera obtido. Ja pago 47% de imposto e nem reclamo tanto, pois vejo retorno social
entao, à suivre …..
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8 de agosto de 2012 às 21:09 #56058RonaldoMacielParticipante
E claro, o fundamental: o fim do gel des frais de scolarité. Isso ainda vai matar as contas públicas do Québec.
Residente Permanente desde Set/2009, cidadão desde Jul/2014 e mora na fascinante Montreal.
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9 de agosto de 2012 às 16:27 #56078mrodolfoParticipante
Concluí que várias associações estudantis, em especial a CLASSE, é bem espanhola no sentido de alinhamento com quem está no poder: “Se hay gobierno, soy contra!”
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9 de agosto de 2012 às 17:48 #56081gabi-infirmiereParticipante
pois é.
eu acho maravilhosa a ideia de gratuidade escolar, mas nao é o momento, nao temos condiçoes econômica nem planejamento estrategico para assumir esta enorme despesa.
do jeito que esta, com um aumento razoavel que cubra os déficts, ainda saimos no lucro.eu estudarei a temps complet na Laval e por sessao nao pagarei mais do que 1000 dolares. Em qual faculdade brasileira pagaria apenas isso? Falta aos quebecas um pouco de *visao mundial*, saber o que se passa no exterior e conhecer a realidade econômica da provincia e do pais …
enfim, eles sao jovens …. (me sentindo *A* velha falando rs)
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9 de agosto de 2012 às 18:46 #56085RonaldoMacielParticipante
Um dos piores momentos desta greve universitária foi ver uma brasileira doutoranda de Sociolgia escrevendo no Quartier Libre (jornal estudantil da UdeM) que a estrutura gratuita universitária brasileira deveria servir de modelo para a estrutura québécoise. O reitor bem respondeu dizendo a ela que se o modelo brasileiro fosse bom, ela não estaria fazendo o doutorado dela na UQAM. toma! :lol:
Vejam com seus próprios olhos: http://quartierlibre.ca/lettre-lettre-ouverte-a-lex-recteur-de-ludem-robert-lacroix/
A+
RonaldoResidente Permanente desde Set/2009, cidadão desde Jul/2014 e mora na fascinante Montreal.
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9 de agosto de 2012 às 18:57 #56086SANDROMSParticipante
Vou repetir o que eu ouvi e me pareceu fazer sentido:
No Quebec muitas pessoas se matriculam em cursos universitários em baixa demanda no mercado de trabalho e cursos ligados a artes (artes cênicas, musica, etc…) o resultado é que essas pessoas passam décadas tentando pagar o crédito escolar (30 a 40mil) por que tem renda baixa.
Um dado interessante ligado a isso é que o número de formandos em matemática, informática e afins tem caído no Quebec a cada ano, num metiê onde a mão de obra já é escassa, vide as missões de recrutamento.
O link abaixo é uma estatística do Canadá (desculpe, não achei do quebec). O gráfico 7 mostra a queda no número de formandos nessas áreas na última década.
http://www.statcan.gc.ca/pub/81-004-x/2009005/article/11050-fra.htm#dProfissionais de cursos em demanda e que pagam bem, não se importam em se formar com uma divida desse montante pois com salários acima de 50mil por ano, a dívida é paga em 2 ou 3 anos. Mas as mesmas profissões que pagam bem, são as que existem mais ralação na universidade e no trabalho depois.
Sandroms -
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9 de agosto de 2012 às 22:43 #56092gabi-infirmiereParticipante
eu estudei numa universidade publica, e se esta estudante vier do mesmo local que eu, ela deve ter sofrido uma bela lavagem cerebral de um DCE bastante *revolucionario* (os revolucionarios de classe média, com carro, Ipod e roupas de marca …)
off =
um episodio interessante sobre o modo quebeca de ver as coisas = quando fiz meu AEC (obrigatorio pela OIIQ para poder validar meu diploma como enfermeira) eu recebia mensalmente 700$ de P&B, sendo a parcela de prêt bem pequena, menos de 2mil$.
Pois bem, comecei a trabalhar e quis pagar rapidamente, em 2 parcelas.
O agente da AFE entrou em contato comigo, questionando o fato de eu pagar tao rapido meu débito! Fizeram uma auditoria na minha declaraçao de IR para comprovar que eu nao tinha $ antes do curso, mas trabalhando conseguia ter $ suficiente para pagar o débito ….
quis pagar antes dos 6 meses de carência, me dei mal rs ……so aqui mesmo!
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11 de agosto de 2012 às 13:58 #56110gabi-infirmiereParticipante
a carta de demissao de Nadeau-Dubois.
Um pouco longa, um pouco poética, um tanto rancorosa mas verdadeira em alguns aspectos, especialmente na denuncia das atrocidades do atual governo.
reflete uma energia juvenil e a inocência dos que acreditam que podem mudar o mundo num piscar de olhos.O que começou como manifestaçao contra o aumento das taxas escolares rapidamente se transformou num movimento de grande amplitude. Acompanhamos o *tour da CLASSE* pelo QC e vimos como GND tornou-se um grande pop star, quase maior que o movimento.
Ele ira seguir na politica, certamente. Aguardem e confiram, como diria Didi Moco
Pourquoi je démissionne
Gabriel Nadeau-Dubois ,Co-porte-parole de la CLASSE, 9 août 2012À tous ceux et celles qui se sont mobilisé-e-s ce printemps,
Aux membres de la CLASSE,Cette lettre a pour but de vous informer que je quitte mes fonctions de co-porte-parole de la CLASSE. Après près de six mois de lutte à vos côtés, j’ai la conviction que la CLASSE a besoin de nouveaux visages. Après avoir participé à la tournée nationale de la Coalition aux quatre coins du Québec, je sais que notre lutte entre dans une nouvelle étape. Une étape qui nécessite un renouvellement : il est temps pour moi de tirer ma révérence. J’ai fait ma part comme porte-parole, il est maintenant temps que d’autres prennent la relève.
Je pars la tête haute, avec la conviction d’avoir fait mon devoir et d’avoir participé à un mouvement populaire historique. Je suis un étudiant, je suis un militant et c’est à ce titre que je continuerai dorénavant à faire avancer mes idéaux. La CLASSE, avec ou sans moi,continuera à accomplir de grandes choses : je ne suis pas et n’ai jamais été un chef. Par mon départ, je le démontrerai hors de tout doute.
Je pars, mais le mouvement se poursuivra. Ce que je quitte, ce n’est pas la mobilisation,ni la lutte, ni la CLASSE : je quitte mon rôle de porte-parole. Je serai encore à vos côtés,dans la rue et dans les assemblées. Je pars avec le sentiment du devoir accompli, avec le sentiment d’avoir participé à la hauteur de mes capacités à construire cette magnifique mobilisation. La CLASSE a besoin de sang neuf et je sais qu’il y a parmi mes collègues des gens formidables, prêts et prêtes à reprendre le flambeau.
Cette décision n’est ni motivée par l’amertume, ni par le désespoir. Au contraire, je suis plus convaincu que jamais de la nécessité de poursuivre la mobilisation entreprise dans les six derniers mois. Le climat d’ébullition politique et sociale que nous avons contribué à mettre en place au Québec doit impérativement se poursuivre dans les prochains mois et les prochaines années. Les critiques soulevées par la jeunesse québécoise ce printemps sont beaucoup trop profondes pour être réglées par une campagne électorale de 35jours.
Un seul regret
Nous avons posé de graves questions, et les élections ne pourront y répondre entièrement,même advenant la mise au rancart du gouvernement libéral. Nous n’avons pas seulement contesté une hausse des droits de scolarité. Nous avons remis en question des institutions sclérosées et corrompues qui avaient grand besoin de l’être et nous avons contesté le tout-à-l’économie des libéraux.
Je pars avec un seul regret. Je regrette de quitter mes fonctions alors que le Québec esttoujours dirigé par Jean Charest, un premier ministre méprisant et violent envers le Québec et sa jeunesse. Gaz de schiste, corruption, Anticosti, Mont-Orford, hausse des droits de scolarité, taxe santé : la liste des tromperies, des mensonges, des scandales et des attaques à la population de ce gouvernement est trop longue.
Et lorsque la jeunesse s’est élevée contre ces absurdités, M.Charest n’a trouvé comme réponse que la dureté des matraques et l’acidité des lacrymogènes. À l’imagination de ma génération, il n’aura répondu que par la répression et le mépris. Devant une mobilisation généreuse et fondée sur des principes, il n’aura répondu que par des attaques personnelleset dégradantes.
Depuis le début de notre grève, il n’a reculé devant aucun moyen pour nous briser, autant comme mouvement que comme personnes. La loi spéciale et la brutalité policière se sont doublées d’atteinte à la réputation, de filatures, de déni du droit d’expression,d’interrogatoires injustifiés par la police, d’attaques nominales à l’Assemblée nationale,de sous-entendus constants que notre organisation était à la frontière du terrorisme : tous les coups ont semblé permis, qu’importent les effets sur la jeunesse. Pour un premier ministre qui souhaite tellement que le mouvement étudiant dénonce la violence et l’intimidation, je trouve que Jean Charest a fait preuve à l’endroit des étudiants et à mon endroit d’une charge de violence inouïe. J’ai maintenant besoin de prendre un répit loin de toutes ces attaques.
Ce manque de respect envers la jeunesse et ses porte-parole n’a d’égal que le mépris généralisé du bien commun qui règne au Parti libéral du Québec. Ce gouvernement n’a pas le droit de donner de leçon de démocratie : il est l’incarnation même de la corruption et du détournement des institutions publiques.
Ce premier ministre, au fond, n’est que le symbole d’une société bloquée qui n’a comme aspiration que de s’abaisser au même niveau de bêtise que ses voisins. Les universités américaines et ontariennes ne sont pas des exemples, pas plus que leur système de santé.Nous ne voulons pas suivre le chemin qu’elles indiquent et qui mène à la marchandisation de nos vies.
Heureusement, aujourd’hui, en écrivant ces lignes, je suis sincèrement convaincu que cela ne se produira pas. Cela ne se produira pas, car nous, membres de la jeunesse québécoise, savons maintenant ce que nous devons exiger de nous-mêmes. Cela ne se produira pas, parce que nous sommes des centaines de milliers, enfants de cette grève, à nous battre contre leur projet mortifère. Et nous ne nous refroidirons pas.L’arrogance du pouvoir n’aura eu comme effet que de renforcer notre confiance en nous-mêmes. Les solidarités tissées au travers des nuages de gaz ne se délieront pas de sitôt.Les mains tendues ne se lâcheront pas. Et nous marcherons encore, pendant des années s’il le faut et bien au-delà de cette grève, afin qu’un jour le peuple du Québec reprenne aux affairistes et à l’argent les rênes de ce pays.
Ensemble, bloquons la hausse.
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11 de agosto de 2012 às 20:21 #56114JhonParticipante
bom, eu sou completamente favorável ao direito de manifestação popular contrária ou favorável ao governo.
Isso posto, não preciso nem dizer que não recrimino a greve estudante, mesmo que muitas vezes não concorde com todas as suas reivindicações.Quando o governo liberal criou a lei 78, ele terminou por acender o último estopim para o início das eleições provinciais, perdendo muito do apoio que possuia.
Muitos dos Baby-boomers que participaram da revolução tranquila encaram o atual governo tão maléfico quanto o governo corrupto e autocrata da década de 60, hava vista a festa nacional do Québec onde muitos compararam as duas manifestações.Não me sinto ainda pertencente à sociedade Québeca ao ponto de dar uma opinião 100% confiante, porém gosto de acompanhar os acontecimentos, além de defender o direito popular como disse anteriormente.
Mas sua pergunta foi se isso trará frutos. Bem, vendo que as eleições finalmente começaram (embora rápidas e sem muitos candidatos), vendo a quantidade de “não-estudantes” que se mobilizaram à favor ou contra, vendo que essa juventude antes politicamente apática colocou uma voz nos seus desejos políticos, acho que temos alguns frutos. Talvez agora ainda não seja o momento do Québec ter educação universitária gratuita, mas só de ter criado a sensação de que não precisamos ficar assistindo impotente as inúmeras notícias de corrupção e podem ir para as ruas reclamar e por causa disso, acho que as coisas vão mudando aos poucos.
Quanto à maioria silenciosa, que continua silenciosa… (in)felizmente estamos em uma demoracia, e são os que falam(votam) que definem os rumos, os que ficam em silêncio não podem fazer muita coisa que não seja acatar…mesmo que sejam maioria…
Agora, o que fazer e qual será o impacto das decisões pós-eleição? Não faço a mínima idéia. Só acho que, embora o Québec tenha a menor mensalidade universitária do Canadá, é o que paga mais taxas e, segundo os jornais, a província mais pobre. Então se eu sou mais pobre e pago mais taxa (onde já está contida taxas para a educação), porque usar como desculpa para o aumento o fato de pagar uma mensalidade menor que as províncias mais ricas?
Acredito que com a inflação, crise e etc, é meio impossível manter a mesma taxa tanto tempo. Mas o governo e as universidades estavam tão acostumados a mudar as taxas sem ter ninguém para questionar, limitar ou fiscalizar que eu acho bom esse “susto” dizendo : “A população não é inerte e não está aceitando tudo o que vocês fazem”.
Acho que ficou grande demais… Bem, é isso xD
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11 de agosto de 2012 às 22:12 #56118gabi-infirmiereParticipante
foi super pertinente. :-)
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17 de agosto de 2012 às 15:59 #56283gabi-infirmiereParticipante
acabou ?
o CVM, mantenho sua tradiçao constestadora, revolucionaria, anarquista, bla-bla-bla, decide manter a greve.
dia 22 de agosto havera a *grande* manifestaçao (sera a terceira *grande* manifestaçao nesses 6 meses de greve)
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e infelizmente, de novo esbarramos no abuso , no vandalismo e na depredaçao de patrimônio … NOT COOL!… En marge du vote qui se déroulait lundi soir au Cégep du Vieux-Montréal, quelques centaines de personnes se sont rassemblées à la place Émilie-Gamelin vers 20 h 30, point de départ des manifestations nocturnes contre la hausse des droits de scolarité. La manifestation a été déclarée illégale d’entrée de jeu par le Service de police de la Ville de Montréal (SPVM), mais elle était tolérée si aucun acte répréhensible n’était commis.
Des projectiles, dont des roches et des pièces pyrotechniques, ont toutefois été lancés et des vitrines d’institutions financières ont été fracassées. Des boîtes aux lettres ont aussi été renversées et des affiches électorales ont été vandalisées. Le SPVM a émis un avis de dispersion vers 23 h et plusieurs personnes ont quitté les lieux. La manifestation s’est terminée dans le calme peu avant minuit et une seule personne a été arrêtée. ….
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