Acordo Previdenciário Brasil – Quebec

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Visualizando 15 respostas da discussão
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    • #8524
      victor_m
      Participante

      Senhores,

      Já li em alguns lugares, inclusive aqui no site na parte de notícias, sobre este acordo previdenciário entre o Brasil-Quebec, só que todos os lugares onde li não está claro se este acordo já está valendo ou não, pelo que eu vi ele está rolando desde 2009 mas parece que ainda falta a aprovação do congresso.

      Sabem me informar se realmente ainda não está valendo?

      Quando estiver valendo, quais serão os reais beneficios para nós? Meu tempo de trabalho aqui contará para o tempo de aposentadoria no Quebec?

      Obrigado pela ajuda.

      Segue abaixo algumas fontes sobre o assunto.

      http://sistemas.mre.gov.br/kitweb/datafiles/Ottawa/pt-br/file/Acordo%20de%20Previd%C3%AAncia%20Brasil-Quebec.pdf

      http://ottawa.itamaraty.gov.br/pt-br/acordo_previdenciario_brasil-canada.xml

      Abraços,

      Victor

    • #60120
      Wilson
      Participante

      Caro victor_m,

      O processo de Acordo entre Brasil e Canadá ainda está para ser aprovado no congresso brasileiro.

      Nos últimos anos, o Brasil assinou novos Acordos Bilaterais que estão em processo de ratificação pelo Congresso Nacional

      Segue os links (oficiais) para consulta:
      Acordo:
      http://www.mps.gov.br/arquivos/office/1_130121-102032-815.pdf

      Ajuste Administrativo:
      http://www.mps.gov.br/arquivos/office/1_130121-102032-939.pdf

      Se quiser sabe mais sobre esse processo, entre na página da Previdência e procure pela parte “Internacional”.
      http://www.mps.gov.br/

      Minha dica: não tenha esperança de ver ainda nessa vida esse acordo. Esse governo brasileiro não serve para nada.

      http://lepoussins.wordpress.com/

    • #60132
      gabi-infirmiere
      Participante

      @wilsons wrote:

      Minha dica: não tenha esperança de ver ainda nessa vida esse acordo. Esse governo brasileiro não serve para nada.

      pois é, eu tb penso assim… meus 10 anos de experiência brasuca estao na gaveta. Se sair esse acordo, muito bom; mas nao conto com o ovo antes da galinha …..

      melhor mesmo é pensar nas alternativas =
      1) trabalhar mais até a aposentadoria contanto apenas os anos de trabalho no Canada ou
      2) fazer um plano de previdência privada e se aposentar antes

      eu ainda nao fiz, mas um plano de previdência privada esta nos planos. Quem sabe quando eu terminar o mestrado IPS?

    • #60141
      ju e andre
      Participante

      Olá!
      Confesso que não conheço muito sobre este assunto, porém, fiquei preocupada com o que vocês postaram.. eu pensei que este acordo já tivesse saído também!! Puxa…
      Eu tenho apenas 7 anos de CLT.. se eu abrisse mão não me importaria..
      Mas meu marido tem 21 anos de empresa…e agora?
      O que acontece com o que ele já contribuiu aqui no Brasil?
      Como será no Quebec? (aposentadoria, recolhimento, idade em que irá se aposentar, etc)
      Agradeço se puderem me esclarecer “qualquer” coisa sobre este assunto..

      Obrigada!
      Ju e André

    • #60162
      Helen Hartung
      Participante

      Eu escrevi isso em algum outro tópico, o que nós vamos fazer é continuar pagando em carnê a contribuição. Meu marido é servidor do estado e estávamos preocupados com isso tb. Foi então que conversei com uma amiga minha que trabalha no INSS à muitos anos e ela me aconselheu a continuar pagando lá do Canadá pra não deixar de receber o que ele já havia contribuido por tantos anos. :bigups:

    • #60164
      CasalEncrenca
      Participante

      Helen,

      Não sei se vale a pena continuar pagando a contribuição ao INSS. Todas as análises de espescialistas apostam na falência do sistema de previdência pública. Outra questão seria o valor da contribuição. Se pagar o mínimo, quando se aposentar, vai receber uma merreca do governo. Se pagar mais, pode estar dando dinheiro para sustentar a incompetência da administração pública e perder boa parte do valor pago.

      Na minha modesta opinião, acho melhor planejar uma outra forma de obter renda de aposentadoria que não seja a previdência pública. Eu, particularmente, não gosto dos planos de previdência privada que existem no Brasil, ainda não sei como funciona no Canadá, mas pretendo descobrir.

      Nos EUA o povo costuma investir em fundos de pensão privados e/ou ações para acumular dinheiro para se aposentar. Eles têm essa cultura, imagino que no Canadá não seja muito diferente. Não sei se em Québec, o povo tem algum pensamento diferente, e quem já está lá pode nos ajudar a esclarecer esse ponto.

      De qualquer forma, eu prefiro ir juntando por minha conta e fazendo meus investimentos. Tanto no Brasil como em outro país acredito que adquirir imóveis é uma opção interessante desde que você tenha o suficiente para que gerem uma renda que permita viver (não apenas sobreviver) com a locação dos seus imóveis.

      Existem fundos imobiliários que são excelentes opções para longo prazo, principalmente nos casos de pessoas comuns que não podem sair comprando imóveis no atacado para viver deles no futuro (a maioria das pessoas leva uma vida inteira para pagar o imóvel em que vive).

      Pesquise bem, pois não duvido que seja melhor jogar fora o que já pagou para o INSS do que continuar pagando a menos que falte pouco tempo para se aposentar. No meu caso, falta mais uns 30 anos para ter aposentadoria integral (limitada ao teto imposto pelo INSS não importando se o valor de sua contribuição te daria direito a um valor maior). Se o Brasil seguir o modelo de outros países, é provável que aumentem a idade de aposentadoria e aí pode ser que passe para 67 ou 70 anos.

      Posso dizer que com a maturidade que tenho hoje, considerando que tenho que trabalhar mais 30 ou 35 anos para me aposentar com alguma renda, acho perfeitamente possível mesmo sem considerar o que já paguei ao INSS no Brasil. Não tenho mais a vontade de comprar coisas que me impediriam de poupar para meu próprio benefício e sei que posso abrir mão de alguns luxos agora para ter teto e comida no futuro.

      Como eu acredito em Papai Noel, talvez o governo regulamente o acordo de previdência. Neste caso, não se perde muito (ou quase nada) do que já foi pago.

      Abraços.
      Sr. Encrenca.

    • #60166
      eacampos
      Participante

      Sr. Encrenca…

      Com certeza essa é a opção melhor para quem não trabalhar… mas quem trabalha está na condição de contribuinte obrigatório, não tem como optar em não pagar.

      Eu contribuo obrigatoriamente desde os 17 anos… então seria uma grande perda esse período não ser reconhecido no Canadá…

      Abraço,

      Eduardo
      http://www.baianosnocanada.blogspot.com

    • #60167
      victor_m
      Participante

      Olá pessoal,

      Obrigado pelas informações… pelo visto não poderemos contar com esse acordo tão cedo mesmo…
      Bem, apesar de já ter contribuído com o INSS por 12 anos também acho mais vantajoso investir este dinheiro ou em um fundo privado ou em qualquer outro investimento próprio…

      Confiar realmente que daqui uns 30 anos a previdência pública brasileira não esteja falida realmente é um tiro no escuro.

      Abraços,

      Victor

    • #60178
      Helen Hartung
      Participante

      Super obrigada pelas dicas Sr.Encrenca!
      Vou passar essas informações valiosas pro maridão para estudarmos futuras possibilidades.
      Beijão

    • #60510
      CasalEncrenca
      Participante

      Pessoal,

      Vou por um pouco mais de caraminholas na cabeça do grupo em relação à previdência pública do Brasil.

      Participo do grupo Canada Immigration Brasil do Yahoo Groups e ontem vi um tópico intitulado INSS no qual foi citado um podcast do Mauro Halfeld para a CBN que fala sobre a contribuição mensal ao INSS para profissionais liberais. Não é exatamente o que discutimos aqui, mas há informações interessantes sobre a previdência pública.

      O endereço é: http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/mauro-halfeld/2009/11/04/AINDA-VALE-A-PENA-PAGAR-A-CONTRIBUICAO-MENSAL-AO-INSS.htm

      Acabei enviando um e-mail para o endereço divulgado no podcast e ele me respondeu ainda ontem. Copio a seguir a minha pergunta e a resposta dele.

      ___ MInha Pergunta ___
      Olá,

      Vale a pena um emigrante pagar a contribuição ao INSS?

      Estou em vias de ir morar no Canadá e não pretendo retornar ao Brasil por, pelo menos, 5 anos. Gostaria de saber se é interessante continuar pagando o INSS para fins de aposentadoria, pois para outros fins estarei coberto também pelo sistema de seguridade social no Canadá.

      Sinto que pode ser dinheiro jogado fora, pois há um teto para o benefício a ser recebido pelo aposentado e creio que se investir o montante em outras aplicações posso ter um retorno maior do que eu teria pagando ao INSS.

      Tenho alguns investimentos que considero meu plano de aposentadoria, mas até hoje nenhum plano de previdência privada me atraiu o suficiente para que eu considere esta modalidade de investimento. Inclusive esta é outra questão bem interessante: previdência privada X outros investimentos de longo prazo.

      ___ Resposta do Mauro Halfeld ___

      acho q vale a pena continuar contribuindo com o INSS enquanto vc ainda não afasta a possibilidade de voltar ao Brasil.

      O plano INSS é o mais completo que existe no mercado. O setor privado não oferece nada tão bom, apesar dos pesares…

      ___ Fim ___

      Apesar da resposta dele ser meio curta, acho que resolve uma parte da questão sobre contribuir ou não. Ele não deve conhecer o acordo previdenciário, mas caso ele nunca seja posto em prática, vale a mesma lógica: continuar pagando para quem pensa em retornar ao Brasil.

      Preciso ler com atenção os termos do acordo e entendê-lo um pouco melhor, pois tem coisas que não saberia responder ainda como, por exemplo, qual o efeito de pagarmos em duplicidade a previdência no Brasil e Canadá enquanto o acordo não está em prática, ou mesmo questões sobre contribuições retroativas à ratificação do acordo.

      Sobre a questão de “previdência privada X outros investimentos de longo prazo” vale a pena dar uma pesquisada no site da CBN também, pois há um monte de informações que devem ser levadas em consideração sobre previdência privada. Os principais alertas são em relação à taxa de administração do fundo que podem comprometer muito a rentabilidade, taxas de carregamento, portabilidade e cobrança de imposto de renda.

      Segue a página com o resultado da busca que fiz por previdência privada:
      http://busca.globo.com/Busca/cbn/?query=previd%EAncia%20privada

      Não esquecer que as informações fornecidas não são isentas da opinião dos respectivos comentaristas e não são necessariamente úteis a todos do grupo, mas como é um assunto relativamente novo, merece bastante atenção. Apesar de não ser seguidor deste comentarista e nem da rádio CBN, achei os comentários bem elaborados e esclarecedores.

      Em outro comentário do Mauro Halfeld, ele cita a frase: “coisa boa nunca me procura, sou eu quem tem que correr atrás”. No atual cenário econômico do Brasil, com tanta incerteza sobre onde investir para não perder dinheiro, os gerentes de bancos estão tentando nos convencer de trocar de investimentos e aderir a planos de longo prazo incluindo previdência. Investimentos de longo prazo permitem aos bancos trabalhar muito com seu dinheiro na aposta de que você não ai retirá-lo e descobrir o capital do banco.

      Como trabalhei em banco e sei como é do outro lado, posso dizer que existem 2 fatores muito importantes a considerar: as metas de venda do gerente e as metas de lucro do banco. Enquanto os gerentes seguem as diretrizes de captação passadas pela direção do banco, eles também precisam cumprir metas individuais de vendas de determinados produtos e os oferecem de maneira que é conveniente para eles e não, necessariamente, para você. A solução é ter um conselheiro financeiro confiável ou pesquisar muito antes de investir em algo que pode comprometer o seu suado dinheiro.

      Para terminar, vou pedir a colaboração dos amigos do fórum para enviarem este mesmo tipo de questionamento para que isso motive um novo podcast. Na verdade, eu não esperava que ele respondesse meu e-mail prontamente, mas imaginava que a reposta poderia vir como um dos comentários que ele faz para a rádio.

      Quem tiver interesse e quiser tentar motivar um comentário mais aprofundado, por favor, envie sua questão para o endereço cbndinheiro@cbn.com.br ou para algum outro especialista e compartilhe o resultado com a gente.

      Abraços.
      Sr. Encrenca.

    • #60513
      fabiomon
      Participante

      Pessoal,

      Sobre esse tema eu tenho algumas considerações que acho importante destacar aqui sobre a aposentadoria e a mudança para o Canada. Eu estou na longa fila do processo federal, no entanto ainda não posso dizer 100% que estarei no Canadá, de qualquer forma tenho algumas estratégias para seguir:

      1 – Previdência no Brasil
      Hoje, como assalariado, eu já não confio na previdência pública, porém sou obrigado a contribuir e isso já ocorre desde os meus 14 anos. Em função disso, comecei a contribuir com a previdência privada, mas com o passar do tempo e com a aquisição de conhecimentos percebi que essa modalidade também não é atraente, mas para mudar precisaria ter bastante disciplina para seguir com outro modelo, e assim o fiz.
      O fato é simples: os bancos pegam o dinheiro que investimos na previdência privada, compra títulos públicos, nos pagam um rendimento abaixo desses títulos e ainda nos cobram umas taxas. Com o advento do Tesouro Direto, definitivamente desisti da previdência privada e passei a comprar título públicos de longo prazo, mais precisamente para a época prevista para minha aposentadoria. Como muitos sabem, o título público é mais flexível de se administrar e também é o investimento de mais baixo risco atualmente no mercado. Com o tempo terei condições de diversificar e até mesmo desfazer de tudo e levar para o Canadá, caso me estabeleça lá definitivamente.
      Na Argentina, o governo pegou as previdências privadas e “tombou” para a previdência pública, isso de certa forma me causou medo já que o futuro do INSS é cheio de dúvidas e nossos políticos não é lá dos mais estáveis. Não duvido de que isso possa ocorrer no futuro no Brasil.

      2 – Mudança para o Canadá
      Considerando que ocorrerá minha mudança, continuarei a pagar o carnê do INSS no valor mínimo, que hoje é de R$ 74,58 por mês. Minha idéia é seguir pagando, porque apesar de não ter planos de voltar ao Brasil continuarei a ter família aqui e como não sabemos do futuro, vai que por motivos de força maior tenho que retornar ao Brasil… Nesse caso já terei uma cobertura, que é mínima, mas que já é melhor que nada. Como diz o ditado: “Antes pingar do que faltar”.

      Uma vez estabelecido no Canada, posso seguir com uma previdência privada ou investimentos específicos lá para garantir a aposentadoria naquele país.

      Essa é a estratégia que pretendo seguir.

      :mrgreen:

    • #60514
      fabiomon
      Participante

      Pessoal,

      Sobre esse tema eu tenho algumas considerações que acho importante destacar aqui sobre a aposentadoria e a mudança para o Canada. Eu estou na longa fila do processo federal, no entanto ainda não posso dizer 100% que estarei no Canadá, de qualquer forma tenho algumas estratégias para seguir:

      1 – Previdência no Brasil
      Hoje, como assalariado, eu já não confio na previdência pública, porém sou obrigado a contribuir e isso já ocorre desde os meus 14 anos. Em função disso, comecei a contribuir com a previdência privada, mas com o passar do tempo e com a aquisição de conhecimentos percebi que essa modalidade também não é atraente, mas para mudar precisaria ter bastante disciplina para seguir com outro modelo, e assim o fiz.
      O fato é simples: os bancos pegam o dinheiro que investimos na previdência privada, compra títulos públicos, nos pagam um rendimento abaixo desses títulos e ainda nos cobram umas taxas. Com o advento do Tesouro Direto, definitivamente desisti da previdência privada e passei a comprar título públicos de longo prazo, mais precisamente para a época prevista para minha aposentadoria. Como muitos sabem, o título público é mais flexível de se administrar e também é o investimento de mais baixo risco atualmente no mercado. Com o tempo terei condições de diversificar e até mesmo desfazer de tudo e levar para o Canadá, caso me estabeleça lá definitivamente.
      Na Argentina, o governo pegou as previdências privadas e “tombou” para a previdência pública, isso de certa forma me causou medo já que o futuro do INSS é cheio de dúvidas e nossos políticos não é lá dos mais estáveis. Não duvido de que isso possa ocorrer no futuro no Brasil.

      2 – Mudança para o Canadá
      Considerando que ocorrerá minha mudança para o Canadá, continuarei a pagar o carnê do INSS no valor mínimo, que hoje é de R$ 74,58 por mês. Minha idéia é seguir pagando, porque apesar de não ter planos de voltar ao Brasil continuarei a ter família aqui e como não sabemos do futuro, vai que por motivos de força maior tenho que retornar ao Brasil… Nesse caso já terei uma cobertura, que é mínima, mas que já é melhor que nada. Como diz o ditado: “Antes pingar do que faltar”.

      Uma vez estabelecido no Canada, posso seguir com uma previdência privada ou investimentos específicos lá para garantir a aposentadoria naquele país.

      Essa é a estratégia que pretendo seguir.

      :mrgreen:

    • #60520
      CasalEncrenca
      Participante

      Atualmente a maioria dos bancos já oferece serviços de investimento programado no Tesouro Direto cobrando taxas reduzidas ou zero por esse tipo de operação. Então, basta você agendar o investimento mensal da mesma forma ou valor que aplicaria na previdência privada para que não precise ficar pensando nisso todo mês.

      O Tesouro Direto é um bom investimento de longo prazo. Em 2012 houve uma supervalorização de alguns papéis devido às mudanças das regras da poupança, redução da Selic e aumento da inflação. Este ano, há risco de perder dinheiro caso precise vender os papéis antes do vencimento, pois eles podem valorizar ou desvalorizar diariamente para venda antecipada. Por isso, é bom tomar cuidado ao comprar, pois estão à venda títulos com vencimentos que variam de 2019 a 2050. Se você vai precisar do dinheiro a curto e médio prazo, pode ser um risco. Para quem está imigrando sem uma reserva muito boa para os primeiros meses, talvez seja melhor manter o dinheiro em fundos atrelados ao CDI pois rendem pouco, mas rendem, com risco quase zero.

      Há planos de previdência privada corporativa que oferecem mais benefícios do que uma previdência individual, mas se você deixar a empresa (como aqui estamos falando de deixar o país, isso é uma certeza), as regras mudam e algumas taxas que eram reduzidas ou inexistentes passam a ser cobradas. Tem que ser avaliado caso a caso. No meu caso em particular, tenho um pequeno valor na previdência corporativa que rende em torno de 8,5% ao ano com risco baixíssimo que só posso sacar na íntegra em meados de 2014. O valor é pequeno porque eu não fazia aportes, pois não me agrada esse tipo de investimento e eu sabia que ia sair da empresa. Se eu fosse continuar a contribuir, teria as mesmas condições do mercado.

      Boa sorte a todos no processo e nas decisões financeiras.
      Sr. Encrenca

    • #60528
      arturbrasil200
      Participante

      fabiomon,

      Esse valor que vc informou estah correto?

      “2 – Mudança para o Canadá
      Considerando que ocorrerá minha mudança para o Canadá, continuarei a pagar o carnê do INSS no valor mínimo, que hoje é de R$ 74,58 por mês. Minha idéia é seguir pagando, porque apesar de não ter planos de voltar ao Brasil continuarei a ter família aqui e como não sabemos do futuro, vai que por motivos de força maior tenho que retornar ao Brasil… Nesse caso já terei uma cobertura, que é mínima, mas que já é melhor que nada. Como diz o ditado: “Antes pingar do que faltar”.“

      O valor minimo nao seria 20 % sobre o salario minimo? o salario minimo agora estah 600 e algo, entao seriam 120 e algo.

      nao seria isso?

      att

    • #60555
      CasalEncrenca
      Participante

      fabiomon,

      As alíquotas que você menciona estão nas páginas abaixo:

      http://extra.globo.com/noticias/economia/valor-da-contribuicao-para-inss-muda-com-novo-salario-minimo-7173652.html
      http://www.mps.gov.br/conteudoDinamico.php?id=313

      Para contribuição:
      Pelo plano simplificado = 11% do salário mínimo (não dá direito à aposentadoria por contribuição, só por idade);
      Como autônomo = 20% do salário mínimo;

      678,00 – 11% = 74,58
      678,00 – 20% = 135,60

      Não sou especialista no assunto, mas é um dessas opções que acredito serem possíveis. O que não acredito é que a aposentadoria por idade vai continuar sendo 60 (M)/65 (H) anos daqui a mais 25 ou 35 anos. Na Europa já tem muitos países propondo aumentar em cerca de 2 ou 3 anos a idade de aposentadoria. O Brasil está envelhecendo o que deve desequilibrar de vez as contas da previdência pública.

      Imagine que se você pretende se aposentar daqui a 30 anos, você vai pagar mais ou menos isso (em valores de hoje).
      135,6 a.m. – 1627,20 a.a. = 48816,00 no total (30 a.).

      Parece razoável investir quase 49 mil para ter uma renda igual ou menor do que 1 salário mínimo? Não sei responder. Agregue todos os riscos envolvendo a previdência pública e tente responder novamente. Fica mais difícil, não é? E veja que esses valores são para salário mínimo. Imagine que você queira obter uma renda de 5 mil reais. Opa, não pode porque o teto é 4.157,05. Qual será o teto no futuro? Como será calculada a renda conforme sua contribuição? Percebe que há mais dúvidas do que certezas?

      Quando somos empregados no Brasil, não temos escolha, mas quando podemos decidir onde colocar o dinheiro, acredito que existem opções mais seguras e interessantes. Veja o caso de imóveis por exemplo, o aluguel hoje fica em torno de 0,5 % do valor de venda, então um apartamento de 100 mil, poderá te render 500 reais por mês. Se comparar com os 49 mil da previdência para ganhar 678 de renda, parece pior, mas vc além da renda ainda terá um patrimônio de 100 mil reais. Não é fácil juntar os 100 mil para comprar um imóvel, mas você talvez possa pagar um consórcio ou investir em fundos imobiliários com parcelas acessíveis ao seu bolso e dessa forma criar o hábito de poupar e planejar o futuro, coisa que os brasileiros só estão aprendendo agora, quase 20 anos após o fim da inflação maldita que tínhamos.

      Estou aqui argumentando, mas a decisão é tão complexa que eu mesmo tenho muitas dúvidas. Até agora minha tendência é investir em algo privado, para tentar acumular patrimônio para minha velhice para assegurar um pouco mais do que o sistema previdenciário brasileiro, canadense ou quebecois podem oferecer.

      Cada vez sentindo mais perto o “cheiro” do visto!!!
      Sr. Encrenca.

    • #60568
      lfbteixeira
      Participante

      Também não sou especialista, mas gostaria de deixar minha opinião que é parecida com a do Sr. Encrenca.

      Imaginem que uma pessoa guarda em sua conta bancária este valor mínimo de contribuição como autônomo – R$135,60 mensais. Ao longo de 15 anos, ela terá R$24.408,00. Imaginem que ela nem se importou em colocar este dinheiro em uma poupança nestes 15 anos, apenas deixou lá parado em sua conta.

      No fim dos 15 anos, ela coloca este dinheiro em investimentos que rendem em média 10% ao ANO. Isso não é nada difícil de conseguir, e é uma suposição bem conservadora. Bem, nos próximos 15 anos os 24 mil que a pessoa tinha se tornam R$101.958,27. (24.408 * (1.1^15)).

      Agora imaginem que se ela tirar 0,5% deste valor por mês como salário, ela terá um salário de 509.79. Então será retirado 6% (0.5*12) deste valor no fim do ano, e o montante ainda irá crescer 4% ao ano.

      Ainda está abaixo do valor do salário mínimo atual, mas percebam que estou usando um exemplo onde MUITAS coisas podiam melhorar, como por exemplo:

        1)Nos 15 anos em que os 24 mil estão no investimento, a pessoa podia continuar arrecadando o valor mensal e investindo-o, assim no final dos 30 anos o valor total seria bem maior.

        2)A pessoa podia já começar a investir a partir do primeiro ano de arrecadação. Assim no fim do ano 15 não seria apenas 24 mil, o valor seria bem maior.

        3)Nestes 30 anos a pessoa pode tirar 2 horas por mês para estudar diferentes investimentos (totalizando 720 horas), então poderia fazer investimentos mais inteligentes e tirar mais do que 10% ao mês.

      Nada impede também que a pessoa faça os 2. Se sua faixa salarial está acima de alguns salários mínimos por mês, guardar 135,6 e contribuir 135,6 para o governo não seria tão pesado.

      Lembrando que esta é só minha opinião. Em minha carreira não tão longa de 5 anos eu nunca estive em regime CLT, por isso nunca fui obrigado a contribuir. Assim consegui juntar um valor considerável. Estudei muito sobre investimentos em 2012 (talvez quase 720 horas :lol: ) e espero conseguir aposentar sem ajuda nenhuma do governo.

      EDIT: só editei para dizer mais uma vantagem de juntar o dinheiro e investir – quando nós formos embora deste mundo (espero que ainda demore muito) o valor total vai ficar para nossos descendentes, e não para o governo. Então se você fez o dever de casa e ensinou educação financeira para seus filhos, eles também vão continuar tirando 0.5% por mês e o dinheiro vai continuar crescendo infinitamente, gerando renda na família.

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