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Nossa entrevista: 27/11 às 15H30 – A última dessa rodada.
Quem somos:
Fabiana (requerente principal): 31 anos, graduação em psicologia, pós graduaçao em psicanálise (falta monografia, nao sei se pontuou), 330 horas de francês, inglês praticamente Zero (marquei nível 1 no formulário).
Luciene: 37 anos, professora universitária, graduação em jornalismo, graduação em letras, mestrado em literatura, 180 horas de francês, inglês intermediário.
Uma particularidade do nosso processo:
eu já possuia o CSQ (fiz entrevista em abril com M. Leblanc), estava com os exames médicos em mãos, quando fiz a demanda de inclusão da Lu no meu processo, como minha conjointe de fait.
Como isso aconteceu? Nos informamos pessoalmente no bureau d’immigration em B.A, se dentro das normas de imigração, seria possivel incluir a lu no meu processo, pois tinhamos oficializado nossa relação em declaração feita em cartório. Mme. Daniela Tirelli (muito simpática) nos disse que sim, que deveríamos enviar os doc’s da Lu e pagar a taxa de 150 dólares. Os doc’s seriam avaliados e uma nova entrevista poderia ser agendada, ou nao.
Ficamos torcendo p que nao houvesse nova entrevista, claro. Pois já passei por esse desgaste uma vez e nao queria passar de novo.
Enviamos os documentos e uns 15 dias depois, Mme. Valeria Godoy me telefona e faz uma série de questionamentos sobre minha relação com a Lu. Disse que precisava de 3 provas (fato que não foi nos foi informado em B.A), que deveriamos providenciar, pois estava faltando e que caso os conselheiros de imigração nos considerassem com um casal, seriamos convocadas para nova entrevista. Uma semana depois recebemos o email de convocação para a entrevista.
Preparação para entrevista:
Organizamos 2 pastas (impecáveis…rss) com toda pesquisa de mercado, ofertas de emprego, informações mil. Nao tive muito tempo p estudar frances, fiz alguns exercícios, formulei o contexto de resposta das possiveis perguntas.
A Lu se dedicou totalmente. Ficou quase 2 meses fazendo muita aula particular e exercícios. Assistia filmes em frances, audio o dia todo (ela tem mais tempo que eu).
A entrevista:
Eu estava uma pilha de nervos, muito insegura e achando que Mme. Legaul pegaria pessadíssimo. Ela foi bem receptiva, simpática (dentro do que a ocasião permite) e muito objetiva.
Me pediu os passaportes, o meu CSQ (meu coração ficou apertado nessa hora) e disse que no final, tomaria sua decisão e se não fossemos aceitas, ela explicaria o porque. Mesmo cansada de saber que ela fala isso p todo mundo, achei que a coisa ia ser conduzida de forma negativa e isso só aumentou mais o meu nervosismo. Fiquei tao nervosa que falei o frances mais pé de chulé do mundo. Mas ela foi bem compreensiva, deu um desconto.
Me pediu nossa declaração de união estável e me perguntou a quanto tempo morávamos juntas. Foi a única prova que pediu, nao quis ver as outras que levamos. E nem fez maiores questionamentos a respeito. Foi super tranquila e natural quanto a isso. E eu esperava que ela nos questionasse, principalmente a respeito da decisão da Lu imigrar agora e nao antes.
Me pediu p falar um pouco sobre minha experiencia como psicóloga (3 anos em RH e consultório particular), sobre meu emprego atual (secretária) e me perguntou pq eu só estava trabalhando como secretária no momento. Expliquei que esse trabalho me dava um salário fixo que eu poderia contar todo mês. Ela entendeu perfeitamente.
Perguntou sobre o processo de equivalencia de diploma, sobre em que eu trabalharia nos primeiros meses e pq escolhi o Québec.
Até ai tudo bem. Entao perguntou sobre o meu ingles. Expliquei que tinha marcado nível 1 no formulário e que estudei a mais de 10 anos atrás, nao me lembrava de nada mais. Ela disse que teria que fazer perguntas mesmo assim, senão não pontuaria. Perguntou a minha idade, onde eu morava, o que tinha feito ontem e se eu morava sozinha. Respondi misturando francês com um inglês sofrível. Acho que eu ganhei um pontinho.
Entao passou a conversar com a Lu. Pediu as provas dos 3 diplomas, perguntou sobre as disciplinas que ela lecionava, se ela sabia sobre o mercado de trabalho. A Lu me surpreendeu, estava muito tranquila. Abriu as pastas e foi mostrando toda a pesquisa sobre a área de atuação e ofertas de emprego. Falou sobre as condições para exercer a profissao e as dificuldades que enfrentaria no início, etc, etc. Mostrou uma oferta de trabalho de pizzaiollo (sem experiência). Se virou muito bem. Eu nao mostrei 1/3 do que havia organizado.
Ela nao perguntou nada em ingles para a Lu, pois viu que ela tinha se formado em letras – ingles.
Ah, ela me perguntou se tinhamos amigos em Québec e onde eu os conheci. Entao respondi tinha amigos que conheci no curso de francês e fui mostrando as fotos (mas ela nao se interessou muito nao).
Entao ela disse qualquer coisa que nao nos lembramos bem, e no já emendou com um “vous avez été acceptés”. Escutamos, mas nao processamos…rss. A Lu ainda ficou esperando mais perguntas, entao Mme. Anne confirmou “c’est fini, vous avez été acceptés”.
Ufa!!! Ficamos muito aliviadas. Fiquei igual boba repetindo: merci! merci! Enquanto ela impria os novos CSQ’s ficamos conversando informalmente. Lembrei de comentar de uma pesquisa que estou fazendo sobre suicídio (os indíces no Québec são altos) e ela sugeriu que eu fizesse um trabalho voluntário. Perguntamos como ficaria nosso processo, já que eu dei entrada na parte federal em abril e ela ficou de informar a situação ao consulado e acreditava que não demoraria muito para eles enviarem novos exames. Perguntamos a ela quantas entrevista ela faz por dia, 6 respondeu. Comentou que estava de partida nequele mesmo dia. Detalhe: durante a entrevista, o telefone tocou 2 vezes. Era Mme. Valeria Godoy… o que será que ela queria?…rss
Foi isso pessoal. Estamos muito contentes e aliviadas. Se alguém tiver alguma dúvida, pode perguntar ok?
Muito obrigada a TODOS que torceram e nos incentivaram!!!!
Abraços,
Fabiana Vieira