Home › Fórum › Vivendo no Canadá › Estudos › Universidades › Estudar na McGill: quão difícil é?
- Este tópico contém 17 respostas, 7 vozes e foi atualizado pela última vez 10 anos, 7 meses atrás por Doug Ramsey.
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12 de abril de 2013 às 15:52 #8631Doug RamseyParticipante
Olá,
Alguém aqui que imigrou fez um curso de graduação na McGill como RP? Quão difícil é ser aceito lá, já que é uma universidade das mais mais? E quão difícil é para alguém que é imigrante, com mais de 30 anos, já com curso superior, fazer uma nova graduação, seja em área correlata ou não? Eu li no site da universidade sobre Mature Students, mas isso vale mesmo para alguém que fez curso superior fora?
Se alguém puder me dar um norte, ficaria extremamente agradecido! E caso queiram mandar MP pra responder, fiquem à vontade!
Abs!
Minha jornada para o norte: http://jornadaparaonorte.blogspot.com.br
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12 de abril de 2013 às 16:48 #61635RonaldoMacielParticipante
Tivemos esta experiência e divido aqui com vcs.
Atualmente minha esposa faz o curso de inglês da McGill. É um curso intensivo de inglês, bastante pesado e exigente. São 6h por dia, diariamente e cada módulo dura 6 semanas. É um curso aparentemente caro ($1,600 cada módulo) mas se for calculado o valor por hora, custa menos que muitos cursos por aí. Ela gostou muito e seu nível de inglês melhorou substancialmente com o curso. Então era apenas um curso de inglês e não uma graduação. a graduação mesmo ela faz na Université de Montreal, em francês.
Ela faz biologia, que não é um curso tão contingenté (disputado), porém é bastante pesado. A carga de estudo é absurda e impossível trabalhar e estudar ao mesmo tempo. Um dos dois certamente será prejudicado. Não foi difícil para ser aceita mas difícil mesmo é conseguir terminar o curso. É aqui que reside a seleção deles. Tenho outros dois amigos que também estudam na UdeM (Psicologia e Química) e eles também relatam a mesma coisa: muito estudo, muita dedicação e pouco tempo livre. Portanto acredito que a McGill, a Concordia e UQAM (e demais espalhadas pelo Québec) não devam ser diferentes – vc precisa se dedicar mesmo e continuamente. Este negócio de só estudar pra prova não rola.
Se é difícil entrar na McGill, certamente será mais que as outras por dois motivos:
– Ela é mundialmente conhecida e cobiçada por ter excelente campo de pesquisa e peso no currículo;
– Ela é em inglês;Sobre o primeiro ponto não há muito o que dizer pois isso é um fato e difundido em todo lugar. A McGill está entre as duas melhores universidades do Canadá, atrás apenas da Universidade de Toronto.
Sobre o segundo ponto, o que acontece é que pelo fato de ser em inglês, a sua concorrência aumenta com pessoas do resto do Canadá, dos EUA (sim pois estudar no Québec é muuuuuuuito barato comparado com os vizinhos do sul) e, claro, todo o resto do mundo principalmente chineses, indianos. Só estes dois já são metade do mundo. ;-)
Porém, claro isso depende do curso. As áreas de saúde e de ciências da McGill são disputadíssimas em razão do nome e da pesquisa. As demais áreas isso deve diminuir um pouco. Entrar nas francófonas é um pouco mais fácil por precisar falar francês, o que limita para muitas pessoas já.
Vale lembrar que aqui a seleção é feita com base no seu currículo, então ter boas notas durante o segundo grau (e na sua primeira faculdade, se já fez uma) é fundamental. Não há vestibular ou exame de seleção.
Mas é isso, não é difícil entrar nas universidades (dependendo da área) e exige muita dedicação e esforço.
E, claro, vc tem de considerar seu estilo, momento de vida e família (filhos ou não). Depois de fazer uma faculdade, recomeçar outra aos 30 e poucos é mais complicado e o esforço é redobrado.
Abraço.
RonaldoResidente Permanente desde Set/2009, cidadão desde Jul/2014 e mora na fascinante Montreal.
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12 de abril de 2013 às 22:53 #61645gabi-infirmiereParticipante
dica = para estudante estrangeiro, verifique seu GPA.
Minha aplicaçao pro mestrado foi hiper enrolada, eles nao conseguiam entender o esquema da USP de notas de 0 a 10 com média 5 (e era a maior dureza tirar 5!)
Fizeram uns calculos malucos e me deram um GPA inferior ao real. Dai eu reclamei e eles reavaliaram.Para minha seleçao no mestrado (programa de IPS-PL) eu precisei =
3 cartas de indicaçoes (de locais diferentes)
o TOEFL
o historico acadêmico e as realizaçoes acadêmicas (vish, publiquei pouquissimo e so fui congressista em 2 eventos!)dai enrolaram tanto, mas tanto que eu me enchi e vim pra Laval (e apenas um detalhe, vim feliz da vida, a Laval é a universidade que mais aprova no exame da OIIQ para IPS! na sessao de outouno, de 20 cadidatos, 12 foram aprovados e 11 eram da Laval. Nada mal! = a % de aprovaçao no exame de IPS é baixissima :-( …. enfim, a McGill enrolou demais! E depois fiquei sabendo que eles fazem esse cha de cadeira mesmo, que *guardam* quase 75% das vagas para ex-McGill)
para graduaçao normal, tenho uma amiga que esta fazendo um curso complementar la, na area de educaçao.
areas tradicionais (leia-se medicina, direito, odonto, engenharia …) sao super complicadas. E ha muuuuuitos estudantes estrangeiros, a McGill adora (ovbio, pagam 10x mais caro!)
entre em contato, no escritorio de admissao eles sao bem solicitos
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12 de abril de 2013 às 23:37 #61646Carlos_SantosParticipante
tenho um contato com uma colega que foi aceita para estudos e mesmo nao sendo RP.
Se quiser o contato é so falar… acho que ela comeca agora na proxima sessao!
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13 de abril de 2013 às 02:28 #61651daniel.pParticipante
Eu acabei de ser aceito no mestrado na Concordia e achei o processo demorado, um pouco complicado, mas no geral possível de fazer e ser aceito.
Eu tentei a McGill e a Concordia e achei a Concordia mais enrolada pra dizer se minha média ponderada era o suficiente ou nao. Na McGill eu conversei diretamente com o responsável da pós de Departamento que queria estudar e ele me respondeu em uma semana que o meu GPA era o suficiente. Alias, a McGill tem uma documento em que explica como é feita a consideracao da média ponderada por país, com um documento específico pro Brasil. Se eu bem me lembro de cabeça entre 7 e 10 era considerado entre 3 e 4 pra McGill, o no Departamento de Geografia eles pedem no mínimo um GPA de 3.2.
Uma coisa que eu ouvi a respeito aqui, e eu nao sei se é verdade ou nao, é estudante da McGill nao pode pedir o pret et bourse do governo, que o funding é feito pela própria McGill ou por fundaçoes privadas. A McGill já é mais cara que as outras universidades e ainda tem esse problema.
Por outro lado a McGill me pediu somente duas cartas de recomendaçao, enquanto a Concordia me pediu tres. Fora que na McGill o sistema é tudo eletronico, ou seja, os professores do Brasil podiam enviar por email as cartas, já na Concordia pediram tudo por correio, o que me gerou um estresse do cao pq eles conseguiram perder minhas cartas, mesmo o site do FEDEX dizendo que entregou diretamente na Universidade.
Moral da história: sim, vai ser complicado, vai dar dor de cabeça, mas sempre dá neh. Seja aqui, no Brasil ou em Marte =)
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15 de abril de 2013 às 01:39 #61671Doug RamseyParticipante
@RonaldoeSusana wrote:
Atualmente minha esposa faz o curso de inglês da McGill. É um curso intensivo de inglês, bastante pesado e exigente. São 6h por dia, diariamente e cada módulo dura 6 semanas. É um curso aparentemente caro ($1,600 cada módulo) mas se for calculado o valor por hora, custa menos que muitos cursos por aí. Ela gostou muito e seu nível de inglês melhorou substancialmente com o curso.
Olá, Ronaldo, muito obrigado pela resposta! Realmente, o valor por hora é muito bom levando-se em conta a carga horária. Bom saber que o curso realmente é forte assim.
@RonaldoeSusana wrote:
Então era apenas um curso de inglês e não uma graduação. a graduação mesmo ela faz na Université de Montreal, em francês.
Ela faz biologia, que não é um curso tão contingenté (disputado), porém é bastante pesado. A carga de estudo é absurda e impossível trabalhar e estudar ao mesmo tempo. Um dos dois certamente será prejudicado.
É por isso mesmo que eu estou à cata de informações mais precisas. Eu já li em vários locais que fazer faculdade e trabalhar no Canadá não rola devido ao tanto que é exigido nos cursos. E, por isso mesmo, não quero me precipitar. Eu ainda não defini realmente o que faria, até porque nem sei se realmente vai dar pra fazer isso, mas eu sou formado em Tradução e eu gostaria de fazer algo ainda na área de letras, como literatura inglesa, estudos em alemão, russo ou algo do tipo. Imagino que também não sejam lá tão concorridos. Na verdade, pelo que eu já pesquisei, esses cursos são quase uma maldição social, já que os empregos tendem a ser limitados mesmo se você seguir carreira acadêmica, e, comparados com as “maravilhas da tecnologia de hoje”, não enchem muito os olhos de ninguém porque os salários vinculados a essas áreas são, comparativamente falando, bem mais baixos. Mas enfim, é do que eu gosto, e se eu tiver a chance de fazer uma outra graduação, quero que seja significativo pra mim.
@RonaldoeSusana wrote:
Se é difícil entrar na McGill, certamente será mais que as outras por dois motivos:
– Ela é mundialmente conhecida e cobiçada por ter excelente campo de pesquisa e peso no currículo;
– Ela é em inglês;Pois é, só o primeiro fator já é motivo de muito receio. Enfim, eu não teria problema de ir para uma faculdade francófona, desde que fosse uma faculdade realmente muito boa na área. Como eu ainda estou no Brasil e comecei as pesquisas há pouco tempo, a McGill acaba se sobressaindo, mas entendo que isso mesmo já faz com que ela fique um pouco além do alcance mais comum, digamos assim.
@RonaldoeSusana wrote:
Vale lembrar que aqui a seleção é feita com base no seu currículo, então ter boas notas durante o segundo grau (e na sua primeira faculdade, se já fez uma) é fundamental. Não há vestibular ou exame de seleção.
Aqui reside uma das minhas maiores dúvidas: o que eles levam em conta? Para alguém que já tem uma faculdade, o histórico da primeira faculdade tem peso? Ou eles olham só o segundo grau? Ou nenhum dos dois, caso você já esteja formado há vários anos? No site da McGill, eles têm um programa de Mature Students, que é para quem tem mais de 23 anos e não tem estudos relevantes nos últimos 5 anos. O processo de admissão, incluindo a documentação a ser enviada, é um tanto diferente do normal. Mas não sei exatamente se meu histórico da faculdade vai ser levado em conta. Sem querer abusar da sua generosidade e privacidade, mas a sua esposa já tinha nível superior? Teve de mostrar o histórico do segundo grau e da primeira faculdade?
Mais uma vez, obrigado pelas informações!
AbraçoMinha jornada para o norte: http://jornadaparaonorte.blogspot.com.br
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15 de abril de 2013 às 01:47 #61672Doug RamseyParticipante
@gabi-infirmière wrote:
dica = para estudante estrangeiro, verifique seu GPA.
Oi, gabi, obrigado pela resposta! Pois é, um tempo atrás, quando essa ideia de quem sabe, talvez, um dia, se o alinhamento planetário colaborar, eu puder fazer uma outra facul, acabei achando um site que faz um cálculo do GPA com base no sistema de avaliação de cada país. Enfim, minhas notas do segundo grau dão vergonhosos 2.8 na escala de 1 a 4. Mas, na faculdade, a coisa muda um pouco de figura: vai pra 3.6. Então, se eu puder usar isso de alguma forma, seria ótimo, mas eu não consegui ainda descobrir se isso seria levado em conta para uma nova graduação (para um mestrado já valeria).
@gabi-infirmière wrote:
Para minha seleçao no mestrado (programa de IPS-PL) eu precisei =
3 cartas de indicaçoes (de locais diferentes)
o TOEFL
o historico acadêmico e as realizaçoes acadêmicas (vish, publiquei pouquissimo e so fui congressista em 2 eventos!)Sem querer abusar, mas você tinha feito a graduação há menos de 5 anos quando tentou o mestrado na McGill? E que bom então que enrolaram a McGill, né, você acabou fazendo algo aparentemente melhor : )
@gabi-infirmière wrote:
para graduaçao normal, tenho uma amiga que esta fazendo um curso complementar la, na area de educaçao.
areas tradicionais (leia-se medicina, direito, odonto, engenharia …) sao super complicadas. E ha muuuuuitos estudantes estrangeiros, a McGill adora (ovbio, pagam 10x mais caro!)
Pois é, como falei pro Ronaldo, acho que os cursos que eu tentaria não seriam dos mais disputados. Por outro lado, um dos fortes da McGill é a área de idiomas e linguística, então imagino que muita gente que se interesse por essa área corra pra lá, por mais que não seja algo que pague bem como as profissões ligadas à tecnologia, atualmente.
@gabi-infirmière wrote:
entre em contato, no escritorio de admissao eles sao bem solicitos
Vou fazer isso, sim, só quero tentar entender melhor como a coisa funciona e tentar conhecer alguns casos concretos para que as minhas perguntas a eles sejam um pouco mais específicas e objetivas.
Mais uma vez, obrigado pelo tempo e pelas respostas!
Minha jornada para o norte: http://jornadaparaonorte.blogspot.com.br
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15 de abril de 2013 às 01:49 #61673Doug RamseyParticipante
@Carlos_Santos wrote:
tenho um contato com uma colega que foi aceita para estudos e mesmo nao sendo RP.
Se quiser o contato é so falar… acho que ela comeca agora na proxima sessao!
Oi, Carlos! Se ela estiver disposta a tentar me ajudar com algumas dúvidas, agradeceria muito se me passasse o contato!
Muito obrigado!
Minha jornada para o norte: http://jornadaparaonorte.blogspot.com.br
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15 de abril de 2013 às 02:05 #61674Doug RamseyParticipante
@daniel.p wrote:
Eu acabei de ser aceito no mestrado na Concordia e achei o processo demorado, um pouco complicado, mas no geral possível de fazer e ser aceito.
Eu tentei a McGill e a Concordia e achei a Concordia mais enrolada pra dizer se minha média ponderada era o suficiente ou nao. Na McGill eu conversei diretamente com o responsável da pós de Departamento que queria estudar e ele me respondeu em uma semana que o meu GPA era o suficiente. Alias, a McGill tem uma documento em que explica como é feita a consideracao da média ponderada por país, com um documento específico pro Brasil. Se eu bem me lembro de cabeça entre 7 e 10 era considerado entre 3 e 4 pra McGill, o no Departamento de Geografia eles pedem no mínimo um GPA de 3.2.
Valeu pela resposta, daniel! Mas, embora eu esteja procurando mesmo informações sobre uma nova graduação, ainda assim gostaria de te perguntar: você terminou a graduação há menos de 5 anos?
@daniel.p wrote:
Por outro lado a McGill me pediu somente duas cartas de recomendaçao, enquanto a Concordia me pediu tres.
E as cartas, você conseguiu todas com ex-professores?
@daniel.p wrote:
Moral da história: sim, vai ser complicado, vai dar dor de cabeça, mas sempre dá neh. Seja aqui, no Brasil ou em Marte =)
É, a minha dúvida é se o que eu pretendo dá na minha situação hehehe (nova graduação em vez de mestrado, mais de 30 anos de idade, último diploma obtido há mais de 10 anos…). Eu não descarto a ideia de um mestrado e até de PhD, mas quero analisar a situação direito, o que não dá pra fazer, o que dá e como dá. Fora as outras variáveis (custo, emprego, bolsa, salário, etc, etc, etc).
Enfim, muito obrigado e, se tiver mais alguma informação, será mais que bem-vinda!
Minha jornada para o norte: http://jornadaparaonorte.blogspot.com.br
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15 de abril de 2013 às 02:27 #61676gabi-infirmiereParticipante
Doug, eu me formei em 1996 (abafa!)
dai fiz 2 pos graduaçoes no Br, em 2000 e 2002 …sobre aplicaçao ==
nao sei como é na area de letras e cia, mas nao apliquei como *mature student* nao, apliquei como estudante normal , mandando cartinha de interesse, cartas de referências, meus historicos universitarios (nem tocaram no segundo grau) + a comprovaçao de 2 anos de enfermeira no QC, que é o requisito principal do programa que frequento… depois passei por entrevista, prova técnica em francês e dai foi so preparar minha mudança. Agora estou na capital, temporariamente, ja que meu objetivo é mesmo voltar pra région ;-)você pretende mesmo uma nova graduaçao ? um mestrado ou DESS nao te interessaria?
(mestrado em enfermagem esta sendo uma experiência ao mesmo tempo incrivel e terrivel, mas vale a pena rs). Aqui na Laval ha um bom depto de letras ;-) -
15 de abril de 2013 às 13:20 #61681AmélieParticipante
Oi pessoal,
não sei se vcs já conhecem, mas existe um guia pra quem quer estudar no Québec, o “Guide Étudier au Québec 2013”. Conheci-o ontem, por acaso, no blog “J’arrive Québec”, imagino que seja bastante útil; lembrei dessa discussão e pensei que poderia ajudar, mesmo não respondendo diretamente a pergunta do Doug Ramsey. Eu mesma ainda não li.
Segue link:
http://www.immigrantquebec.com/wp-content/uploads/Guide_Etudes_2012.pdfFonte:
http://jarrivequebec.blogspot.com.br/2012/11/estudar-no-quebec-guide-etudier-au.html:bigups:
AmélieTimeline:
21/11/11 - Envio do dossiê BIQ SP
20/12/12 - CSQ
05/02/13 - Envio federal CIC Sydney
21/01/14 - Pedidos de exames
06/02/14 - Pedido dos passaportes
28/02/14 - Passaportes recebidos
10/04/14 - Chegada em Québec -
15 de abril de 2013 às 16:32 #61685Doug RamseyParticipante
Tá abafado, já olhei até pro outro lado hehehe. Bom, acho que, como você se candidatou ao mestrado, realmente eles olham só as notas da graduação. O lance do “mature students”, até onde consegui entender, seria pra graduação apenas. Mas é bom saber que, pro mestrado, eles pegam suas notas da graduação, mesmo se já faz, digamos, um tempo hehehe.
Quanto ao mestrado, eu penso nisso também, e provavelmente é a opção mais realista. Mas eu gostaria de verdade de fazer uma outra graduação na área de letras (eu babo toda vez que vejo a grade de literatura inglesa da McGill), então quero ir sondando pra ver o que é possível ou não. Eu vou dar uma olhada na Universidade de Laval também, obrigado pela indicação!
@Amélie
Obrigado pela dica, esse guia é ótimo e tem diversas informações que ajudam a ter uma visão de como funciona o sistema de ensino deles. Eu li um pedaço da versão anterior. Vou pegar a desse ano também.
Minha jornada para o norte: http://jornadaparaonorte.blogspot.com.br
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16 de abril de 2013 às 21:23 #61710RonaldoMacielParticipante
Minha esposa tinha sim uma graduação (em Economia), e havia se formado em 2006. Ela recomeçou a faculdade aqui em 2010.
No processo de admissão eles pediram os diplomas do segundo e da faculdade mas como funciona a análise destas notas é muito difícil de entender. Vc conhece o site para brasileiros da UdeM?Isso pode te ajudar a tirar algumas dúvidas pois as regras geralmente valem para todas as universidades. Veja aqui: http://www.futursetudiants.umontreal.ca/brasil
Forte abraço
RonaldoResidente Permanente desde Set/2009, cidadão desde Jul/2014 e mora na fascinante Montreal.
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16 de abril de 2013 às 23:33 #61711daniel.pParticipante
Doug
Eu terminei minha primeira graduacao (tecnologo) em 2005 e a minha segunda (bacharel) em 2008, ou seja, a mais ou menos 5 anos. Como meu foco era McGill a princípio eu pedi carta de recomendacao a duas professoras: minha coordenadora de TCC e uma das professoras que estava na banca do meu TCC. Foi super facil falar com elas e pedir a carta, nao demorou nada e elas fizeram de bom grado. Alias uma delas só pediu pra eu escrever a carta e simplesmente assinou. Mas eu sou muito retardado e nao li no site direito que as cartas precisam ser enviadas direto da faculdade de origem pra faculdade no Quebec, ai cheguei aqui e nao aceitaram as cartas que estavam em minha posse (enfim, isso foi outra novela). Quando eu desencanei da McGill e fui pra Concordia eles me pediram 3 cartas. Eu ja tava afastado da Universidade a mto tempo e sabia que seria um saco fazer um professor tentar lembrar de mim e pedir uma carta falando mil a uma maravilhas sobre a minha pessoa (adoro essas cartas semi mentira onde todo mundo é lindo, inteligente e legal). Explicando a situacao na Concordia eles me disseram que tudo bem a terceira carta ser do meu antigo emprego, entao eu solicitei a mesma pro diretor da empresa q eu trabalhava. Mandei uma carta pronta e ele simplesmente assinou.
Olha, eu nao me preocuparia com essa questao da idade. Assim como vc cheguei aqui me achando velho pra comecar o mestrado (e olha q eu tenho “só” 28), mas descobri que por aqui é comum o povo fazer graduacao bem mais tarde. Tenho varios amigos, brasileiros e quebecas que comecaram uma primeira ou segunda graduacao com mais de 30 anos. É normal por aqui.
Espero ter ajudado
Daniel -
18 de abril de 2013 às 16:04 #61743Doug RamseyParticipante
Muito obrigado pela resposta, já me ajudou a tirar uma das dúvidas. Pelo seu relato, é pelo menos possível que levem em consideração as notas da minha graduação anterior, o que eu acho que pode ser bem positivo.
Não conhecia o site para brasileiros da Universidade de Montreal. Valeu a dica, estou lendo as informações e cruzando-as com outras para tentar formar um panorama mais completo.
Valeu pelo relato! Uma das coisas que vou ter de descobrir é justamente que tipo de cartas seriam aceitas, já que estou afastado da faculdade há, errr, algum tempo (11 anos) e seria bem difícil conseguir alguma coisa de professores. Eu pretendo levar cartas de algumas pessoas com quem trabalhei, mas não sei ainda se isso supriria os requisitos.
Em relação à idade, não é nem tanto a questão de estar ou me achar velho. Eu curto estudar e não me vejo muito tempo sem fazer algum tipo de curso, acadêmico ou não, e acho que isso pode ser pra vida toda. A minha dúvida maior é em relação à aceitação das universidades em relação a alunos mais velhos, a como o mercado vê essas pessoas mais velhas fazendo uma nova graduação (até agora, encontrei só informações positivas, mas vai saber) e, também, o momento de vida. Eu não tenho problema em levar vida de estudante (=morar numa kit e comer miojo), mas, de qualquer forma, não tenho mais 20 anos, não tenho meus pais pra me bancar ou outras facilidades que o pessoal mais novo às vezes tem. A preocupação reside mais em conciliar estudos com pagar as contas. Mas obrigado mesmo, saber que você conhece pessoas que estão fazendo a primeira ou segunda graduação com mais de 30 anos já é um bom indício.
De qualquer maneira, ainda estou tentando me informar melhor pra tentar direcionar as questões na hora de escrever para a McGill e outras. A ajuda de vocês está sendo muito grande pra isso.
Abraços!
Minha jornada para o norte: http://jornadaparaonorte.blogspot.com.br
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18 de abril de 2013 às 18:53 #61747RonaldoMacielParticipante
Doug, como já faz mais de 10 anos que vc se formou, é provável que a faculdade te peça que vc curse algumas matérias que seriam pré-requisitos para fazer o programa que vc deseja. Isso é uma coisa chata mas eles sempre insistem nisso. Geralmente, se faz mais de 5 anos que vc se formou, eles pedem para fazer matérias como matemática, física, geografia etc, dependendo da área.
Foi o caso da minha esposa, que como havia se formado em economia e quis fazer microbiologia, ela teve de fazer matematica, quimica e biologia (de nivel um pouco mais aprofundado que o secundário)…
entao é bom ficar ligado nisso também…
abraco
RonaldoResidente Permanente desde Set/2009, cidadão desde Jul/2014 e mora na fascinante Montreal.
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26 de setembro de 2013 às 23:30 #63630guiduarteParticipante
Tenha em mente que qualquer universidade “boa” na América do Norte será mais puxada do que a maioria das universidades brasileiras. A questão do GPA é bem importante (para Mestrado/PhD). Acho que as principais diferenças são intensidade e complexidade. A graduação aqui é extremamente pesada, e é preciso estar psicologicamente preparado para uma rotina de estudos que, no Brasil, seria raramente necessária.
McGill, Toronto e UBC estão sempre se revezando no título de “qual é a melhor”. A McGill tem menos da metade do tamanho e do número de alunos da Toronto, e isso deve ser levado em conta. No fundo, isso tudo não importa muito: o que você precisa ver é qual dessas é melhor na sua área, pois qualquer uma das três será excelente para o seu currículo. O nome Harvard é mais forte do que McGill, mas em várias áreas McGill > Harvard. Rankings são importantes, mas saber sobre a sua área é mais importante, sem dúvida. Também não esqueça que a competitividade aqui é outra, e portanto ter um diploma de uma grande universidade vale menos do que valeria no Brasil. O Canadá tem 50% da sua população formada, o que significa que ensino superior certamente não fará muita diferença… e universidades como MIT, Yale etc. estão a poucas horas de carro de Montreal, o que significa que o “universo” acadêmico do nordeste da América do Norte é absurdamente competitivo e acirrado.
Tenho um blog sobre estudar aqui que pode ser útil: http://www.vieaucanada.tumblr.com
Estou na McGill há um ano.
Espero ter ajudado!
Guilherme
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15 de abril de 2014 às 12:14 #121376Doug RamseyParticipante
Olá, gente! Depois de eras, volto ao tópico para colocar o que descobri e, quem sabe, ajudar outras pessoas que venham a pensar em algo parecido em relação a estudos. Entrei em contato com a McGill e me informaram o seguinte:
1. Quem tem mais de 23 anos e não realizou estudos acadêmicos nos últimos cinco anos deve se candidatar como Mature Applicant se o objetivo for cursar uma graduação. Para um mestrado ou doutorado, não há essa exigência;
2. As cartas de referência podem ser de empregadores, até pelo fato de que não há limite de idade para você tentar uma vaga na graduação (imagina alguém com 65 anos tentando encontrar professores da escola ou faculdade para assinar uma carta dizendo coisas boas sobre você…);
3. Pelo tempo afastado do meio acadêmico, também é necessário cursar disciplinas que sirvam de pré-requisito para o curso desejado. É possível fazer isso em um CEGEP ou na própria McGill, matriculando-se como aluno independente em cursos indicados pelo departamento;
4. As notas da primeira graduação são levadas em conta no processo de admissão para a segunda graduação.
Lembrando que isso diz respeito à McGil. Outras universidades podem ter (e provavelmente terão) exigências ou regras diferentes. De qualquer forma, o que eu obtive de informações e sugestões aos colegas aqui, aliado às informações da própria McGill, já me deixaram bem mais confiante em relação ao caminho a seguir.
Ah, e se alguém quiser compartilhar algo sobre a vida de estudante no Canadá ou outras informações sobre a McGill, sou todo ouvidos! No fim das contas, acho que será bem provável eu voltar para a faculdade num futuro próximo.
Abraços!
Minha jornada para o norte: http://jornadaparaonorte.blogspot.com.br
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