Re: Re: Minha entrevista em Buenos Aires 14/09/2007

#20857
Felipewise
Participante

Dessa maneira vou contar agora sobre a minha entrevista:

Preparei duas pastas

1. Documentos solicitados na carta de convocação para a entrevista e complementares
2. Pesquisa de mercado de trabalho na minha área (gestão financeira) e vagas de emprego compatíveis com o meu perfil – imprimi vagas dos sites das grandes empresas canadenses, com foco naquelas com matriz em Montreal, foram umas 40 vagas.

Cheguei no Bureau do Québec uns 20 minutos antes da entrevista. Às 12h em ponto Mme Judith Grenon me convidou a entrar.

Ela se apresentou e começou a explicar que na entrevista ela verificaria os dados que forneci e analisaria se eu tenho um perfil favorável para imigrar ao Québec.

Consegui entender muito bem o que ela dizia, quando ela começou a falar eu até relaxei um pouco porque eu morria de medo de não entender o entrevistador na hora H.

O primeiro documento que ela pediu foi o passaporte (ou foi a certidão de nascimento? Não me lembro bem) Ela conferiu os dados e viu meu visto para a Inglaterra. Ela me pareceu um pouco surpresa, não sei se ela já sabia do meu caso peculiar.

Nesse momento expliquei como surgiu essa oportunidade, falei também que acreditava que teria mais oportunidades de emprego em Montreal após completar esse curso e contei também que a universidade onde estudarei (University of Birmingham) é parceira da Université McGill. Expliquei que meus planos em relação ao Québec nada haviam mudado, e que, ao final do mestrado, em agosto do ano que vem, irei de Birmingham diretamente a Montreal.
Mostrei também o comprovante de matrícula dos cursos de francês que vou fazer durante o mestrado.

Depois disso, ela seguiu com a verificação dos documentos, olhou tudo, data por data, cargas horárias e tudo mais, até o TOEFL ela olhou.

Voltou a meu dossier e me perguntou: Felipe, por que o Québec?
Não me lembro exatamente o que eu disse, mas falei que acreditava que eu teria muitas oportunidades de emprego, que eu teria uma vida numa sociedade mais tranqüila, mais aberta culturalmente e com uma economia estável. Nessa hora aproveitei para mostrar minha pesquisa sobre o mercado de trabalho. Ela observou atentamente cada vaga que eu selecionei, fez comentários sobre as empresas e também citou outras empresas do mesmo tipo onde eu poderia encontrar boas oportunidades.

Depois disso ela comentou: Felipe, mas você já morou na Nova Zelândia e nos Estados Unidos, você não pensa em viver nesses países?
Fui bem sincero nessa hora, falei com ela que gostei muito de viver nesses países, mas que nenhum desses me dá a oportunidade de me mudar já com um visto permanente e que eu não queria correr o risco de iniciar do zero e, num belo dia, não conseguir renovar meu visto, tendo que voltar para o Brasil.

Depois disso, então, ela me disse que iria verificar se poderia me aceitar como imigrante.
Para mim, foi a hora mais tensa da entrevista, ela digitava, digitava, digitava… meus deus… ela não parava de digitar!! Eu suava frio, olhava pro teto, pra janela, pra ela… e ela não parava de digitar!!!

Mas foi então que ela virou-se e disse: Felipe, eu te aceito! Félicitations!

Depois disso, foi só alegria né! Ela me entregou o CSQ me explicou o porque de cada via etc e tal, nada diferente do que já foi citado até hj!

Sai do Bureau do Québec até sem rumo, não conseguia nem chamar um táxi kkkkkkk Meu portunhol já é péssimo, depois de falar tanto francês, aí que não saía nem um Hola!

Estou com tudo pronto para dar entrada na parte federal, vou passar a limpo os formulários e mandar amanhã mesmo (por DHL né… ninguém merece essa greve!)

Então é isso… CSQ na mão!!!