salut tout le monde!
Entao pessoal, a minha duvida é em relação aos tipos de trabalho q podemos ter, enquanto resolvemos a questão da validação do nosso diploma, para os que tem ordem.

Ao chegar no quebec.. eu que ja consigo me comunicar (preciso melhorar) então ja poderia ter algum trabalho part-time o mesmo fulltime junto com a francisation. Que tipo de trabalho vcs me indicariam para eu ja poder seguir com minhas proprias pernas quando chegar no Quebec. Lojas, supermercados, restaurantes, IKEA, bares… e seus relacionados salarios (mensal) e carga horaria semanal.

Se alguem ja teve alguma experiencia ou conhece alguem que fez isso, compartilhe aqui.

Merci !

Falando sobre o video, eu nao vejo muita diferença entre o Brasil e o Canadá, no que foi falado pelo entrevistado. Eu vejo que as negociações, avaliações anuais e tudo mais é tudo muito parecido com o Brasil.

Ele usa dois exemplos de comparação infelizes e que não refletem a realidade do mercado. Ele fala de duas empresas publicas (e ou para-publicas) como a Caixa Economica e a Petrobras e é evidente que o processo de discussão salarial é muito mais restrito neste tipo de empresa.

O que eu vejo de mais diferente é que aqui a experiencia e o tempo de casa sao muito mais valorizados que na média das empresas privadas do Brasil. No Brasil estimula-se muito a rotação de funções, treinamento e recrutamentos internos. Aqui isso é bem menos encorajado e é comum encontrar pessoas fazendo uma mesma atividade durante 10, 15 ou até 30 anos…

Mas de resto tem muito mais semelhança que diferença…

É interessante esse conceito de poder trabalhar durante muitos anos na mesma empresa e/ou no mesmo cargo. Aqui o que verifico é que há uma cobrança constante de crescimento e ascenção nas empresas. Se ficar no mesmo cargo durante anos a sociedade em geral te julga como alguém sem ambição, alguém que não quer crescer…Acho que é algo cultural mesmo.
Claro que essa é a minha visão…

É isso aí que vc disse Helen. Concordo. Aqui tem bem menos essa pressão toda pelo seu “crescimento” ou por vc “ter” de continuar progredindo e subindo cargos. No Brasil, como se sabe, se vc fica ali na mesma atividade uns 3-4 anos já começam a te olhar meio torto e perguntam se vc está desmotivado.

Nisso há vantagens e desvantagens. Há pessoas que gostam muito deste esquema do Brasil pois se sentem valorizadas e gostam da contínua rotatividade. Isso é legal pois é isso, vc teria uma rotina menos longa e estaria continuamente com novos desafios. Mas há pessoas que não se incomodam em ficar um tempo maior na mesma função e isso pode ser não só comodismo mas também porque, tout et simplement, a pessoa gosta de fazer aquilo e não quer mudar (mtas vezes se esquece disso). O que também não é errado, certo? :mrgreen:

Digamos que aqui vc teria mais flexibilidade: se quer ficar na mesma, “tudo bem”; se quer mudar, tentar outra coisa, subir, “vamos discutir sobre isso.”

É isso
Ronaldo

Verdade Helen, além de ficar mais dificil arrumar outros empregos com o passar do tempo. uma pessoa deste perfil, pode ser facilmente descartada pelo mercado ao chegar numa certa idade, que está exigindo gestores cada vez mais novos.

Fico triste, pq essa garotada está se doando demais, trabalhando 15, 16 horas por dia, perdendo saúde pq não é facil assumir grandes responsabilidades, esquecendo da qualidade de vida, vida social e esquecendo de pensar a longo prazo.

Nao vi o video pois aqui no trabalho é bloqueado…. e depois nao tive tempo mesmo…. sinto!

Nao posso comparar com o Brasil pois la nunca negociei meu salario (funcionario publico na COPPE e empregado numa faculdade privada aonde em ambas os salarios seguiam uma tabela, logo…)

Mas aqui eu vejo que é preciso mostrar seu perfil e sempre recebo ofertas na minha area.

Sempre que vejo algo mais serio, proponho um encontro para ter mais informacoes e assim funciona em TI.

É importante notar que nenhuma empresa aqui oferece a mesma coisa, nao so salarios, mas as vantagens sao sempre ligeiramente diferentes (uma tem REER, outra de te oferece acoes da cia, umas tem plano com dentista e oculos incluida, outras nao, e por ai vai…). As vezes mesmo a carga horaria (35 horas, 37.5h ou mesmo 40h) é diferente, umas pagam hora extra e outras nao….. isso dependendo do salario….

Aqui vale a pena sempre “magasiner” e olhar o que outras propostas podem te oferecer e isso tem sido bom para mim, pelo menos, assim pude melhorar o meu salario sem mesmo sair da mesma cia. Mas sei que nem sempre é assim. Varios colegas receberam ofertas e tiveram de sair para ter o que queriam. Cada caso é um e diferente!

Espero ter contribuido ;-)

Contribuiu sim Carlos, aliás como sempre.
É importante pra nós que ainda estamos nas terras do cruzeiro do sul sabermos como as coisas funcionam por aí.
Tb penso assim Ronaldo, cada um deveria poder escolher seu caminho profissional, da forma que lhe convier e não se sentir compelido a uma única e opção “aceitável”.
Pois é Ronaldo, essa “garotada” super esforçada e inteligente tem que se matar de trabalhar pra conseguir mostrar serviço. Acho que o esforço, a vontade de estar sempre crescendo é algo inerente ao ser humano, mas penso que existem pessoas que não canalizam essa energia na carreira mas sim em outras atividades ou direcionados a vida pessoal. O bacana disso tudo é poder escolher sem ser mal julgado por isso ;)

Muito boa essas dicas, Carlos!

Estou começando a pesquisar agora sobre o processo, e também sou de TI.

Vejo que pelo menos para nossa área, não é preciso dar aqueles famosos 5 passos pra trás na carreira… Menos mal :)

Pessoal,

Surgiu uma dúvida em relação aos benefícios oferecidos pelas empresas no QC.
Aqui no Brasil é quase padrão as melhores empresas oferecerem um pacote de benefícios, uns obrigatórios, outros não, como por exemplo:

– auxílio transporte
– auxílio alimentação
– auxílio refeição
– assistência médica
– assistência odontológica
– reembolso de medicamentos
– previdência privada
– participação nos lucros
– etc.

Alguém mais antigo no mercado poderia dizer como funcionam essas coisas por aí?

Obrigado,

VG

Vou falar pelas empresas em que já trabalhei.

O que eu tive de benefício foi:

assurance médicale – cobre o que o sistema público de saúde não cobre como optometriste (olhos), terapias (chiro, nutricionista, psicoterapia, fisioterapia etc), alguns exames laboratoriais (caso vc tenha de pagar particular e não sejam cobertos pelo sistema público). Se vc for num médico particular, precisaria ver se sua assurance cobre e qual a porcentagem da cobertura, no meu plano é somente 50%.

assurance dentaire – depende também da cobertura, às vezes 50% outras vezes 90%, é preciso ver cada procedimento. Mas em muitos casos a limpeza, avaliação anual etc é coberto integralmente.

PPR – na empresa onde estou atualmente tem, mas acho que não é algo muito comum por aqui pelo que vejo.

assurance medicaments – quando vc está empregado é obrigado a se inscrever na assurance da sua empresa e sair do plano governamental. Geralmente depende do medicamento mas pode ser 80-90% do valor em média, acredito. E, claro, com receita médica. Se vc comprar um tylenol na farmácia, sem uma receita, não será coberto pelo plano.

auxilio refeição – ah meus vales…que saudade. Aqui ESO NO EXISTE. Aqui vc prepara sua comida em casa e leva pro trabalho, todo mundo faz isso. Se for almoçar fora, sai do seu bolso. :-/

auxilio transporte – minha empresa oferece pagamento de 50% do cartao transporte mas sei também que pouquíssimas empresas oferecem este benefício.

previdência privada – acredito que funciona como no Brasil, em todas empresas que trabalhei era oferecido e a empresa investe o equivalente ao que vc investe ou pode oferecer algum bônus, dependendo de cada empresa.

outros benefícios – onde trabalho também pagam um parte dos custos de sua academia, caso faça alguma, limitado a $300 anuais. Como trabalho num banco, também consigo taxas de juros preferenciais para aquisição da casa própria.

Acredito que outros poderão contribuir tb.

Empresas médias não oferecem tantos benefícios, trabalhei em grandes empresas desde o início, então tive relativa sorte.

Abraço
Ronaldo

Vou falar do que eu conheço, que é o trabalho em hospital e CSSS

Em geral
– auxílio transporte – em geral, não. Se a pessoa usar o veiculo da empresa ou se o trabalho depender de deslocamento, em geral pagam gasolina ou taxa/km rodado. Eu fazia transferência com a ambulância, recebia hora extra por trabalho externo + por tempo de saida + insalubridade, cada caso é um caso.

– auxílio alimentação – desconheço, eu nunca tive direito.

– auxílio refeição – A maioria possui refeitório com microondas e lanchonete, os empregados levam as marmitinhas e comem nas próprias estações de trabalho ou no refeitório. Alguns hospitais ofeecem preços diferenciados para os funcionários. Em Témis quem trabalhava nos plantões de 12h tinha as refeições pagas, quem trabalhava em horário comercial, não. No Vic e em Parc-Ex eu mesma pagava minha comidinha (ah, os indianos de 7$, que saudade rsrsrsrs)

– assistência médica – depende, cobrem o que não é garantido pela RAMQ, em % e teto max/ano (fisio, chiro, optometristra, etc). Não é uma medicina complementar como os famigerados livrinhos de convênios, é para psicologo, fisio, chiro, etc. P.e.: em Témis meu empregador pagava 100% de chiro, limitados à 5 sessões por ano. em Parc-Ex eu não tinha limite de sessões mas o pagamento era via reembolso, eles me reembolsavam 25$ por cada sessão ( então se eu fosse num chiro caro, daqueles que cobram 100$ a sessão, eu teria que “morrer” com 75$ por sessão. Eu ia numa chiro “popular” que cobrava apenas 40$ por sessão, então no fim das contas me custava 15$).

– assistência odontológica – idem acima, com limitações (alguns planos cobrem 50%, outros funcionam por valor máx/anual).

– reembolso de medicamentos – obrigatório se a empresa fornecer algum seguro, senão ficara com o valor da RAMQ. Para medicamentos de exceção é preciso obter autorização do seguro e não há garantia, em geral meds. De exceção ficam pela RAMQ mesmo.

– previdência privada – a maioria, sim

– participação nos lucros – não que eu saiba (CSSS são “publicos”)

– creche – depende, algumas empresas possuem creches anexas, outras possuem convênios, outras não possuem nada. Em geral as listas de espera são bem longas para essas creches.

– seguro viagem – depende do contrato assinado com a seguradora, eu sempre assinei com cobertura para viagem, pois nunca se sabe quando uma turista pode atacar ou quando uma pisada mal dada rompe os ligamentos do pé, melhor prevenir.

– seguro de vida – a maioria oferece

– seguro funeral – entram como opção do seguro de vida

– próteses e órteses – a RAMQ não cobre, alguns seguros possuem adendos, outros incluem na cobertura de medicamentos

– uniforme – só quando eu trabalhei em local fechado (centro cirurgico) eu recebia uniforme. Nos outros deptos, o próprio enfermeiro era responsavel pela aquisição de sua vestimenta.

– estacionamento – depende, no Vic e em Parc-Ex o estacionamento é pago, em Témis era gratuito. em Parc-Ex havia lista de espera de 1 ano por vaga de estacionamento

– EPIs – os CSSS fornecem

– descontos em academias, salões de beleza, livraria – algumas empresas possuem convênios. Em Parc-Ex a gente tinha a disposição uma mini sala de exercicios (3 aparelhos) + aula de zumba + aula de yoga. A sala de exercicios era acesso free e as aulas eram a baixissimo custo.

– horário especial – na area da saude há alguns horários difenciados, em geral a autorização é no caso à caso. Meu sonho de consumo, fazer um 8×32 (8h por dia ao invés de 7, 32h por semana ao invés de 35; perde-se um pouco de $, ganha-se 1 dia a mais no fds)

– atividades coletivas – alguns CSSS possuem grandes clubes sociais, que fazem festa anual, passeio na Cabane à sucre, golf … Em outros locais essas atividades são organizadas pelas próprias equipes.

– curso de linguas – o Vic (hospital anglófono) paga curso de inglês para enfermeiros depois de 6 meses de casa. Em Parc-Ex ja era um pré-requisito o bilinguismo, não possuiam nenhuma politica para tal. O hospital Ste-Cabrine oferece curso de italiano para os funcionarios, etc.

– empréstimo $ : alguns CSSS oferecem após um período X na casa, cobrando juros menores do que os bancarios

– apoio psicologico, prevenção do suicidio, problemas com alcool, drogas – os CSSS em geral possuem contratos com as seguradoras que oferecem serviços telefônicos 24h para as urgências psicologicas, mantendo a confidencialidade. Todos CSSS onde eu trabalhei forneciam suporte para tratamento de dependências, para o funcionário e para a familia direta. Suicidio é algo bem sério aqu no QC.

Enfim, por aqui há menos regras gerais e mais adaptações locais. Especificamente falando dos CSSS (area da saude) como a carência de funcionários é gigante, alguns oferecem 1001 beneficios, como finais de semana de folga garantidos (um “must” na area da saude), pagamento de 150% em horas extras, garantia de trabalho só no plantão x ou y, etc.

Não sei como funciona nos outros setores. :bigups:

Uma coisa é certa, eu nunca comparei com o que tinha no Br, pois é uma outra reralidade e uma outra maneira de gestão. Ah, e não temos 13o também não

Pessoal, obrigado pelas respostas.
Para mim, essa coisa de levar comida para o trabalho vai ser um problema maior do que o inverno. :lol:
Como moro sozinho desde os 18 e não sei cozinhar, nunca fiz almoço para levar para o trabalho…
Meu parceiro Visa Vale vai fazer falta.

Abs

VG

Vitor, pode ficar despreocupado, que a necessidade é a mãe da invenção. Aqui vc vai aprender na marra a cozinhar. Ninguém está imune e sempre aprende. Principalmente os homens que, caso não já o façam no Brasil, aqui vão aprender muito o que é cuidar de uma casa e das crianças e dar muito valor às esposas e mães, hehehehe.

Esquecemos de tocar num ponto muito importante neste assunto de benefícios, trabalho etc.

AS FÉRIAS

Este é um capítulo a parte. A lei canadense exige pelo menos 2 semanas de férias e MUITAS empresas realmente só oferecem este mínimo, o que para muitos brasileiros pode parecer muito pouco, sobretudo os que tinham a possibilidade de tirar 30 dias no trabalho. Algumas já começam com 3 semanas mas não são muitas.

Acontece que como aqui há uma valorização da experiência, é amplamente aplicado o conceito de férias progressivas. Então quanto mais tempo de casa, mais tempo de férias. Na minha empresa, todos começam com 3 semanas. Quem tem mais de 7 anos, ganha mais uma semana, depois com 15, outra e, finalmente, depois de 25 anos de casa, mais umazinha, chegando assim a 6 semanas de férias.

Isso acaba pesando na hora de decidir o que fazer nas férias pois 1 semana é pouco para ir pro Brasil e duas vc acaba usando suas férias todas, não restando nada para vc fazer algo diferente. Então muita gente vai a cada 2 anos pro Brasil, indo para um outro lugar ano sim, ano não…

E, somente mais um comentário, a Gabi oportunamente lembrou que não existe 13º salario aqui, vale lembrar que também não existe FGTS aqui ou nada parecido. Existe o REER mas quem deposita o dinheiro nesta conta é vc mesmo. O REER é uma conta-garantia em que vc deposita dinheiro supostamente para sua aposentadoria, mas vc pode sacar em situações específicas como compra da primeira casa, situação de catástrofe ou doença, seguindo os mesmos critérios que o nosso FGTS. Mas a empresa não deposita nada lá.

É isso,
abraço
Ronaldo

@RonaldoeSusana wrote:

Vitor, pode ficar despreocupado, que a necessidade é a mãe da invenção. Aqui vc vai aprender na marra a cozinhar. Ninguém está imune e sempre aprende. Principalmente os homens que, caso não já o façam no Brasil, aqui vão aprender muito o que é cuidar de uma casa e das crianças e dar muito valor às esposas e mães, hehehehe.

Assino embaixo. Eu acrescentaria que aqui também é mais fácil aprender a cozinhar, pois no mercado tem um monte de comida meio pronta, tem o minute rice que até uma criança faz, tem um monte de molho legal, verdura lavada etc. etc. Caro que tudo meio pronto é meio caro, mas almoçar fora sairia ainda mais caro, principalmente para se comer mais saudável.

@RonaldoeSusana wrote:

Existe o REER mas quem deposita o dinheiro nesta conta é vc mesmo. O REER é uma conta-garantia em que vc deposita dinheiro supostamente para sua aposentadoria, mas vc pode sacar em situações específicas como compra da primeira casa, situação de catástrofe ou doença, seguindo os mesmos critérios que o nosso FGTS. Mas a empresa não deposita nada lá.

Na empresa onde eu trabalho você pode optar por desconto na fonte para o seu REER, e se você contribui, a empresa põe 1% + o mesmo valor que você contribuiu até 5% do seu salário.