Re: Re: Entrevista Segundo Semestre de 2012

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Sergio e Monique
Participante

PARTE 2 – A ENTREVISTA

Ficamos no Hotel Atlantis Copacabana, a 2km de distância do local. Não demos conta de tomar café e saí com a sensação de ir fazer uma prova e não ter tido tempo suficiente para estudar. Hehe. Fomos de taxi e chegamos às 08h30. Começamos a ver uns artistas globais passando no Hall do Hotel e a solução era começar a conversar e zoar para passar o nervoso. Às 08h40 desce um senhor do elevador com uma camisa de botão xadrez, bermudinha de safari e tênis. No clima da zoação, olhei pro Sérgio e falei: “Olha ele aí, amor… Chegou!”. A continuação da piada era que seria interessantíssimo se fosse ele, pois nada o caracterizava como um agente de imigração. Não tive tempo de falar essa parte, pois o senhor veio em minha direção e perguntou: Madame Monique? Kkkkk, era ele mesmo! M. Leblanc em pessoa! Engoli o riso, mas acho que ele percebeu que falávamos dele, pois de cara ele já descontraiu e disse que estava de bermuda esperando o sol sair… Soltei a risada que havia engolido e falei que nós também, mas que parecia que o tempo não ia colaborar.

Subimos para a salinha e assim que me sentei me acalmei. Sou a requente principal, psicóloga com a maior experiência em RH e o Sérgio é designer de produtos e técnico em edificações (ñ temos filhos). Ele começou perguntando sobre a nossa relação, se tínhamos um comprovante e ele olhou apenas a certidão de união estável. Pediu os passaportes, informei que havia acabado de chegar do Québec, ele gostou e rendeu o assunto. Foi pedindo todos os documentos que foram listados e fazendo anotações no computador (na ordem da lista da convocação). A conversa fluiu muito bem, como todos dizem, foi bem mais um bate-papo, só faltou a cerveja e o tira-gosto! Perguntou quantos anos de estudo tínhamos, por que eu me chamava Monique (heheh, ele acha um nome muito québécois! Contei a história e ele se divertiu), em inglês me perguntou por quê o Québec, respondi brevemente e ele pediu pro Sérgio continuar em francês. Também perguntou o que eu deveria fazer para atuar com a minha profissão, que é regulamentada. Não teve nenhuma pergunta de economia e política, era tudo muito descontraído, ele estava muito feliz conosco, elogiou muito o nosso perfil e organização. Falou muito bem dos brasileiros, disse que somos muito organizados e espertos para o francês, que temos facilidade de entendê-lo, pois em alguns países ele tem que falar muuuito lentamente para ser compreendido. No finzinho ele perguntou se estávamos com os CV’s em francês e elogiou muito os nossos currículos, disse que não tinha críticas ou correções a fazer. Aí eu já emendei falando dos nossos planos A e B e ele pediu pra ver. O que ele perguntou de diferente foi o porquê de termos levado os currículos já que não era um dos documentos da lista. Falei que era a forma que tínhamos de mostrá-lo nossos objetivos e que ficava ainda mais ilustrado ao compararmos com os planos de atuação. Ele gostou muito e disse que a idéia é essa, que todos devem levar os CV’s e traçar os planos.

Ele disse que gostou tanto dos currículos que queria guardá-los e adicioná-los ao dossiê. Não me contive e brinquei dizendo pra ele nos avisar se soubesse de algumas vagas pra indicar!
Por fim, ele deu muitas dicas sobre como criar um currículo bem técnico e traçou até mesmo estratégias para conseguirmos atuar nas nossas áreas, nos impulsionando a correr atrás do plano A. De repente, no meio de uma explicação ele solltou: “Aaaah, bienvenue, bienvenue!”.

Começamos a rir e ele concluiu com mais explicações e começou a imprimir os papéis. o/
Ele ainda reforçou que estava aumentando a nossa pontuação em todos os quesitos, pois estávamos muito superior ao que estava apenas no dossiê (nesse momento consegui ver que tínhamos 68 pontos, mas não vi pra quanto foi depois das anotações dele).

O que ele não perguntou: sobre a planilha de orçamento dos 6 primeiros meses e nem pediu os documentos que comprovam que possuo parente no Québec. A entrevista começou mais cedo, às 08h40 e acabou às 10h10, foi todinha em francês (tirando a pergunta em inglês.).

E é isso mesmo, ele é simpatissíssimo, tranquilo, ajuda muito, orienta e sempre descontrái quando pode. Quem ainda vai fazer a entrevista, pode ficar tranquilo que ajuda demais!

Parabéns pra quem já conseguiu e boa sorte pra quem ainda vai! E desculpem pelos posts gigantes, mas sempre sugamos muito do blog e agora temos que contribuir, né?

Abraços!

Fim da parte 2 = só alegria!!!