Accommodements Raisonables. O assunto do momento!

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  • Este tópico contém 16 respostas, 11 vozes e foi atualizado pela última vez 17 anos atrás por Diogo.
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    • #5229
      Carlos_Santos
      Participante

      Caros Colegas,

      trago uma postagem interessante do nosso colega Rodrigo feita na comunidade Orkut Quero ir para Québec.

      é um tema interessante e atualmente muito discutido aqui no Québec:

      Accommodements Raisonables. O assunto do momento!
      Ola a todos

      Acho que esse é um assunto que interessa muito a todos os que estão vindo morar na Belle Provence. Não é nada que atinge diretamente os brasileiros mas….
      Uma discussão sobre as concessões aos imigrantes tem colocado a imigração na ordem do dia aqui no Québec.

      Os «Accommodements Raisonables» são sem dúvida o assunto mais comentado aqui no Québec atualmente. O clima é como de uma CPI ai no Brasil, todo mundo tem uma opnião e é o assunto de todo dia no noticiário.

      E o que são os «Accommodements Raisonables»??

      São os nomes dos procedimentos jurídicos do Canada, que existem para minimizar a discriminação que uma pessoa de uma minória étnica (quer dizer: IMIGRANTES) possa sofrer.
      Por exemplo: Nas penitenciárias os prisioneiros de religião judaica tem direto de comer a comida kosher, os árabes a comida halal e assim por diante…. todo isso as custas do governo ….(parece piada mais é verdade). E tem mais… em nome dos «Accommodements Raisonables» alguns grupos de imigrantes querem acabar com as comemorações de natal, tirar a cruz da bandeira do Québec… etc

      O que está em discussão é até onde a Sociedade Québecoises deve ceder em nome dos «Accommodements Raisonables».

      O governo do Québec criou, no semestre passado, uma comissão presidida por um professor francofôno da UdQuebec e um professor anglofôno da McGill.É a chamada comissão Bouchard-Taylor. A comissao fará dezenas de audências públicas nas várias regiões da província, para ouvir a sociedade quebecois. Abaixo os vídeos das reuniões que ja aconteceram:

      http://lcn.canoe.ca/videos/?accommodements

      observem o n 3 de 11 sept. 2007 – 20:10 algumas dessas observações tem deixados muitos grupos de imigrantes com a pulga atrás da orelha…

      O estopim da Bomba
      O problema é bem antigo, mas parece que a crise começou em 2002 com o caso de um adolescente indiano da religião Sikh que foi impedido de frequentar as aulas de uma escola secundária de Montréal por que portava o Kirpan, que é um punhal de 20 cm. Acontece que o tal punhal é sagrado pelos sikhs e é de uso obrigatório por todos os homens dessa religião. O grupo religioso entrou na justiça contra a escola , e em 2006, a Corte Suprema deu ganho de causa ao rapaz. Ou seja em nome dos «Accommodements Raisonables» todo rapaz de 12 anos da religiao Sikh tem o direito de entrar armado na classe de aula com um punhal.

      Houve e ainda há uma indignação geral com essa decisão…

      Herouxville
      .
      O conselheiro municipal (tipo de vereador)de Herouxville, uma cidade de 1300 hab, em Mauricie, decidiu criar um Manual de Modos de Vida para quem quiser morar em sua cidade.
      No começo, a coisa foi tida como piada pois o código diz:…«que fica proibido apedrejar a mulher em praça pública, ….fica proibido andar com o rosto coberto com execeção da noite de halloween, rsrs…etc»
      Os moradores do vilarejo pedem que o Ministério da Imigração distribua esse manual para todas as pessoas que quiserem ir morar em Herouxville. O problema é que, segundo uma pesquisa, 95% dos québecois aprovam esse tipo de medida .
      Veja o video abaixo:

      http://br.youtube.com/watch?v=2Jwf2NGUZ80

      http://br.youtube.com/watch?v=5P0QXaKJ6vA&mode=related&search=

      http://www.cyberpresse.ca/article/20071004/CPNOUVELLISTE/710040831/-1/CPNOUVELLISTE

      Fizeram até uma música para expressar o sentimento de muitos quebecois:

      http://br.youtube.com/watch?v=-TTaj8fcJOw&mode=related&search=herouxvilles

      e tem o videoclip muito engraçado sobre herouxville:

      http://br.youtube.com/watch?v=H3rnXcVtD28&mode=related&search=herouxvilles

      Vendo esses videos a gente começa a entender por que o Québec está investindo tanto na imigração dos latinos americanos.

      um abraço e bonne chance!

      os grifos são meus!

      Atenciosamente

    • #21485
      luciojunior
      Participante

      Eu já tinha comentado isto por aqui, e ao contrário do Rodrigo, acho que atinge sim diretamente a nós, brasileiros, imigrantes. Atinge sim, porque mudará muita coisa, e se muda, nao sabemos se será para melhor ou para pior. Como já falei também por aqui, o Québec está vivendo uma 2a Revoluçao Tranquila, está aproveitando da discussao sobre os Accommodements Raisonables pra “rever” todo seu sistema de crenças e valores. Uma Quebecois ainda me disse mais “nao sei se essa revoluçao de agora será tao tranquila”. É, como se pode ver, ouvir, ler e etc os ânimos por aqui estao bem exaltados com os imigrantes. E nós brasileiros, estamos bem credenciados? Numa primeira impressao bem superficial, eu diria que sim, mas a imigraçao de brasileiros é muito recente por aqui. Nós somos pouquíssimos e ainda nao temos um histórico para os Quebecois saberem quem somos. Por enquanto eles estao nos dando um voto de confiança, mas nao é só pra nós. É pra toda a América Latina e também o leste Europeu. O que eu já ouvi foi o seguinte: “nao é que o Québec ache o imigrante da AL e do leste Europeu melhor, ele nao sabe ainda, mas ele já tem certeza que a estratégia usada de atrair as pessoas do Magrebe(regiao do norte da África e Oriente Médio, compreendida por países, de maioria, Árabes que possuem a segunda língua o Francês) fracassou”.
      E pra terminar, nao podemos esquecer que no referendo de 1995, o Québec perdeu o direito(50,2% contra, 49,8% a favor) de se tornar um país, graças, também,  aos votos dos imigrantes que votaram a favor da permanência junto do Canadá. Achei que este assunto já estava bem resolvido entre os Quebecois, mas nesta última sexta-feira estava conversando com um casal Quebecois (Anny e Marc) que me contaram como isto tudo aconteceu. Eles me disseram como os Quebecois por toda parte choraram após ficarem sabendo do resultado…diz que foi um verdadeiro clima de velório durante dias. As pessoas nao tinham alegria, nem objetivo de fazer nada. Eles também nao me esconderam a decepçao, e no entendimento deles, a injustiça dos votos dos imigrantes…É pessoal pelo visto esta história vai longe.

      Abs,
      Lúcio
      Montréal Plus
      P.S. Tem muita gente que sempre me pergunta sobre a Revoluçao Tranquila. É uma história longa pra publicar aqui. Eu vou publicar por partes lá no blog. Esta semana publiquei a primeira. Se quiser e tiver interesse, aproveite!

    • #21493
      rcsmelo
      Participante

      No meu ponto de vista, quanto imigramos nos temos que nos adaptamos a cultura deles, não eles a nossa.

      Robson

    • #21496
      maurorepacci
      Participante

      Concordo com voce Robson. As pessoas vem aqui para o Canadá e tem o direito de manter sua cultura contanto que a sua cultura não entre em conflito com as regras já existentes na sociedade. Um absurdo a decisao de deixar o garoto ir na escola com um punhal!

    • #21502
      fabiopolonio
      Participante

      Nós temos que aceitar e respeitar a cultura deles, pois somos nós que escolhemos se integrar a uma nova vida, não sei como isso pode terminar, mas sei que depende de nós imigrantes, Abraços ..

    • #21503
      clpimenta
      Participante

      Tem um proverbio muito sabio que eu vou seguir no Quebec:

      Quando em Roma, aja como os romanos

    • #21504
      lucianab
      Participante

      Também acho que é “nós” que devemos nos adaptar a cultura deles, afinal é nós que escolhemos morar lá, e nós brasileiros temos que mostrar à eles que queremos seguir as regras e andar dentro da lei do Quebec para não corrermos o risco de sermos julgados como um povo folgado, que não segue regras, que só pensa em festa e dá jeitinho pra tudo! A maioria de nós que estamos indo querem viver dessa maneira, mas sempre tem excessões e que queimam a nossa cara lá fora!!!! Se fizermos as coisas certas, se adaptando a cultura deles com certeza vamos nos dar bem, sem precisarmos nos preocupar com diferenças absurdas de cultura, como no caso desses indianos.

      Luciana

    • #21511
      Carlos_Santos
      Participante

      Lucio,

      desculpe não ter visto a sua postagem e ter contribuído com esta informação por la!

      Normalmente é assim que devemos fazer aqui no fórum!

      Bom, parece que nem todos pensam que nos, imigrantes, que chegamos no pais dos québécois é que temos de nos integrar ao país deles!

      Se fosse assim não haveria esta discussão intensa aqui no Québec atualmente!

      Isso é lamentável mas é a vida !  

      Nem todos possuem este discernimento e entendem desta forma razoável (conceito relativo, abstrato e variável, segundo cada individuo) que o estrangeiro é  quem deve se ajustar a sua nova vida

      Espero que aqui não fique insuportável esta situação, pois o que eu pude ver na França é que deixaram “transbordar o caldo” para depois tentar consertar, a exemplo do problema do uso do véu na escola pelos muçulmanos! Isso causou a ira deles nos países de origem, manifestações de rua na França, foi complicado!

      Bom….. espero que estejamos todos atentos as reações deles, pois concordando com o Lucio sempre seremos objeto deste problema, independente de nossa opinião a respeito do assunto.

      Atenciosamente

    • #21512
      lfantoniosi
      Participante

      O assunto é realmente complicado, principalmente recentemente que foi permitido a qualquer mulher de votar usando burca ou veu no rosto sem se identificar visualmente, apenas por documentos. Sendo que no Marrocos a mulher antes de votar mostra sua cara discretamente a uma funcionaria da mesa antes de votar!

      Mas não sabemos o que lhes é prometido em palestras e campanhas de imigração, aqui dizem que teremos todos os direitos e deveres, ora, para eles o dever é mulher andar de burca, sempre!

      O engraçado de tudo isto é que aqui no Brasil temos imigrantes de tudo que é país, e não vemos estes tipos de problemas por aqui. Se alguém pedir para votar com burca vão mandar este alguém pastar. Tem que saber dizer não. Aqui costumam dizer não demais, lá no Quebec de menos!

      A regra deveria ser: o imigrante tem o direito de pedir e o estado tem o direito de negar. Não está contente: Que volte para seu país!

    • #21514
      Marcus
      Participante

      Robson, Mauro, Fábio, Clpimenta, Luciana, Carlos, Ifantoniosi.

      Assino embaixo de tudo o que vocês falaram. Estou de pleno acordo!

      Abração!!!

      Marcão.

    • #21515
      Carlos_Santos
      Participante

      Pois é Felipe….. esta questão de saber dizer “não” é engraçado….

      Este dias passou na TV uma reportagem que falava de duas americanas que foram impedidas de entrar no Canada, pois tinham uma ficha suja no FBI….

      Elas fizeram um verdadeiro protesto, com faixas, bandeiras, etc….

      o motivo foi comentado nos EUA, aqui, um barulho ENORME…..

      o motivo da ficha suja foi a LIBERDADE de entrar em sessões do congresso e CRIAR confusão durante os discursos que elas eram contra…. so que em vez de usar meios normais de protestos, elas exageraram na forma e sem a menor educação foram gritavam  grosseiramente com os parlamentares!

      Bem, toda liberdade tem a responsabilidade que a corresponde!

      No caso, o FBI fichou elas! foi a consequência == responsabilidade ou falta de …

      Agora, fazem mais barulho! porém o governo foi irredutivel e disse “NAO”!

      Acho que a necessidade de ter mais pessoas para povoar o Québec, esta levando a esta possibilidade de aceitar outras culturas  vindas com os imigrantes…..  esta é a verdadeira razão da discussão!

      Sera que é o preço a pagar para poder “povoar” (com imigrantes com estes hábitos ou que não aceitam bem os hábitos locais) esta província ?

      Este acho que é o ponto do tão falado “Accommodements Raisonables”!

      Abraços

    • #21519
      Pessoa
      Participante

      Pelas respostas que foram postadas a gente percebe o motivo dos brasileiros terem mais facilidade em se integrar.   :wink:

      Ninguém nos obrigou a ir e ninguém vai nos impedir de voltar. Sendo assim se queremos ir para lá e ficar, devemos seguir as regras locais.   :wink:

    • #21521
      luciojunior
      Participante

      Carlos,
      Sem problema, sei que sua intençao é sempre ajudar.
      Pessoal,
      Nós brasileiros somos um pouco parecidos com os Quebecois, nao temos uma identidade MUITO bem definida.
      Acho isso porque o Brasil foi construído de uma miscelânea muito grande de povos.
      Por isso nos damos bem aqui como na maioria dos lugares do mundo.
      Mas quero apimentar um pouco a discussao, pois acredito que o assunto é um pouco mais profundo e este espaço é para expormos idéais e pensamentos e nao para votarmos simplesmente (acho que é sim ou nao ou concordo ou discordo). Por isso se chama um fórum de discussao e nao uma urna de votaçao…hehehe.

      Entao colocarei uma questao para discutirmos:
      Quando vamos a um país devemos seguir e obedecer as regras do lugar que estamos indo.
      Até concordo com o ditado que já foi citado por aqui: “quando em Roma, aja como os romanos”.
      Mas acontece que quando estamos no Quebec, nao estamos de passeio.
      Esta é agora a nossa nova casa, assim como dos outros Quebecois (de origem Quebecois). COM OS MESMOS DIREITOS E DEVERES!!!
      Sendo assim, este passa ser o nosso país e temos todo o direito de poder transformá-lo no que achamos que é o nosso ideal?
      Abs a todos,
      Lúcio
      Montréal Plus

    • #21523
      Pessoa
      Participante

      Lucio,

      Respondendo a pergunta: “Sendo assim, este passa ser o nosso país e temos todo o direito de poder transformá-lo no que achamos que é o nosso ideal?”

      Quem disser que sim, então concorda com o garoto usando o punhal, concorda com as mulheres usando burka para votar, concorda que o natal não deve ser festejado em locais públicos etc, pois estas pessoas também são residentes permanentes e também podem transformar o Québec?

      Eu pessoalmente respondo um Não para esta pergunta, pois mesmo sendo o nosso novo país, já existe uma sociedade que foi criada com muita luta, guerras, conflitos e dificuldades e nós, imigrantes, olhamos, gostamos e por isto decidimos ir para lá.

      Agora chegar e querer mudar, transformar o país que nos acolheu em nosso país natal (que deixamos para trás), eu não concordo. É por este motivo que ocorrem tais discussões e problemas sociais. Se estas transformações não forem controladas, teremos uma zona na qual cada grupo irá impor a sua vontade e como existem vontades totalmente opostas, bem provável que ocorram conflitos além dos verbais.

      Imagina a história do seu país, os costumes que foram criados por gerações serem mudados por novatos que querem muitas vezes acabar com suas tradições. Tradições que vc aprendeu com seu pai, que aprendeu com seu avô etc etc etc…

      Até acho que as diversas culturas podem acrescentar coisas novas que não sejam contrárias as regras atuais, mas mudar, transformar o que já existe para que seja igual ao seu país natal, eu não concordo, pois eu não gostaria.

      Esta é a minha opinião pessoal.

    • #21524
      rcsmelo
      Participante

      No meu ponto de vista estamos saindo do nosso país natal porque queremos algo melhor para nos e nossa familia ,
      se  levamos nossos pessimos hábitos, nos teremos então no futuro uma mistura de India, Iraque,Brasil e outros,  acredito que não é isso que queremos, eu pelo menos não gostaria que meus filhos estivessem numa escola onde crianças usam punhal, muito menos chegar lá e encontrar a pilantragem do Brasil.

      Este é meu ponto de vista

    • #21526
      Diogo
      Participante

      Notícia no Le Soleil
      http://www.cyberpresse.ca/article/20071009/CPSOLEIL/71008109/5019/CPSOLEIL

      Daphnée Dion-Viens

      Le Soleil

      Québec

      Les accommodements raisonnables dérangent. Selon un sondage SOM–Le Soleil–La Presse, près de 65 % des Québécois estiment qu’un trop grand nombre d’accommodements raisonnables ont été accordés jusqu’à maintenant. Certaines pratiques, comme le vote à visage voilé ou le port du kirpan à l’école, sont condamnées par la quasi-totalité des sondés.

       
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      Cette enquête a été réalisée du 26 septembre au 3 octobre, auprès de 1034 Québécois. Sa marge d’erreur est de 4,2 % et son verdict, sans surprise pour les experts consultés par Le Soleil. La société québécoise est allée trop loin en matière d’accommodements raisonnables, estiment 64,7 % des sondés. En décembre dernier, ce nombre s’élevait à 59 % selon un sondage similaire.

      À l’opposé, 10,5 % des Québécois croient plutôt que la société n’a pas été assez accommodante, alors que 21,4 % considèrent qu’elle l’a été « juste assez ». Certaines pratiques suscitent par ailleurs une levée de boucliers généralisée : plus de 90 % des Québécois désapprouvent le port du kirpan à l’école, le vote à visage voilé ou la demande de juifs hassidiques de ne pas être évalués par une femme au moment du test de conduite de la Société d’assurance automobile du Québec (SAAQ).

      Au contraire, d’autres pratiques entraînent des réactions plus modérées. Ainsi, 56 % des répondants s’opposent au port du hijab (voile sur la tête) par une employée d’un service public, 58 % sont contre les locaux de prière dans les universités tandis que 60 % désapprouvent les menus différents offerts pour des motifs religieux dans certaines cafétérias. « On remarque une grande variation dans les réponses selon les pratiques », note Gilles Therrien, président de la firme de sondage SOM. De manière générale, les Québécois s’objectent à l’envahissement de la religion dans l’espace public. La laïcité est très importante, tout comme l’égalité homme-femme. »

      Une majorité des sondés s’opposent aussi au port du hijab à l’école (65 %) ou sur un terrain de soccer (70 %) de même qu’au port du turban sikh plutôt que du chapeau à la Gendarmerie royale du Canada (79 %). « Il y a un malaise et un refus de faire de la place à des pratiques que l’on peut qualifier de fondamentalistes sur le plan religieux », reconnaît Rachid Antonius, directeur adjoint du Centre de recherche sur l’immigration, l’ethnicité et la citoyenneté à l’UQAM. Mais il s’inquiète aussi de la confusion qui règne dans la population. « On a mélangé accommodements raisonnables et gestion de la diversité » alors qu’on peut très bien être contre certains types d’accommodements et pour l’immigration, précise-t-il.

      De son côté, l’avocat Julius Grey (qui a notamment défendu jusqu’en Cour suprême le port du kirpan à l’école) estime que les Québécois devraient s’interroger davantage. « Est-il plus facile d’intégrer les immigrants par la contrainte ou la douceur? » demande-t-il.

      Mais il relativise aussi les résultats de cette enquête d’opinion : « Un sondage, c’est comme une photo. Ça dépend du photographe et de la lumière du moment. Ce n’est pas une vérité absolue. »

    • #21527
      Diogo
      Participante

      Outra de hoje…
      http://www.cyberpresse.ca/article/20071009/CPSOLEIL/71008110/6584/CPSOLEIL

      Le rôle des médias : les deux côtés de la médaille

      Daphnée Dion-Viens

      Le Soleil

      Québec

      Au cours des dernières semaines, les médias ont été accusés d’avoir amplifié le débat portant sur les accommodements raisonnables. D’avoir contribué à créer une « crise » là où il n’y en avait pas. Mais selon une étude qualitative menée pour le Centre d’études sur les médias de l’Université Laval, le portrait n’est pas que négatif.

       
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      Une soixantaine de citoyens francophones provenant de Montréal, de Trois-Rivières et de Montmagny ont été invités à se prononcer sur les accommodements raisonnables et le rôle des médias lors de groupes de discussion animés par le sociologue Michel Lemieux.

      Résultat : les participants reconnaissent que les médias ont parfois accordé une important démesurée à certains incidents, ce qui a contribué à exacerber les craintes et les réactions émotives.

      Mais les personnes interrogées perçoivent aussi les médias comme des vigiles qui ont le mérite d’avoir attiré l’attention sur une réalité cachée qui pourrait représenter une menace à l’identité québécoise. Florian Sauvageau, directeur du Centre d’études sur les médias, a été agréablement surpris des conclusions de cette étude. « Les gens sont critiques envers les médias, même s’ils reconnaissent leur importance », affirme-t-il.

      Confusion

      Mais la confusion entourant les accommodements raisonnables demeure bien réelle parmi la population. Interrogés sur les faits reliés aux accommodements raisonnables, les participants aux groupes de discussion ont notamment noté « l’affaire de la cabane à sucre » et les fenêtres givrées du YMCA. Il ne s’agit pourtant pas là de véritables cas d’accommodements raisonnables, rappelle l’avocat Julius Grey. Pour qu’il y ait accommodement, il doit d’abord y avoir une situation de discrimination qui met en cause une protection garantie par la Charte des droits et libertés. Il s’agit alors d’une mesure corrective qui assure à une personne les mêmes droits que tous, peu importe sa religion, son handicap, sa langue, etc. Or le cas du YMCA à Montréal — qui avait accepté de givrer ses fenêtres pour ne pas que les juifs hassidiques y voient les cuisses des femmes — n’est pas un accommodement raisonnable puisqu’il n’existe aucun droit à ne pas être dérangé par des femmes légèrement vêtues. « On oublie trop souvent qu’il y a des limites à l’accommodement », rappelle Me Grey.

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