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- Este tópico contém 21 respostas, 11 vozes e foi atualizado pela última vez 16 anos, 6 meses atrás por petula.
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17 de dezembro de 2007 às 19:31 #5405ViegasParticipante
Caros colegas, quero postar este tema por ao acompanhar a discussão do “post” da Dani, no qual as pessoas têm se posicionado quanto ao que buscam e do que querem se ver livres, quando saem de seu país e buscam outras terras, me veio à mente a síntese dos meus motivos
Definitivamente todos aqui comungam dos motivos que as levam a optar por reconstruir a vida, mesmo sendo “bem sucedido” no Brasil. Ocorre que quero levantar uns pontos para a reflexão de todos. O principal ponto que me incomoda e me torna indigno no Brasil é a falta de cidadania. Tudo o que as pessoas têm reclamado, desde a violência, aos problemas de saúde, educação, etc, passam pelo conceito de cidadania. Aqui, a cultura corrupta e do “levar vantagem” destrói a capacidade de qualquer um exercer plenamente a cidadania. Quando entro em um fila, e vários outros furam esta fila (passei por isso esta semana no DETRAN), me faz pensar que é errado respeitar a fila, e não dar uma “carteirada”. Quando paro meu carro sem invadir a faixa de pedestre, ou mesmo paro para que uma senhora ou criança passem, vem um “espertinho” e não só me “passa pra trás”, como põe em risco a vida daquele pedestre, o que me faz evitar este comportamento cidadão. Ou seja, nesta selva em que vivemos, em que os termos “respeito, generosidade, gentileza, educação, CIDADANIA, ENTRE INÚMEROS OUTROS”, são colocados como últimos no dicionário do dia-a-dia brasileiro. Outro dia um taxista me xingou de “bonzinho demais” por que parei para uma grávida, pode?
Além do mais, hoje vejo com tranqüilidade que o planeta “diminuiu” e que a qualquer momento pode-se optar por viver em “qualquer” lugar mesmo, pois as barreiras estão ruindo a cada dia (mais ou menos). Penso também que qualquer atitude que eu, minha família, minha cidade, estado ou país fazemos, reflete em todo o planeta, tanto na cultura, quanto no ambiente.
Acho que se eu estiver em um país que tem o poder de influenciar o comportamento dos demais brasileiros, pelo amor ou pela dor, é de lá que tenho que pressionar. Não há perfeição, pois, o próprio Canadá é um dos poucos países que não reconhecem uma série de direitos e prerrogativas de povos nativos, os chamados indígenas, e que tem que mudar. E a questão ecológica, idem, tem que melhorar lá também.
Assim, partindo do princípio que não creio mais em cidadania brasileira, e sim em cidadania mundial, na qual devemos cumprir deveres e exigir o respeito aos nossos direitos, qualquer que seja nosso endereço, quero compartilhar estas idéias e sugerir que onde estivermos, ajamos como verdadeiros cidadãos, melhores a cada dia.
Um abraço, Luiz Viegas -
17 de dezembro de 2007 às 21:59 #23883Carlos_SantosParticipante
interessante discussão e tema, parabéns pela iniciativa!
aqui o respeito pelo pedreste é grande, mas por vezes eu não entendo o porque alguns motoristas também não param para os pedestres na faixa de travessia…. 8O
Mas, por exemplo, hoje eu escorreguei na hora de atravessar uma montanha de neve e estava indo atravessar a rua, vinha um carro de cada direção, num local cheio de neve, inclusive nas ruas e a calçada ja não existia, perto da Gare du Palais aqui na Cidade do Québec. Imediatamente os dois carros pararam!!!! e me deixaram se levantar e acabar de atravessar para depois eles seguirem o caminho!!!
Não imagino isso ai no Brasil…. infelizmente!
Bom, concordo que temos de ser melhores independente de que Pais moramos!
Atenciosamente
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17 de dezembro de 2007 às 22:16 #23884rafaelmatParticipante
Pois é, concordo com tudo que foi falado. Aliás é pelo mesmo motivo que não me sinto bem aqui no Brasil.
Moro no Rio de Janeiro e vejo que aqui a cultura de Gerson é o que vale.
Não é uma questão de classe social, nível cultural, financeiro ou faixa etária. É generalizado. A maioria é mal-educada e quer levar vantagem em tudo.
Só pra exemplificar:
Uma vez um amigo meu parou o carro no meio de duas vagas e eu inocentemente avisei pra ele ao sair do carro: “Ih, você não percebeu, mas pegou duas vagas.”.
Ele respondeu: “Não, assim ninguém vai parar do meu lado!”.
Caramba…
Nada é perfeito, mas tenho certeza que aqui no Brasil esse tipo de pensamento é mais difundido… -
18 de dezembro de 2007 às 19:57 #23908ViegasParticipante
Caro Carlos, citei a questão do pedestre porque penso que é emblemático! Uma pessoa que respeita o pedestre é no mínimo coerente, pois, todos, sem excessão, ao saírem do carro, se tornam pedestres (transeuntes, “de a pé”, etc.). Consequentemente, é sinal de auto-cuidado, proteção e inteligência.
Quanto ao comentário do Rafael, desde grande falhas, como parar o carro na calçada (que é do pedestre), como um simples jogar de papel ou cinzas de cigarro pelo chão, degradam a imagem da sociedade. As pessoas realmente pensam o quanto é prejudicial ficar na fila dupla, ainda que por 1 minuto?
Entretanto, dos quase 5000 usuários deste site, e de vários outros, na verdade nem todos querem de fato ir para o Québec, ou Canadá, e sim, viver mais dignamente. E isto pode acontecer aqui no Brasil! Basta que transformemos nossas atitudes mais simples, do dia-a-dia. Sem dúvida, o melhor ensino é o exemplo. Eu não me canso de insistir nas atitudes mais civilizadas, mesmo que seja contra a maioria aqui. Além do mais, como quero viver em uma sociedade cidadã, eu já vou treinando desde já, pra quando chegar lá, fique bem tranquilo, à vontade e acostumado com ess padrão de comportamento, certo?
Um abraço, Luiz Viegas -
21 de dezembro de 2007 às 19:28 #23985ViegasParticipante
Caros colegas, peço-lhes que façam deste novo ano o ano da mudança de postura, para que o universo conspire mesmo ao nosso favor. Desejo que os brasileiros, onde quer que vivam, sejam vistos como um povo alegre, feliz, criativo e honesto. Desejo, do fundo do coração, que ajudemos a mudar nosso próprio destino. Um abraço forte e caloroso. Luiz Viegas
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21 de dezembro de 2007 às 19:36 #23986THSVParticipante
Legal este debate. Gostaria de sugerir que quem já vive no Canadá (especialmente no Québec) nos passasse atitudes cidadãs e mais civilizadas, e que já deveríamos aprender desde agora.
Valeu! -
28 de dezembro de 2007 às 18:09 #24106ViegasParticipante
Pois é, eu gostaria muito de saber como funcionam algumas coisas por aí. Por exemplo: Como funciona a questão de atendimento preferencial (filas) a pessoas com necessidades especiais, como deficientes, grávidas, idosos, crianças de colo, etc?
Outra coisa, como é o controle do tabagismo passivo? As pessoas podem fumar em locais fechados? Ouvi falar que se uma mãe ou pai forem flagrados fumando dentro do carro com crianças, pagam multa. É verdade? E no inverno, como os fumantes fazem?
Grato e um abraço, Luiz -
28 de dezembro de 2007 às 18:57 #24107Carlos_SantosParticipante
THSV,
@THSV”;p=”17250 wrote:
…Gostaria de sugerir que quem já vive no Canadá (especialmente no Québec) nos passasse atitudes cidadãs e mais civilizadas, e que já deveríamos aprender desde agora.
Valeu!aqui existe mais civilidade, claro…. sem discussão! mas isso não é 100% do tempo e nem de 100% das pessoas!
Veja, o que você gostaria que as demais pessoas com as quais você interage na sua vida façam por você? explico melhor, as pessoas que você encontra na rua, num ponto de onibus, dentro dele, numa escola, num banco, etc….
Se você for educado, polido, der “bom dia”, deixar uma senhora sentar no seu lugar num onibus cheio, abrir uma porta, etc… isso é muito diferente do que você esta acostumado?
“…atitudes cidadãs e mais civilizadas…”
Veja, isso é muito relativo!
Eu penso que fazer aos demais o que desejamos para nos mesmos é a atitude mais civilizada que eu posso dar de exemplo.
Mas isso na pratica pode ser mais difícil quando a pessoa deseja usar a “Lei de Gerson”…. não acha?
Quero o maximo para mim e de vez em quando eu faço um pouco pelos outros!
Mas ai entramos numa discussão filosófica e para alguns religiosa
Para concluir, eu não tenho nenhuma receita de bolo….
Viegas,
@Viegas”;p=”17399 wrote:
Pois é, eu gostaria muito de saber como funcionam algumas coisas por aí. Por exemplo: Como funciona a questão de atendimento preferencial (filas) a pessoas com necessidades especiais, como deficientes, grávidas, idosos, crianças de colo, etc?
filas aqui que eu vejo mais freqüentemente acontecerem no supermercado, e em alguns deles, eu vejo caixas para poucos produtos, mas não caixas preferenciais para idosos ou grávidas….
Para falar a verdade, banco, órgão do governo, etc… aqui as pessoas MARCAM HORA!!!
Se você quiser ir ao banco para sacar dinheiro, pode, mas usa-se as maquinas espalhadas por todos os lados!!! inclusive no banco! quase não vejo filas no banco, mas uso um banco atípico aqui, o HSBC! pouca gente tem conta nele!
O dia que eu quero resolver um problema no banco eu ligo antes! deixo recado na secretaria eletrônica de minha gerente, ela me retorna depois e se for necessário ir ao banco mesmo, ela marca um horario! NAO TEM FILA!
Isso é a minha experiência!
@Viegas”;p=”17399 wrote:
Outra coisa, como é o controle do tabagismo passivo?
aqui em lugar fechado por lei é proibido fumar! onibus, orgão do governo, etc…. até nas cabines dos pontos de onibus, tem uma indicação da proibição!
@Viegas”;p=”17399 wrote:
As pessoas podem fumar em locais fechados?
como disse não!
@Viegas”;p=”17399 wrote:
Ouvi falar que se uma mãe ou pai forem flagrados fumando dentro do carro com crianças, pagam multa. É verdade?
nunca ouvi falar disso! mas talvez eu não esteja bem informado!
@Viegas”;p=”17399 wrote:
E no inverno, como os fumantes fazem?
saem no frio e fumam agasalhados! isso eu sei pois vi durante quase duas semanas acontecer isso, com neve ou sem neve, com frio ou sem frio, o pessoal que fuma, saindo agasalhado para fumar!
Nos aptos aqui no meu condomínio é proibido fumar nos aptos! sei de gente que nao respeita isso e nunca vi ninguém sendo multado!
Aqui é curioso algumas coisas, vou dar um exemplo:
quase nao vemos policia nas ruas controlando o transito, por exemplo! Ja vi muitos motoristas fazerem contravenções simples (como não parar para um pedestre atravessar uma travessia de pedestre, aonde nao tem sinal) e graves também (como mudar de pista num sinal aonde esta escrito que é proibido, mesmo atravessar um sinal vermelho, ou um carro da policia que parou em cima da faixa de pedestre!), não tinha policia coibindo, neste ultimo caso, não fez diferença! :evil:
porém quando tem o preço é alto a pagar e compensa a falta de controle anterior!!!
Acho que os hábitos devem ser permanentes e BONS pois quando fazemos normalmente as coisas não temos que nos vigiar para saber se tem alguém policiando!
Esta é a regra que sigo! simples e pratica!
Fico por aqui!
atenciosamente
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28 de dezembro de 2007 às 20:19 #24109javalangParticipante
Concordo com tudo e acho que o maior problema é o “jeitinho brasileiro” que muitos acham legal mas é so outro nome pra “quebrar regras passando por cima dos outros”. Uma vez um amigo colocou o carro numa vaga de deficiente pq não tinha mais vaga, falei e ele disse que colocou pq não tinha outra vaga e nem se importou. Outros amigos furam fila e dizem algo do tipo “não vou ficar te esperando” ou “vai ser rápido” e são pessoas com estudo e nas demais situações bem educadas. Ou seja, isso nunca vai mudar, acho q quem quer sair é pq não acredita mais nesse país, eu não acredito.
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28 de dezembro de 2007 às 21:04 #24110fflushParticipante
Eu acho quem vai para o canada so para fugir de problemas daqui ja ta comecando mal.
Problemas existem em todos os lugares, eles so mudam. Nao concordo muito com o excesso de reclamacoes sobre o Brasil. No momento que nao estamos ficando aqui para ajudar a mudar. Na minha opiniao abdicamos do direito de reclamar, dai para frente e pensar nas coisas de bom que pretendemos fazer no novo pais que escolhemos para morar.Nao existe lugar perfeito!
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28 de dezembro de 2007 às 22:06 #24111pradoParticipante
O MELHOR LUGAR DO MUNDO E AQUI E AGORA….
ja dizia Gilberto Gil.Super 2008 para todos da comunidade,
familia4prado -
2 de janeiro de 2008 às 16:34 #24156ViegasParticipante
Caro Carlos, obrigado pelas respostas claras e elucidadoras. Concordo com o seu ponto de vista: quem não deve não teme.
Caro(a) Javalang, não sei se o Brasil não tem jeito, mas eu estou é cansado de dar murro em ponta de faca, tentando fazer o correto e sendo passado pra trás toda hora, principalmente pelo Estado (letra maiúscula = poder constituído). Quanto a problemas em todas as partes, claro que tem! Mas que confiança em um determinado sistema é fundamental para a sociedade ser hamônica, e creio que no Canadá isto é bem melhor. Pelo que já li, quando se faz necessária uma mudança, ocorre até relativamente rápida. Agora, que existem pessoas canalhas em qualquer parte do mundo, sem dúvida. Caro Luciano, quando eu emigrar, não deixarei de ser brasileiro, e mesmo de lutar pelo meu povo. Inclusive, acho que posso ser até mais bem sucedido nestas lutas estando em um lugar que me dê mais “armas” (por exemplo na área da saúde, em que eu milito). Como ponderei, penso que vou fazer coisas que poderão contribuir com a humanidade, ainda que de forma bem diminuta e singela. Quanto a reclamar, não concordo! Temos que reclamar sim, e muito! O que falta no brasileiro é a capacidade de se indignar, gritar, fazer com que seus direitos sejam respeitados. Infelizmente, até o tal jeitinho é uma forma de perceber que algo está errado, e que ao invés de promover sua reparaçã, resolve seu problema individualmente. Assim, onde quer que eu estejan reclamarei do que considero errado. Da mesma forma que reclamo da escravidão dos trabalhadores chineses, da cara de pau generalizada do governo dos EUA, da humilhação do povo Palestino, da destruição do planeta como um todo! Amarei sempre o Brasil, ainda que de longe. Torço pela mudança, e sempre fiz por construí-la, creia. Abraços, Luiz -
2 de janeiro de 2008 às 16:43 #24157DanieleParticipante
Realmente muito boa a iniciativa desse tópico. Eu também já tenho uma opinião formada sobre esse assunto que é a seguinte.
A muito tempo eu já desisti de esperar de qualquer brasileiro, qualquer atitude de respeito ao direito do próximo. Após muitas chateações ao ver as atitudes desonestas e pouco cidadãs do brasileiro, hoje percebo e até aceito, que a cultura generalizada do brasileiro é essa… se dar bem a qualquer custo. Muitos agem dessa forma e acham que o seu comportamento é que é normal, exatamente por já ser uma cultura instalada. Tome como exemplo uma criança que joga lixo pela janela do carro ou do ônibus e não são corrigidas pelos pais. Essa criança acha que esse é o comportamento normal porque quem deveria corrigí-la não o faz e assim cresce com esse conceito.
Hoje, o que eu vejo é que, quem está “errado” somos. As normas de conduta que seguimos é que são “obsoletas”. Os manés somos nós, por parar numa faixa de pedestre, dar o lugar a um idoso ou mulher grávida no ônibus, etc. E é por esse e outros motivos que escolho (e graças a Deus eu tenho escolha!) sair e procurar viver em uma sociedade onde esse tipo de comportamento não seja o padrão. Não quero essa cultura pro meu filho. Não espero também que o Québec seja o paraíso (e não acredito que exista um aqui na terra) ou mesmo o modelo ideal, mas penso que em termos de respeito ao direito do cidadão, não tem nenhuma comparação com o Brasil.
Abraços,
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4 de janeiro de 2008 às 01:56 #24197maurorepacciParticipante
Um relato interessante de algo que presenciei em Montréal. Hoje eu e o Bruno aqui do fórum que está visitando Montréal fomos dar uma volta no Plateau e no Marché Jean Talon que é uma espécie de mercado municipal. Hoje fez -25 aqui em Montréal que é um frio absurdo. Saindo do metro perguntamos para um senhor com um filho sendo carregado por ele numa espécie de trenó como chegar no mercado. Ele nos explicou o caminho e tal mas falou se voce quiser eu acompanho voces até lá. E fomos andando com ele até lá tipo 5 quadras. Ele parecia ocupado mas se interessou em ajudar e também se mostrou interessado no Brasil (o Bruno que falou mais com ele sobre política e tal). Mas isso é um exemplo de como aqui as pessoas são despreocupadas com o problema da violência e também são civilizadas. Eu ja tive outras experiências de estar dirigindo e perguntar o caminho para alguém a pessoa para o carro, abre o mapa e te mostra o caminho.
Esses são exemplos de comos as coisas são diferentes por aqui e são mesmo! -
4 de janeiro de 2008 às 10:47 #24199fflushParticipante
Eu trocaria a frase exigir nossos direitos por conquistar nossos direitos. Qualquer Imigrante chegando no Canada nao esta em condicoes de exigir muita coisa.
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4 de janeiro de 2008 às 11:25 #24200Jujuba-SPParticipante
Amigos,
Concordo com muito do que foi dito acima. Como já disse antes, vivi em Montreal por 1 ano e, muitas vezes, senti orgulho por já ter escolhido o Canadá como meu país.
É muito legal quando você está na escada rolante do metrô e ve que as pessoas se posicionam sempre do lado direito deixando o esquerdo pra quem está com mais pressa.
Nunca peguei fila nos bancos, a única fila que peguei foi no ponto de ônibus, nada absurdo. Engraçado que a fila se forma no horário que o ônibus vai passar. Pra quem não sabe, em Montreal o ônibus tem horário pra passar. Por falar nisso o transporte público funciona muito bem. Um professor meu, dizia que ter carro em Montreal é luxo. Não chega a tanto, mas que a gente se vira muito bem sem, isso sim.
Eu achava que depois de morar em Montreal detestaria o frio, ledo engano, hoje tenho certeza de que é do frio que gosto. Adoro a neve. Sei que chega um momento que ninguém suporta mais aquela meleca que fica, mas ainda assim prefiro os -15 do que 40, apesar de que em Montreal também faz calor insuportável no verão!!
A questão do fumo sempre me incomodou muito, pq depois de uma baladinha (não precisava ser de muito tempo) toda a roupa e cabelo estavam cheirando a cigarro. Nossa, terrível! Acho que agora já tem a lei proibindo o fumo em locais fechados. Quem estiver em Montreal, por favor, nos diga.
Amo o Brasil e o fato de querer deixá-lo não quer dizer que não goste dele e que não farei nada pra mudá-lo, mas o Canadá é minha escolha atualmente, assim como deve ser pra muitos de vocês. Sei que aqui ainda tem muita gente boa, assim como no Canadá tem muita gente e coisa bizarra. Pra vocês terem idéia, visitei uma casa de repouso que fica em Lachine, cara, deprimente… Eram 6 idosos com Alzheimer. A impressão que tive era de somente estarem esperando a morte. Saibam que os filhos, raramente, cuidam dos pais quando esses estão velhos no Canadá. Depois dessa visita, notei que existem muitas, muitas casas de repouso em Montreal.
Sempre me senti bem com a questão da segurança. Nunca me vi em nenhuma situação de perigo, ao contrário do Brasil.
A grande impressão que tive do Canadá é que as pessoas vivem mais, aproveitam mais os recursos que existem por lá, curtem mais as suas famílias e os momentos, eles vão mais ao parque para fazerem nada junto das pessoas que gostam, têm menos preocupação com aparência ou com as preferências das pessoas, muitas trabalham muito menos que a gente por aqui e vivem melhor, pois o país permite condições financeiras melhores.
Bom, é isso!!
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4 de janeiro de 2008 às 18:37 #24211maurorepacciParticipante
Jujuba…..mais uma notícia boa para os que gostam de sair a noite mas odeiam o cheiro de cigarro….o fumo foi em lugares fechados foi banido no Quebec.
Saí várias vezes e ninguém mais fuma em lugares fechados. -
5 de janeiro de 2008 às 14:04 #24239Jujuba-SPParticipante
Olá Mauro, tudo bem?
Mais uma excelente notícia!
Obrigada pela informação!!um abraço,
Ju -
5 de janeiro de 2008 às 16:57 #24245Carlos_SantosParticipante
Sobre casas de repouso e “depositos de velhinhos” isso é algo a ser visto com carinho aqui, pois como a cultura da independência dos jovens é algo incentivado, algo não deve ter sido bem entendido pelo novos “independentes” e o tiro saiu pela culatra!
Acho que “a assistência da familia acaba no momento que o seu idoso vai para uma destas casas…” esse é o pensamento destes novos “independentes”…. isso é a minha opinião do que ja vi e ouvi dos demais colegas aqui vinda de diferentes origens: brasileiros, québécois, etc…. mas isso é APENAS uma primeira impressão! Preciso de mais tempo e experiência para ter uma opinião mais bem formada no assunto!
Podemos criar um novo topico sobre o assunto se acharem mais conveniente discutir esta questão do envelhecimento no Canada!
Atenciosamente
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7 de janeiro de 2008 às 17:29 #24302ViegasParticipante
Caro Mauro, você nos dá mais um grande motivo para irmos para o Quebéc – não se fuma em locais fechados.
Na verdade, cai naquilo que eu comentei: aqui no Brasil existem leis federal, estaduais e municipais que proíbem o fumo em locais públicos fechados. Porém, nem sempre é cumprida. Quando agente fala de exigir o cumprimento da lei, garantindo nossos direitos, estamos querendo que a vida seja civilizada. Mesmo como imigrantes, estou seguro que seremos muito mais respeitados que como cidadãos natos aqui no Brasil, infelizmente. Além do mais, tudo na vida deve ser visto como conquistas seguidas e infindáveis.
Além do mais, aqui, existem classes diferentes de cidadão, a lei não é igual para todos!
Agora, o título do tópico diz tudo: moramos em um planeta que é responsabilidade de todos, cidadãos mundiais, responsáveis e respeitosos. Abraços, Luiz -
9 de janeiro de 2008 às 19:36 #24394THSVParticipante
Obrigado a todos pelas respostas e era isso que eu queria, orientações de conduta, para todos, e do que esperar por aí. Na verdade, quanto a dar bom dia, ceder lugar, e outras gentilezas mais, tranquilo de fazer, mas é raridade por aqui. Não deixo de fazer por isso! Mas por favor, prossigam, os que já estão por aí, para sirvam de exemplo para os demais, e para ajudarmos na construção de um Brasil melhor, claro. Agradecido, um abraço.
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13 de maio de 2008 às 19:01 #28984petulaParticipante
eu diria que o importante é não deixarmos de sermos o que somos para nos tornamos piores. ou seja, se o colega tira vantagem, fura fila, estaciona na calçada & etc, EU NÃO FAREI O MESMO porque não combina com minha conduta ética e moral. farei no canadá como faço aqui, aliás, como farei até o último dia em que eu pisar em solo brasileiro.
como vários colegas descreveram, não sonhemos que no canadá será tudo lindo, porque nunca é. todo lugar tem problemas. aqui no brasil, muita gente não ajuda ou dá informação, por exemplo, porque a violência atingiu níveis complicados. auxiliar o próximo, em alguns momentos, pode colocar você mesmo em risco.
estou numa situação privilegiada no brasil. moro numa cidade linda, apesar de todos os problemas, tenho um ótimo emprego, aliás trabalho em uma área em que a empregabilidade é alta, tenho qualificações. mas algo me deixa insatisfeita além do fator segurança: a certeza de que se não me matar de trabalhar, ficarei à mercê de flutuações econômicas, sociais, legais, etc. além do mais, não me vejo aos 40/50 anos trabalhando com tecnologia. é algo que eu gosto, mas vislumbro um futuro a longo prazo em outra profissão. e no brasil é bem mais difícil de se viver dignamente em outras profissões, sobretudo aquelas das áreas de ciências humanas.pondo à parte esse capítulo, eu diria que não deixássemos de fazer ao outro o que gostaríamos que fizessem por nós, sempre que possível. colegas aqui já mencionaram isso. regrinha de ouro! colegas que fumam poderiam, mesmo sem legislação própria, não fumar em lugares fechados. é uma questão de consciência. colegas motoristas poderiam deixar o carro em casa e pegar táxi quando quisessem beber, poderiam não parar na calçada. cada um, poderia ajudar a um deficiente a cruzar a rua, subir a um prédio, ou coisa do gênero. e esse tipo de educação não vai vir da escola. é um trabalho que pais e amigos devem fazer. ensinar através do exemplo. se a cada bairo 10 ou 20 pessoas fizessem algo para ajudá-lo, modificá-lo, cada bairro seria cuidado. e todos seriam tocados pelos mesmos benefícios. e claro: SEMPRE reclamar e reivindicar quando algo estiver errado, acompanhar os resultados de nossas escolhas políticas e gerar valor à nossa comunidade. um dos maiores trabalhos da democracia é essa vigilância ativa e crítica do cidadão.
enfim, essa é minha contribuição.
:)boa sorte a todos nós.
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