Sociabilidade do Povo

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    • #6328
      yuri
      Participante

      Pessoal,

      Estudo na École Québec. Tem professoras quebecoises e elas são todas super sociáveis! Sociabilidade é um lado positivo do povo aí ou estas professoras não fazem parte da maioria? Dois exemplos, só para ilustrar. Esta semana fiquei numa fila enorme para comprar ingresso para o jogo do São Paulo!  :happy2:  A fila estava super lenta e depois de um tempo estava todo mundo conversando na maior descontração. Segundo exemplo: estou fazendo um curso de informática. Depois de pouco mais de 2 meses de aula já está mó zueira e descontração no intervalo das aulas. Como que é aí? Mais por curiosidade!  :)

    • #32676
      Anonymous
      Participante

      Bom, eu visitei o Québec em Julho/Agosto e digo que, na rua, as pessoas sempre foram bastante simpáticas. Nunca ficava aquele constrangimento no elevador, pois eles sempre dão bonjour, merci pra cá e tal …

      Amigos que mora lá dizem que o povo é bastante prestativo e até sugeriram que eu fizesse o teste do mapa. Segundo eles, basta vc abrir um mapa na rua que logo pára alguém pra perguntar se vc precisa de ajuda e tal (bom, não fiz o teste ….).  

      MAS …. os brasileiros que eu encontrei lá disseram que os québecois são muito corteses sim, mas não são de muita intimidade. No Brasil, quando tem um estrangeiro, os brasileiros já tentam enturmar o cara, chamar pra um churrasquinho e tal. Isso NÃO acontece no Québec. Então, os brasileiros acham que eles são frios. Como eu moro no sul (Curitiba, aqui o povo não tem fama de muito amigável …), não estranharia. Mas, pra quem é do sudeste pra cima …

      Fica aí o que eu vi e me relataram. Mas acho que os felizardos que jã estão por lá têm mais propriedade para falar do assunto.

      Alors, c’est à vous!

    • #32677
      yuri
      Participante

      TAZ,

      Este seu relato bate com o que me falaram também.

      Vamos ver o que o povo daqui da comunidade fala!

    • #32686
      MVPS
      Participante

      Mais frios… mais reservados… como qualquer povo anglo-saxão…

      Tapinha nas costas não tem não…

    • #32687
      Anonymous
      Participante

      @MVPS”;p=”27175 wrote:

      Mais frios… mais reservados… como qualquer povo anglo-saxão…

      Tapinha nas costas não tem não…

      Permita-me discordar … anglo-saxões é que eles não são … são franceses. Daí vem o “Vive le Québec libre”, os movimentos de separação do resto do Canadá …

    • #32692
      Carlos_Santos
      Participante

      difícil falar no geral…..  ja vi gente se levantar para dar lugar à alguém mais velho no ônibus (que tem até uma indicação para que o usuário de determinados acentos cedam este lugar, normalmente os primeiros acentos do ônibus).

      Mas ja vi também quem não cede este mesmo lugar.

      O pessoal aqui te chama pelo seu primeiro nome, Carlos, por exemplo, muito mais rápido do que vi na França, aonde fiquei habituado à ouvir “Monsieur Santós” muito mais tempo. Mas isso não faz necessariamente que eles queiram ser mais próximos por conta disso. Utilizamos o “TU” muito mais rapidamente que o “VOUS” no dia a dia.

      Se um pedestre mesmo não tendo sinal de travessia, insiste em atravessar uma rua, o motorista não buzina, nem atropela, nem diz um palavrão…. no geral. Pois ja vi uma motorista de ônibus buzinando direto a cada vez que um motorista mais lerdo não saia da frente dela nos sinais (mas isso é uma exceção)

      Sinceramente, volto a uma questão que já coloquei em outra discussão do tipo, depende muito de “como você se aproxima das pessoas”! Se você chega exigindo isso ou aquilo, não pede com educação….  é bem provável que em qualquer lugar do mundo você seja mal recebido, não acham?

      Posso dizer que tenho tido boa receptividade em quase todos os lugares aonde eu preciso estar ou passar (trabalho, escola dos meus filhos, etc…).

      Porém, não espere ser chamado para tomar um café na casa deles (vejo isso como uma intimidade, amizade, etc…) depois do primeiro contato. Até hoje não fui convidado ainda. Minha experiência! pode não ser a realidade de outros colegas aqui no fórum!  

      os famosos “5 à 7” (happy hour do Québec), tenho minhas reservas…. pelo menos nos que eu já participei….

    • #32693
      Erasmo
      Participante

      Na minha experiência, classifico os quebequenses como: simples, rápidos e objetivos.

      Não têm aquela lenga-lenga, muito mais comum nos povos latinos, nem a frieza extrema de certas comunidades européias.

      Contudo, no meu ponto de vista, há algumas controvérsias… por exemplo, são ou se tornam curiosíssimos quando falamos de coisas a nós particulares, mas reservadísssimos quando se diz respeito a eles e sua intimidade.

      Em muitos casos, eu classifico a educação daqui como “não-sensata”, evitando o termo “burra”… exemplo, você está no ônibus e alguém lhe esbarra… a pessoa pede desculpas… mas percebe-se que, na maioria dos casos, esse esbarrão poderia ser evitado… cada um, cada um…

      E como disse já outras vezes, eles podem até ser separatistas, mas buscam acima de tudo sua identidade… identidade essa rodeada pelo “mar inglês” e pelo grande números de outras culturas presentes… é enorme o número de quebequenses de origem não-quebequense, ou não-canadense… e muitos não se dizem quebequenses… conheci mesmo um que nunca conheceu o Líbano, mas se diz libanês… além de tantos outros.

      Para quem quer uma vida tranquila, acho o povo daqui o ideal… você fica na sua, eles na deles… 8) … minha opinião, como sempre…

      Abraços!

    • #34092
      FCelso
      Participante

      Boas pessoal,

      Da minha experiência, corroboro as observações do TAZ, do Carlos e do Erasmo.
      Quem me apresentou aos colegas quebequenses e me inseriu no meio deles foi um colega romeno (que adora o Brasil por causa do futebol).
      Para se enturmar, não funciona como no Brasil que tentam puxar o novato para o grupo, aqui se conquista a confiança deles aos poucos. Isso não é difícil, mas leva algum tempo. E creio que a facilidade reside na honestidade, uma característica facilmente notada no povo quebequense em geral. Não é preciso ficar com o pé atrás para se abrir com um quebequense, é possível falar o que se pensa, contanto que seja feito de maneira civilizada. Eles podem não concordar, e não gostar da sua opinião, mas lhe dirão isso na cara. Vale a dica de pensar bem antes de falar…
      As pessoas são bem dispostas a conversar, aliás, adoram conversar e expor seu ponto de vista. Os mais velhos, então  8O  
      Entretanto, quando se trata de trabalho, é como o Erasmo disse, faz o que tem que fazer, resolve-se e pronto.
      Notem que os encontros festivos entre as pessoas não são tão freqüentes como no Brasil (ao menos no RS que é comum um churrasco todo final de semana).
      A média aqui é bem mais baixa que isso. Os grupos de jovens se encontram com certa regularidade para assistir os jogos de hóquei e tomar (pouca) cerveja, seja no bar ou na casa dos amigos durante a semana.
      Os mais velhos já fazem jantares mais elaborados, mas não é muito freqüente. Isso pelo que observei na casa onde moro, onde o proprietário é quebequense. Ele realiza uma média de 1 ou 2 jantares por mês com amigos na sua casa. No inverno, a prática de visitar uns aos outros é mais comum, visto que é uma estratégia que eles desenvolveram para passar o tempo até a chegada do verão.
      Abraço,
      Fabrício

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